LACEN detecta nova variante da Covid- 19 no RN

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O Laboratório Central Dr. Almino Fernandes (Lacen/RN), referência estadual no diagnóstico de COVID-19 e de Vigilância Genômica detectou uma nova variante no Rio Grande do Norte, a BE.9.

A variante é uma evolução da sublinhagem BA.5.3.1, ou seja, uma Ômicron da linhagem BA.5. De acordo com dados da Fiocruz, as duas subvariantes (BQ.1 e BE.9) compartilham algumas das mesmas mutações e foram encontradas inicialmente no Amazonas.

“Como se trata de uma variante que possui mutações na proteína S, utilizada pelo vírus para invasão celular, e que está associada ao aumento do número de casos no Amazonas é necessário observarmos o cenário epidemiológico nas próximas semanas”, disse o diretor administrativo do Lacen/RN, o biomédico Derley Galvão.

No Rio Grande do Norte foram analisadas 36 amostras coletadas entre 03 e 18 de novembro de 2022 e identificadas 07 linhagens, sendo duas amostras referentes à BE.9, oriundas dos municípios de São Bernardo do Campo/SP e Natal.

“Observar a partir da vigilância genomica a circulação de uma nova variante, que inclusive, foi observada em outros estados com aumento no número de casos e potência na transmissão da doença, nos faz ampliar as ações de vigilância. A vacinação das doses de reforço se faz urgente”, afirma Kelly Lima, coordenadora de Vigilância em Saúde da SESAP.

A Secretaria de Estado de Saúde Pública reforça o apelo à população para manter o esquema vacinal completo, bem como o uso de máscaras em lugares fechados e a higienização das mãos.



RN registra quase 1 mil casos de Covid em um dia e procura por vacinação aumenta em 300% no estado

Vacina contra a Covid — Foto: Prefeitura de Jundiaí/Divulgação
Foto: divulgação

O Rio Grande do Norte registrou 997 casos confirmados de Covid nas últimas 24 horas. O dado foi publicado no boletim epidemiológico da doença nesta sexta-feira (2) pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).

Nos dias anteriores, os números também foram altos no estado. Na quinta, foram confirmados 816 casos e na quarta, 901.

Houve um aumento principalmente no comparativo com os meses anteirores. Para se ter ideia, no último boletim de outubro, no dia 31 daquele mês, apenas um caso foi registrado. No último dia de setembro foram 16.

O boletim indicou ainda que uma morte aconteceu pela doença nas últimas 24 horas, no município de Água Nova. O estado chegou a 8,5 mil mortes pela doença desde o início da pandemia, em março de 2020.

Neste ultimo mês de novembro, a Secretaria de Saúde informou também que houve um aumento de 300% na procura pelas vacinas contra a Covid. A busca foi registrada pela plataforma RN+ Vacina, que monitora a imunização em tempo real no estado.

Segundo a plataforma, de 2 a 30 de novembro foram registradas a aplicação de 84.880 doses de vacina contra a Covid, sendo 18.071 na primeira quinzena e 66.809 na segunda quinzena, o que representa um aumento de 369,7% na média.

Vacinação maior na Região Metropolitana

A coordenadora de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), Kelly Lima, explica que o aumento foi registrado principalmente na Região Metropolitana.

Ela diz, no entanto, que em todos os municípios foi observado aumento da procura pela terceira e quarta dose, que já está liberada para todas as pessoas acima de 18 anos.

“A Sesap comemora o número de doses aplicadas nos últimos dias contra a Covid no RN, o que pode ser consequência de algumas estratégias de vacinação fora das unidades de saúde, facilitando o acesso da população”, disse.

Taxa de imunizados

O RN está atualmente com 85% da população em geral vacinada com as duas doses (D1 e D2) ou dose única, o que se considera como esquema completo.

Em relação às faixas etárias, os maiores de 60 anos estão 100% com esquema completo, sendo que para este público estão disponíveis duas doses de reforço, além da terceira dose de reforço para os maiores de 80 anos.

A faixa etária de 18 a 59 anos tem 85% do público-alvo com a campanha de vacinação completa e devem ir aos postos para receber duas doses de reforço. Entre os adolescentes de 12 a 17 anos, 73% estão com o esquema completo, porém apenas 13% foram receber o reforço disponível.

g1 RN



Rio Grande do Norte tem aumento de quase 400% nos casos de Covid-19 em duas semanas

Estado soma 565.511 casos confirmados e 8.498 mortes referentes à Covid – Foto: Reprodução

Em duas semanas os casos de Covid-19 no Rio Grande do Norte cresceram em aproximadamente 400%. O último boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), quinta-feira 1, 816 novos casos foram confirmados nas últimas 24 horas.

Os casos começaram a subir há duas semanas, no dia 17 foram registrados 164 naquele dia.

O boletim desta quinta ainda informa que houve 1 óbito em um intervalo de 24h, sendo no município de Parnamirim.

Com esse novo levantamento, o estado soma 565.511 casos confirmados e 8.498 mortes referentes à Covid.

Agora RN



Sesap inicia força-tarefa para agilizar cirurgias vasculares no RN

Foto: Internet

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) iniciou nesta quinta-feira (1°) o trabalho de ampliação de cirurgias vasculares no Rio Grande do Norte. A expansão será realizada a partir da contratação de três hospitais privados em Natal e Mossoró, que passam a complementar os procedimentos realizados nos hospitais públicos Central Coronel Pedro Germano (Hospital da PM) e Hospital Dr. José Pedro Bezerra (Santa Catarina).

A previsão é que em até três meses todos os pacientes em fila passem por procedimentos cirúrgicos, com um investimento aproximado de R$ 6 milhões. 

Hoje o estado conta com 253 pacientes aguardando cirurgia vascular, dos quais 122 já foram inseridos no sistema Regula Vascular. Neste primeiro dia da força-tarefa, quatro pacientes foram preparados para cirurgia e cinco pacientes iniciaram a fase de pré-operatório.

“Devido à pandemia, aumentou o número de pessoas em todo o Rio Grande do Norte, no país e no mundo com consequências de doenças como a diabetes que necessitam de procedimentos cirúrgicos vasculares. A parceria com os hospitais e também a aceleração das cirurgias em nossos hospitais próprios dará agilidade para garantir as cirurgias de todos os pacientes que aguardam hoje”, disse Lyane Ramalho, secretária-adjunta de Saúde Pública.

O Hospital Rio Grande atenderá os pacientes na capital, enquanto o Wilson Rosado e o São Luiz prestarão o serviço em Mossoró pelos próximos meses. “É um procedimento lento pois todos os pacientes são avaliados, internados e cada caso é único, devido a cirurgia necessitar de exames pré-operatórios complexos. No entanto, estamos em força-tarefa para agilizar”, ressalta Lyane. 

Todos os procedimentos terão a transparência e a organização atráves do Regula Vascular, desenvolvido pela Sesap em parceria com o Laboratório de Inovação Tecnógica em Saúde da UFRN.

Portal da Tropical



Regulação de leitos de UTI covid-19 cresce 70% no RN

Foto: Gil Leonardi / Imprensa MG

O número de pacientes regulados para leitos críticos de covid-19 no Rio Grande do Norte cresceu 70,2% no mês de novembro, de acordo com os dados da plataforma Regula RN, gerida pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) e Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LAIS/UFRN). Nos 28 dias de novembro, 63 pacientes foram encaminhados para tratamento da covid em leitos críticos públicos, enquanto que no mesmo período de outubro foram registradas 37 regulações. Atualmente o Estado tem 58 leitos críticos, número sete vezes menor do que tinha em junho de 2021 (418).

O médico epidemiologista Ion de Andrade diz que “do ponto de vista de magnitude comparativa”, o cenário atual é bem diferente dos momentos de pico, quando o RN registrava grande pressão hospitalar com cerca de 100 internações por dia e 1 mil leitos ocupados. No entanto, na avaliação do especialista é preciso ficar alerta porque não há um plano de contingência bem estruturado. “Ficamos à mercê de análises subjetivas porque nós não temos um indicador definido até agora para disparar os planos”, detalha.


Para Ion, tais planos deveriam apresentar um indicativo científico para ativar possíveis medidas de contenção. “Por exemplo, quantos casos por mil habitantes devem ter acontecido, no período de uma semana ou dez dias, para que o plano de contingência seja disparado. Quantos internamentos por 100 mil habitantes devem ter acontecido para que os planos de contingência sejam disparados? Nós não temos isso. É bem diferente da dengue. O plano de contingência da dengue é ativado quando o número de casos ultrapassa o diagrama de controle por duas ou três semanas”, comenta.

O RN hoje está com a taxa de ocupação de leitos críticos em 67,3%, com 12 pacientes aguardando regulação. Quanto à vacinação, a porcentagem preocupa o Comitê de Especialistas da Sesap. São 95% da população vacinada com a primeira dose (D1) e 87% com a segunda dose (D2). Além de 55% de vacinados com a primeira dose de reforço (D3) e apenas 21% com a segunda dose de reforço (D4). “Precisamos clamar a população para que vão aos postos de saúde. Só assim conseguiremos atravessar este vírus com maior controle e menos óbitos”, pede Lyane Ramalho, secretária-adjunta de Saúde.


Como estratégia para prevenção, além da vacinação, a subcoordenadora da Sesap menciona o uso de máscaras, principalmente para evitar a proliferação entre os mais vulneráveis. “É recomendado o uso de máscara por todos aqueles que estejam sintomáticos respiratórios, independentemente de ser covid ou não, é muito importante que as pessoas entendam isso. E que aqueles que são imunossuprimidos, idosos, que estão em ambientes fechados também usem máscaras como um instrumento de proteção, para não se contaminar”, destaca Diana Rêgo.


O uso de máscaras de proteção facial tem sido recomendado por outras instituições no Rio Grande do Norte. Uma portaria, assinada pela Presidência do TJRN e a Corregedoria Geral de Justiça, voltou a indicar o equipamento para magistrados, servidores, colaboradores, estagiários e prestadores de serviço, além do público externo nos espaços fechados das unidades do Poder Judiciário do Estado. Outras medidas de prevenção, como uso de álcool em gel, também foram listadas.

A Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progesp) da UFRN enviou comunicado à comunidade universitária reiterando a recomendação do uso de máscara, em conformidade com o Protocolo de Biossegurança da instituição de ensino. A orientação levou em consideração o recente aumento de casos de covid-19 em alguns estados do país, bem como a identificação de nova subvariante.


Aumento de casos

Os casos de covid-19 no Rio Grande do Norte aumentaram nas últimas semanas. Os novos registros são atribuídos às novas subvariantes identificadas no País. De acordo com a Sesap, cerca de 100 casos estão sendo notificados diariamente. “Aumentamos bastante o registro de casos. Antes, a gente tinha de 5 a 15 casos por dia, e hoje passamos dos 100 casos por dia”, afirmou a subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica da Sesap, Diana Rêgo.


Na última quinta-feira (24), o Instituto de Medicina Tropical (IMT) da UFRN detectou duas novas variantes, em sequenciamento de amostras positivas para SARS-CoV-2, referentes ao período de 21 de outubro a 17 de novembro de 2022, provenientes dos municípios de Natal e Parnamirim. O serviço de vigilância genômica realizado pelo IMT/UFRN, em parceria com o Instituto Butantã e o Getúlio Sales Diagnósticos, realizou o sequenciamento de 32 amostras positivas para o vírus da covid.


Desse total, mais da metade são novos tipos de SARS-CoV-2, sendo 16 da nova variante BQ.1 e duas amostras da nova cepa BN.1.5, além de outras 14 amostras da BA.5, que já circulava desde maio de 2022. “Há um indicativo de que as novas variantes são mais transmissíveis, se observarmos a quantidade de novas variantes nas amostras analisadas e o aumento recente da quantidade de pessoas com covid-19”, considera Selma Jerônimo, diretora do instituto.


IMT-UFRN detecta duas novas variantes no RN

O Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) detectou duas novas variantes, em sequenciamento de amostras positivas para SARS-CoV-2, em Natal e Parnamirim.


O serviço de vigilância genômica realizado pelo IMT-UFRN, em parceria com o Instituto Butantã e o Getúlio Sales Diagnósticos, realizou o sequenciamento de 32 amostras positivas para SARS-CoV-2. Desse total, mais da metade são novos tipos de SARS-CoV-2, sendo 16 da nova variante BQ.1 e duas amostras da nova cepa BN.1.5, além de outras 14 amostras da BA.5, que já circulava desde maio de 2022. 


“Há um indicativo de que as novas variantes são mais transmissíveis, se observarmos a quantidade de novas variantes nas amostras analisadas e o aumento recente da quantidade de pessoas com covid-19”, considera a diretora do instituto Selma Jerônimo.


O período de análise das amostras é referente referentes ao período de 21 de outubro a 17 de novembro de 2022.


Especialistas descartam onda de casos graves

Frente ao crescimento do número de casos, infectologistas do RN recomendam o reforço da vacinação em adultos e crianças, que está abaixo do esperado, e das medidas de prevenção. Mesmo que o surgimento de uma subvariante (BQ.1) e nova onda, número é  considerado normal por especialistas.


“A tendência vai ser basicamente essa. Essas variantes vão surgir, isso é uma coisa que a gente já espera que vá acontecer mesmo, como é a transmissibilidade, evidentemente, mas que elas não se revertam em um aumento de casos graves, óbitos e hospitalizações porque as pessoas estão imunizadas e a tendência é que essas variantes, à medida que elas surjam, também desapareçam rapidamente”, diz Leonardo Lima, infectologista do LAIS/UFRN.


Ainda de acordo com ele, os cuidados devem ser reforçados para que se possa atravessar o momento com maior tranquilidade. “Isso indica, também, que a gente precisa reforçar as campanhas de vacinação e estimular as pessoas com vacinas em atraso e procurarem seus imunizantes. É preciso que a gente transmita essa mensagem com cuidado”, afirma. 


Para Leonardo, o número de casos tem apresentado estabilidade e é natural que novas variantes surjam. De acordo com ele, essas são variantes menos letais, embora mais transmissíveis.  “A gente tem uma redução de número de casos sustentada a partir do processo de imunização. As variantes irão surgir naturalmente. São variantes que podem ser mais transmissíveis, mas com a letalidade mais baixa”, diz.
Baixa cobertura vacinal em crianças também deve ser levada em consideração.“Muitos pais negligenciam a vacinação das crianças, de 3, 4 anos. É importante que o Ministério da Saúde envie as vacinas para os estados e os estados façam campanhas massivas para estimular os pais e os responsáveis”, comenta.


A infectologista, Marise Freitas, reverbera da mesma opinião sobre o aumento de casos. “Assim como outros países tiveram um aumento de casos, uma pequena onda de casos, nós também, possivelmente, vamos passar por isso”, comenta. Ela explica que essa subvariante que circula é advinda da ômicron e lembra que, embora os casos estejam aumentando, ainda não se sabe se essas pessoas estão infectadas pela BQ.1. 


Marise reafirma que o aumento de casos se dá pela baixa cobertura vacinal em doses de reforço (D3 e D4) e o surgimento de novas variantes. “Há uma lacuna enorme. As pessoas se vacinaram no passado, em 2021. Então, temos uma proporção muito alta de pessoas que não tomaram segundo reforço. Nós temos uma proporção muito alta de crianças não vacinadas, ou seja, que não teve proteção alguma”, complementa. 


De acordo com ela, é preciso estar atento aos números. A quantidade de casos que surgem, a quantidade de leitos ocupados, lembrar que a pandemia ainda não acabou . “É preciso estar atento às condições do seu ambiente de trabalho, escola, casa”, diz. 

Tribuna do Norte



Pesquisa prevê 33 mil novos casos de câncer até 2025

Número de pacientes na Liga contra o Câncer tem aumentado desde 2020. Segundo médicos, maus hábitos são responsáveis. Foto: Magnus Nascimento

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima, em estudo divulgado quarta (23), cerca de 11 mil novos casos de câncer no RN para cada ano entre 2023-2025,  com 33 mil casos no total. No cenário nacional, a estimativa é de 704 mil casos no mesmo período. Em comparação com a estimativa anterior (2020-2022), houve um aumento de 12,6%. Na época, estimava-se cerca de 625 mil novos casos da doença. Nesta edição, o destaque é das regiões sul e sudeste, que acumulam 70% dos casos. Já o nordeste representa 21,7% do total e o estado potiguar representa cerca de 1,6%.

Ao todo, foram estimadas  ocorrências para 21 tipos de câncer mais incidentes no País, dois a mais do que a anterior, que não contabilizou pâncreas e fígado. De acordo com o levantamento, câncer de pele não melanoma é o que tem maior incidência (31,3%), seguido de câncer de próstata (10,2%) e mama (10,5%). Os três tipos da doença mantinham liderança ainda na estimativa passada, mas o câncer de pulmão, que anteriormente representava 5,6%, caiu 1 ponto percentual, passando para 4,6%.


Os números de pacientes atendidos no Hospital da Liga Contra o Câncer passam por aumento desde 2020. Câncer de pele passou de 1.859 casos em 2020 para 2.733 em 2021. Em 2022, de janeiro a outubro, já são contabilizados 2.438 pacientes. O crescimento também foi visto na quantidade de mulheres diagnosticadas com câncer de mama, que foi de 975 em 2020 para 11.121 em 2021 e contabiliza 745 pacientes de janeiro a outubro deste ano. Câncer de próstata apresenta números menos expressivos em comparação aos anteriores. Foi 591 em 2020, 814 em 2021 e 723 até outubro deste ano. 


O estudo também estabelece diferenças entre regiões com maior e menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).  Nas regiões de maior índice, os tumores malignos de cólon e reto ocupam a segunda ou a terceira posição, sendo que, nas de menor IDH, o câncer de estômago é o segundo ou o terceiro mais frequente entre a população masculina. Entre as mulheres, nas regiões mais desenvolvidas, depois do câncer de mama, vem o câncer colorretal, mas, nas de menor IDH, o câncer do colo do útero ocupa a posição.


Maus hábitos

A oncologista da Liga Contra o Câncer, Sulene Cunha, explica que o Brasil segue a estatística mundial com relação aos tipos de câncer mais recorrentes. “É uma estatística até mundial. A gente sabe que os cânceres mais prevalentes até no mundo são próstata em homem e mama em mulher, fora pele. Não é nem só do Brasil”, afirma. Ela atribui o aumento de casos na estimativa a maus hábitos de vida, como a falta de exercício físico e hábitos alimentares inadequados, para além de fatores genéticos. 


“A gente acredita que tenha fatores genéticos envolvidos nesses tumores que a gente já conhece algumas mutações genéticas, mas é uma minoria. Tem a parte, realmente, de estilo de vida. A parte hereditária, que é a minoria, e a maioria é estilo de vida”, complementa. Com estilo de vida ela menciona, além da alimentação e prática de exercícios, hábitos como tabagismo. 


“Nesse estilo de vida a gente vê alimentação inadequada, hábitos de vida inadequados, sem a prática de exercícios físicos, tabagismo envolvido”, diz. Embora câncer de pulmão tenha diminuído no Brasil, ainda estima-se cerca de 32 mil novos casos para o próximo triênio, ainda de acordo com o INCA. Mesmo assim, segundo a oncologista, a diminuição representa sucesso para as campanhas de combate ao tabagismo. “A incidência do câncer de pulmão diminuiu porque as práticas de combate ao tabagismo têm sido mais eficazes. É uma coisa que vem sendo trabalhada e população tem que conscientizado mais de que o tabaco é um fator de risco para o câncer de pulmão. É isso que cada vez mais temos que trabalhar na população: hábitos de vida saudáveis”, comenta. 


Sulane atribui, ainda, a quantidade de diagnósticos de câncer de intestino às más práticas alimentares, além do estresse diário. “O câncer de intestino, justamente, tem a ver com as práticas alimentares inadequadas e falta de atividade física. A gente vê que o estresse, a correria e o dia a dia mais agitado, essa vida mais agitada que a gente leva, faz com que não tenhamos essas duas coisas”, afirma. 


Com relação ao destaque é das regiões sul e sudeste, que acumula a maioria dos casos, a oncologista diz que essa maioria se dá por serem regiões mais populosas e, em consequência, de pessoas com vidas mais agitadas. “A incidência maior porque elas tem um número maior de pessoas, mas também elas tem esses hábitos de vida mais inadequados. Pessoas que saem muito cedo para trabalhar e só voltam a noite. Essa vida mais corrida propícia um maior nível de estresse”, complementa. 


Exposição ao sol é fator de risco para a pele

O câncer de pele não melanoma é o tipo mais frequente  nas ultimas duas estimativas. De acordo com o INCA, a doença acumulará mais  de 220 mil casos até 2025. Segundo Sulene Cunha, este tipo de neoplasia – tumor que ocorre pelo crescimento anormal do número de células – é o mais frequente por conta da alta exposição ao sol e não tem distinção de gênero, ou seja, pode atingir qualquer pessoa. 


“É um tumor mais frequente porque tem a ver com o nível de exposição ao sol. O sol é importante em algumas coisas como vitamina D e a energia, mas a gente precisa saber que essa exposição prolongada traz um risco maior”, comenta Sulene.  Durante todo o ano, o Brasil, em especial a região nordeste do País, registra altas temperaturas. Natal, capital potiguar, por exemplo, é nacionalmente conhecida como a Cidade do Sol e por isso apresenta riscos especiais e requer que seus cidadãos tomem cuidados igualmente especiais e eficazes. “É homem e mulher, todo mundo  e acontece desde o nascimento, por isso a gente precisa se prevenir”, diz Sulane. 


O uso de protetor solar no rosto e nas partes do corpo que ficam expostas (braços, mãos e pescoço), além da proteção com jaquetas e camisas especiais que filtram os raios prejudiciais a saúde, como o UVB, podem ser alternativas para se manter protegido o dia todo. “Evitar esse sol, usar filtro solar”, completa. 
Embora esses tumores sejam mais frequentes, têm baixa taxa de mortalidade. “A taxa de mortalidade deles é muito baixa porque são tumores locais. Se você retirou aquela lesão, você está praticamente curado. Apesar de ser o mais incidente, ele tem uma mortalidade muito baixa. Exceto o melanoma, que é um outro subtipo mais agressivo”, explica. 


Prevenção

De acordo com a médica, existem dois tipos de prevenção que precisam de atenção. A prevenção primária, que consiste na utilização de hábitos saudáveis, como alimentação baseada em frutas, legumes e vegetais de forma equilibrada, prática de exercícios e noites de sono suficientes; e a prevenção secundária, chamada de rastreamento, que consiste na realização de exames de rotina e autoexames. 
Além disso, existem as campanhas que atuam como agentes de combate e prevenção. Este mês acontece o Novembro Azul, no combate ao câncer de próstata. “Teve o mutirão de próstata. Foram realizados 200 PSA’s e toques retais, vai ter o dezembro, que é de pele, que também atenderemos a população. Temos que trabalhar a população”, conclui. 


Brasil

Pele não melanoma: 220.490

Próstata: 71.730Mama: 73.610

Cólon e reto: 45.630

Total de casos: 704.080

Tribuna do Norte



Sesap lança Plano Multirrisco da Saúde para enfrentamento de Desastres no RN

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A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) convida a imprensa para o lançamento do Plano Estadual Multirrisco da Saúde para Desastres no Rio Grande do Norte nesta quinta-feira (17), às 11h, no auditório da Escola de Saúde Pública.

O plano foi construído de forma integrada por meio das coordenações de Vigilância em Saúde, de Atenção à Saúde, de Regulação em Saúde e Avaliação e Diretoria de Políticas Intersetoriais e Promoção à Saúde, que compõem o Grupo Técnico de Trabalho da Vigilância em Saúde Ambiental Relacionada aos Riscos Decorrentes de Desastres (Vigidesastres).

O objetivo principal é subsidiar o desenvolvimento das ações a serem adotadas continuamente pelas autoridades de saúde pública para reduzir a exposição da população aos riscos de desastres, assim como minimizar doenças e agravos decorrentes deles.

Estarão presentes a subcoordenadora da vigilância ambiental Aline Paiva, a coordenadora de vigilância em saúde Kelly Lima e o secretário de saúde Cipriano Maia.

O plano ressalta a importância do fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS) dos municípios para o enfrentamento dos desastres em seus territórios de atuação, visto que a APS é coordenadora do cuidado e ordenadora do acesso regulado aos outros níveis de complexidade do Sistema Único de Saúde.

Serviço: Coletiva de lançamento do Plano Multirrisco da Saúde para enfrentamento de Desastres no RN.
Local: Escola de Saúde Pública,  Av. Alexandrino de Alencar, próximo ao Hemonorte.
Horário: 11h.



Nova variante do coronavírus exige reforço da vacinação contra Covid

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Especialistas da área de saúde voltaram a ficar atentos a um possível crescimento de casos da Covid-19. O alerta surgiu após a identificação da nova variante da Ômicron (BQ.1.1), que, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), já circula por 29 países, sobretudo na União Europeia, e provocou a retomada das medidas de isolamento em algumas cidades da China.

No Brasil, a nova cepa foi identificada pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), e pelo menos cinco casos dessa nova variante foram registrados (dois em São Paulo, um no Rio de Janeiro, um no Amazonas e um no Rio Grande do Sul). A morte de um dos pacientes infectados na capital paulista foi confirmada na última quarta-feira (9). Os cientistas, no entanto, suspeitam que a BQ.1.1 pode estar por trás do repentino aumento do número de casos de Covid-19 no início deste mês, em capitais como Rio de Janeiro, Recife, Goiânia, Manaus e São Paulo, conforme o próprio Ministério da Saúde.

As autoridades de saúde têm recomendado que a população procure tomar as doses de reforço da vacina contra a Covid-19, o que é indicado para aumentar a imunidade e preparar o organismo para se proteger das variantes. Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 100 milhões de brasileiros já tomaram a primeira dose de reforço e mais de 35,5 milhões já se vacinaram com a segunda dose de reforço.



Vacina contra câncer de mama tem sucesso nos primeiros testes em humanos

Foto: divulgação

Os resultados de um estudo feito por cientistas da Escola de Medicina da Universidade de Washington em Seattle, nos Estados Unidos, sugerem que uma vacina pode ser capaz de tratar diferentes tipos de câncer de mama. Os testes experimentais foram considerados um sucesso e demonstraram uma forte resposta imunológica da aplicação à proteína-chave do tumor.

“Os resultados devem ser considerados preliminares, mas são promissores o suficiente para que a vacina seja agora avaliada em um ensaio clínico randomizado maior”, disse, em comunicado, a autora principal do estudo, Mary Disis, professora de medicina Divisão de Oncologia Médica da Universidade de Washington e diretora do Instituto de Vacinas contra o Câncer.

Os testes de fase I, publicados na revista científica JAMA Oncology, foram projetados para avaliar a segurança de uma vacina terapêutica, para tratar a doença, que tem como alvo uma proteína chamada receptor 2 do fator de crescimento epidérmico humano (HER2). O objetivo também foi conferir se a aplicação induzia uma resposta imune à proteína.

A HER2 é encontrada na superfície de várias células, mas em até 30% dos cânceres de mama a proteína é super produzida em até cem vezes a quantidade observada em células normais. Eles tendem a ser mais agressivos e propensos a recorrer após o tratamento, porém a superprodução de HER2 também desencadeia uma reação imunológica que pode ser benéfica.

Pacientes com câncer de mama HER2-positivo que criam um tipo de resposta imune chamada imunidade citotóxica – ou de morte celular – são menos propensos a terem o câncer novamente após o tratamento e têm sobrevida geral mais longa do que aqueles que não conseguem essa resposta imune.

As participantes foram divididas em três grupos com cada participante recebendo três injeções. Um grupo recebeu três injeções de baixa dose (10 mcg) da vacina, um grupo recebeu três injeções com dose intermediária de 100 mcg e um grupo, três injeções de alta dose, 500 mcg. Eles também receberam o fator estimulante de colônia de granulócitos-macrófagos (GM-CSF), que promove imunidade citotóxica.

A autora principal do estudo disse que os resultados mostraram que a vacina é muito segura. “Na verdade, os efeitos colaterais mais comuns que vimos em cerca de metade dos pacientes foram muito semelhantes ao que você vê com as vacinas COVID: vermelhidão e inchaço no local da injeção e talvez febre, calafrios e sintomas semelhantes aos da gripe”, disse Disis.

“Se os resultados do novo ensaio clínico randomizado controlado de fase II da vacina forem positivos, será um forte sinal para avançarmos rapidamente para um ensaio de fase III definitivo”, disse a professora. “Tenho grandes esperanças de que estejamos perto de ter uma vacina que possa efetivamente tratar pacientes com câncer de mama “, completou.



Secretaria de Saúde do RN recebe 17 mil doses da pfizer pediátrica

Vacinação de crianças de 6 meses a 2 anos de idade com comorbidades tem previsão de iniciar na próxima semana com distribução das doses para todos os municípios – Foto: divulgação/Internet

As doses do imunizante da Pfizer Pediátrica para garantir a vacinação de crianças de 6 meses a dois anos chegaram na manhã desta quinta-feira (10) ao Rio Grande do Norte. Foram solicitadas 225.800 doses e o Ministério da Saúde enviou 17 mil.

A Secretaria de Vigilância em Saúde por meio do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis recomendou a vacinação de crianças de 6 meses a 2 anos de idade (2 anos, 11 meses e 29 dias) com comorbidades. O esquema primário será composto de três doses em que as duas doses iniciais devem ser administradas com quatro semanas de intervalo, seguidas por uma terceira dose administrada pelo menos oito semanas após a segunda dose para esta faixa etária.

A intercambialidade das vacinas COVID-19, para a série primária deverá ser realizada sempre com o mesmo imunizante, não sendo recomendada a intercambialidade com outras vacinas COVID-19.

Comprovação das comorbidades

De acordo com o Plano Nacional de Operacionalização contra a Covid-19 – PNO, em sua 13º edição, indivíduos que fazem acompanhamento pelo SUS, poderão utilizar o cadastro já existente na sua unidade de referência, como comprovante que este faz acompanhamento da referida condição de saúde, a exemplo dos programas de acompanhamento de diabéticos. Aqueles que não estiverem cadastrados na Atenção Básica deverão apresentar um comprovante que demonstre pertencer a um dos segmentos contemplados, podendo ser utilizados laudos, declarações, prescrições médicas ou relatórios médicos com descritivo ou CID da doença ou condição de saúde, CPF ou CNS do usuário, assinado e carimbado, em versão original.