Mesmo com mandato, Rogério Marinho recebeu auxílio-mudança ao entrar no governo Bolsonaro

Alçado, em fevereiro deste ano, à posição de ministro, ele assumiu, à época, o cargo de secretário especial de Previdência do Ministério da Economia

Embora já fosse deputado federal e trabalhasse, portanto, em Brasília, o agora ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (PSDB), recebeu auxílio-mudança no valor de R$ 51,98 mil para se mudar de Natal (RN) para a capital federal, no início do ano passado.

Alçado, em fevereiro deste ano, à posição de ministro, ele assumiu, à época, o cargo de secretário especial de Previdência do Ministério da Economia. No portal de Transparência, a quantia, paga em março de 2019, consta como “ajuda de custo”. Ele foi empossado em 4 de janeiro de 2019, quando seu mandato sequer havia terminado — deputados só tomam posse em fevereiro.

Eleito para a Câmara pela primeira vez em 2006, ele exerceu a função parlamentar durante quase todos os anos desde então. A exceção foi em 2010 que, mesmo sem ter sido reeleito, ele assumiu como suplente naquela legislatura em 2011 e 2012. Em 2014, saiu vitorioso das urnas e ganhou um mandato com duração até fevereiro de 2019 – quando termina a legislatura. Antes disso, porém, juntou-se ao governo de Jair Bolsonaro.

Na condição de ministro, Marinho viu seu salário saltar dos R$ 17,3 mil, que recebia como secretário, para R$ 30,9 mil.

Ao longo desse último mandato, Marinho ocupava um apartamento funcional da Câmara dos Deputados. Segundo a assessoria do Ministério do Desenvolvimento Regional, entretanto, isso não quer dizer que ele morava efetivamente em Brasília. O argumento, em resposta à reportagem, foi que ele “permanecia em Brasília apenas nos dias de sessão e para compromissos inerentes ao mandato, retornando ao Rio Grande do Norte, local de sua residência fixa, no restante da semana”.

“A ajuda de custo foi solicitada para arcar com as despesas de mudança e transferência sua e da família para a capital federal”, informou a nota.

Segundo o Governo Federal, a ajuda de custo é autorizada pela Lei 8.112/1990, que regulamenta o regime jurídico dos servidores da União, e pelo Decreto 4.004/2001, que trata especificamente do auxílio. O ministro é casado e tem três filhos e, por isso, o cálculo do auxílio corresponde a três remunerações do cargo para que foi nomeado, ou seja, de secretário.

O portal do governo não detalha as despesas ou registra no que efetivamente foi gasto, apenas informa o valor global. Legalmente, contudo, a ajuda de custo garante, além dos gastos de instalação e transporte de mobiliário, a cobertura de “passagem, bagagem e bens pessoais do servidor e de sua família”.



Parlamentar solicita implantação de Policlínica na região central

Para Francisco do PT, tudo isso garante mais resolutividade nos cuidados básicos com a saúde e evita que pacientes precisem se dirigir aos hospitais em casos que podem ser solucionados de forma ambulatorial

Diante dos problemas enfrentados pela população do Rio Grande do Norte neste período de pandemia, o deputado Francisco do PT encaminhou requerimento ao Governo do Estado pedindo a construção de uma policlínica na região Central, com o objetivo de garantir a efetivação do direito à saúde.

Segundo o parlamentar, as policlínicas proporcionam apoio diagnóstico, com consultas médicas em diferentes especialidades. “Essas unidades de saúde objetivam ampliar e facilitar o acesso a exames e consultas com especialistas. Elas oferecem exames gráficos e de imagem com fins diagnósticos e, em alguns casos, realizam pequenos procedimentos”, reforçou o deputado.

Para Francisco do PT, tudo isso garante mais resolutividade nos cuidados básicos com a saúde e evita que pacientes precisem se dirigir aos hospitais em casos que podem ser solucionados de forma ambulatorial. O documento foi enviado ao Governo do Estado através da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).



Equipes profissionais do maior estudo nacional sobre coronavírus são atacadas em diversos municípios

Pesquisadores são impedidos de trabalhar por governos municipais, que alegam precisar autorizar a pesquisa financiada pelo Ministério da Saúde. Natal (RN) está entre essas cidades

Próximo da sua finalização, o maior estudo mundial sobre o novo coronavírus, “Evolução da Prevalência de Infecção por COVID-19”, coordenado pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas e financiado pelo Ministério da Saúde, sofre resistência em alguns municípios para a coleta de informações. Equipes de pesquisadores são detidas pela polícia e impedidas de trabalhar por governos municipais, que alegam precisar autorizar a pesquisa.

As Secretarias Estaduais de Saúde, assim como o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), receberam ofício do Ministério da Saúde sobre a realização da pesquisa. Mesmo assim, segundo Pedro Hallal, reitor da universidade e coordenador do projeto, em cerca de 40 cidades as prefeituras impedem o trabalho dos pesquisadores.

— Estamos em uma operação de guerra, não precisamos de autorização de cada prefeitura e das secretarias. É uma ação do Ministério da Saúde. Alguns requerem um protagonismo para autorizar, mas na verdade, a autorização ocorre na Comissão Nacional de Ética e no Ministério, que enviou ofício sobre o estudo — destaca o coordenador.

Para fazer parte das equipe, todos os pesquisadores precisaram realizar testes para o novo coronavírus para não representarem um risco de contaminação para a população. Apesar disso, algumas Secretarias Municipais de Saúde exigiram novos testes e uma quarentena; algumas equipes chegaram a ser detidas e impedidas de entrar em municípios. Hallal destaca que há uma informação oficial no ofício informando que os testes já foram realizados. Os profissionais estão devidamente protegidos com os equipamentos de proteção individual (EPIs).

— O que não pode ser feito é esconder a postura autoritária atrás das regras de isolamento. Tentamos justamente estudar a doença que gera o isolamento. Tomamos os cuidados para evitar os riscos de contaminação. As equipes foram testadas e usam os equipamentos de segurança. As medidas de isolamento não justificam essas dificuldades. Em algumas cidades falaram que precisaríamos de uma autorização formal das secretarias. Existe uma postura de xerife para proibir o trabalho das equipes. As secretarias, prefeituras e força de segurança costumam ser os maiores parceiros e os mais interessados no estudo, mas atrapalham o seu andamento em alguns lugares — destaca o epidemiologista — Temos profissionais de braços cruzados porque não podem atuar. atrapalha o estudo e desperdiça o dinheiro público investido na ação.  
O estudo tem destaque na página oficial do Ministério, que esclarece que financia a pesquisa. A etapa atual tinha finalização prevista para este domingo, mas será prolongada até o dia 19. As próximas etapas da pesquisa estão previstas para ocorrer nos dias 28 e 29 de maio, e 11 e 12 de junho. 

Em Santarém (PA), por exemplo, a polícia levou a equipe da pesquisa para a delegacia e apreendeu os testes para a Covid-19.  O mesmo aconteceu em São José dos Campos (SP), São Mateus (ES), Imperatriz (MA), Picos (PI), Patos (PB), Natal (RN), Crateús e Serra Talhada (CE), Rio Verde (GO), Cachoeiro do Itapemirim (ES), Caçador (SC), entre outros locais. Em Presidente Prudente (SP), Guarapuava (PR), Cáceres (MT), por exemplo, autoridades municipais alegam precisar liberar a pesquisa. Macaé (RJ) é destacado por Hallal como um dos locais com maiores dificuldades no Rio de Janeiro. Lá, apenas 10 dos 250 testes previstos foram realizados.

— Além de atrasar a coleta de material, se a gente não conseguir completar os testes previstos é uma perda metodológica muito significativa. Perdemos qualidade, é um prejuízo inestimável — relata Hallal.

A pesquisa busca analisar a evolução dos casos da Covid-19 no país. O objetivo é testar ao todo 99.750 pessoas de 133 municípios de todas as regiões do país. O Ministério enviou 150 mil testes rápidos para viabilizar a ação. A ideia é identificar de que forma o vírus está se propagando em todo o Brasil e criar políticas públicas mais eficientes sobre o comportamento do coronavírus no território brasileiro. Essas “cidades sentinelas” foram escolhidas por serem municípios sede de cada sub-região intermediária do país, de acordo com critérios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar dos problemas, Pedro Hallal destaca que o estudo está sendo um sucesso e que mais de 13 mil pessoas de 33 mil previstas para essa etapa do estudo já foram testadas. Em 90 cidades brasileiras o trabalho ocorreu bem, em em alguns lugares o levantamento já foi finalizado, como Manaus, um dos mais afetados pelo novo coronavírus. Procurado, o Ministério da Saúde não comentou o assunto até a publicação desta matéria.



Natal cria Comitê Científico de combate à Covid-19 em Natal

Segundo Álvaro, o protocolo, elaborado por profissionais do mais alto conceito, deverá ser aprovado pelo CRM para que, depois, a gestão pública passe a adotá-lo

O prefeito de Natal, Álvaro Dias, vai criar o Comitê Científico Municipal para acompanhar a evolução do coronavírus e apresentar soluções de profilaxia e tratamento do Covid-19, no Município. A ideia foi consolidada nesta sexta-feira (15) durante uma videoconferência que contou com a presença do próprio chefe do executivo, que é médico, do Dr. João Marinho (Dr. Joca), Dra. Hélida Bezerra, Dra. Rosângela Morais, Dra. Kívia Bezerra, Dra. Aline Câmara, com a participação, como convidado, do infectologista Fernando Suassuna.

Além da criação do Comitê, o prefeito ficou à par da formulação de um protocolo médico, que está sendo concluído pelo Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte, e que será apresentado na próxima segunda com soluções que apontam desde a profilaxia de profissionais que estão na linha de frente do combate ao Covid-19, até o atendimento de cidadãos nas unidades de saúde de Natal.

Segundo Álvaro, o protocolo, elaborado por profissionais do mais alto conceito, deverá ser aprovado pelo CRM para que, depois, a gestão pública passe a adotá-lo. O infectologista Fernando Suassuna, que é considerado um dos profissionais mais respeitados do estado, fez questão de dizer que está trabalhando lado a lado com o prefeito Álvaro Dias, de quem foi professor, para enfrentar a pandemia na cidade.

Durante a videoconferência, o prefeito e os médicos debateram sobre as mais variadas dificuldades no enfrentamento ao Covid-19. Alternativas para atendimento, riscos, comorbidades, utilização de medicamentos, forma de aplicação e uma ação direta que envolva a prevenção de profissionais que estão na linha de frente do combate ao vírus, nas UPAs, hospital municipal dr Newton Azevedo e no Hospital de Campanha de Natal.



“Passa álcool na mão”: comediante potiguar realiza paródia sobre coronavírus

Ocomediante potiguar Talokudo publicou em seu canal do YouTube duas paródias sobre coronavírus. “Salvem o mundo” e “Passa álcool na mão” são as duas músicas que ele interpreta nos vídeos.

Talokudo é de Mossoró e faz bastante sucesso na internet com seus memes, vídeos e paródias engraçadas. Além disso, também faz shows de humor e stand-up comedy.

A música “Passa álcool na mão” é do gênero musical funk e chegou a 15 mil visualizações na rede social. Já “Salvem o Mundo”, é uma paródia da música “We Are The World”, de Michael Jackson.

Confiram:



Alerta: RN tem crescimento recorde de desocupados em início de ano

No Rio Grande do Norte, 46 mil pessoas tornaram-se desocupadas (sem emprego formal nem informal) no início de 2020. Esse é o maior crescimento no estado, para um primeiro trimestre, desde que a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua foi criada em 2012. Os dados foram divulgados hoje (15) pelo IBGE.

No total, o estado registrou 237 mil desocupados no primeiro trimestre de 2020, enquanto que no último trimestre de 2019 havia 191 mil. Em relação a todos os outros trimestres, o crescimento é o terceiro maior da série histórica do RN.

A alta de 24% de desocupados nesse período também é a quinta maior entre as unidades da federação. Apenas Mato Grosso (34,4%), Maranhão (32%), Alagoas (25%) e Tocantins (24,6%) superam o estado potiguar. No Brasil, 12 unidades da federação cresceram neste aspecto. O número de desocupados no trimestre de janeiro a março de 2020 representa 15,4% das pessoas que estão na força de trabalho no RN. Também é a terceira vez que a desocupação ultrapassa o nível de 15% no estado.

Região Metropolitana

Do total de 237 mil pessoas desocupadas, 110 mil moram na Região Metropolitana de Natal e 62 mil no município capital. A taxa de desocupação da Grande Natal foi de 14,4%, e da capital, 13,8%.

Jovens

A taxa de desocupação dos jovens potiguares, de 18 a 24 anos, chegou a nível recorde: 36%, o maior desde 2012. Nesse grupo, a taxa era 30% no último trimestre de 2019. A quantidade de desocupados nessa faixa de idade variou de 61 mil, no final de 2019, para 81 mil nos primeiros três meses de 2020.



Brasil: 4,8 milhões de crianças e adolescentes não possuem internet em casa

Segundo Dutra, a pandemia evidencia desigualdades que já são enfrentadas no cotidiano em todo o país. Há escolas que têm infraestrutura adequada e de qualidade, e outras que não, o que já impacta o aprendizado das crianças

No Brasil, 4,8 milhões de crianças e adolescentes, na faixa de 9 a 17 anos, não têm acesso à internet em casa. Eles correspondem a 17% de todos os brasileiros nessa faixa etária. Os dados, divulgados na semana passada semana pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), fazem parte da pesquisa TIC Kids Online 2019, que será lançada na íntegra em junho.

O levantamento é feito pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). Os dados foram solicitados pelo Unicef para medir, em meio à pandemia do novo coronavírus, causador da Covid-19, quantas crianças e adolescentes estão sem acesso a aulas online e a outros conteúdos da internet que garantam a continuidade do aprendizado. 

Segundo Dutra, a pandemia evidencia desigualdades que já são enfrentadas no cotidiano em todo o país. Há escolas que têm infraestrutura adequada e de qualidade, e outras que não, o que já impacta o aprendizado das crianças.



Comando Conjunto Rio Grande do Norte e Paraíba realizou a desinfecção da Escola do Governo e o CIOSP

O Comando Conjunto Rio Grande do Norte e Paraíba é um dos 10 Comandos Conjuntos ativados pelo Ministério da Defesa, em março deste ano, no âmbito da Operação Covid-19, no combate aos impactos do coronavírus no Brasil

Neste domingo, 17 de maio, o Comando Conjunto Rio Grande do Norte e Paraíba, composto pela Marinha do Brasil (Comando do 3º Distrito Naval), Exército Brasileiro (7ª Brigada de Infantaria Motorizada) e Força Aérea Brasileira (ALA 10), realizou a desinfecção da Escola do Governo e do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (CIOSP), em Natal.

O trabalho de desinfecção foi realizado em horário reservado, sem a concentração de pessoas no local, facilitando a condução da ação e a aplicação dos produtos químicos de forma segura.

A atividade contou com militares das Forças Armadas, habilitados para a descontaminação de ambientes, material e pessoal, em Estágios de Capacitação ministrados pela Equipe de Resposta Nuclear, Biológica, Química e Radiológica (NBQR) do Comando do 3º Distrito Naval.

O Comando Conjunto Rio Grande do Norte e Paraíba é um dos 10 Comandos Conjuntos ativados pelo Ministério da Defesa, em março deste ano, no âmbito da Operação Covid-19, no combate aos impactos do coronavírus no Brasil.



Polêmica: Bolsonaro esteve, em média, em uma aglomeração por dia durante a pandemia

Tal comportamento recebe críticas de especialistas que estão na linha de frente do combate à pandemia

Ao longo de dois meses durante a pandemia causada pelo novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ignorou recomendações de seu próprio Ministério da Saúde e das principais autoridades em Saúde do mundo e provocou aglomerações em mais de 60 aparições públicas.

Um levantamento feito pelo UOL mostra que Bolsonaro esteve, em média, em uma aglomeração por dia em sua rotina, em Brasília ou em passeios por outras cidades. A lista analisa o período entre os dias 13 de março — dia em que o Ministério da Saúde passou a recomendar que aglomerações fossem evitadas — e 13 de maio, e considera duas situações específicas: contato direto com apoiadores e aparições públicas ao lado de vários ministros e/ou funcionários.

Reuniões a portas fechadas não entram na conta, nem as vezes em que Bolsonaro apoiou uma manifestação, mas não participou dela. Há cerca de dois meses, o Ministério da Saúde divulgou um texto com uma série de dicas à população para evitar aglomerações, inclusive “em supermercados e farmácias”.

Desde então, Bolsonaro provocou a concentração de pessoas nos dois tipos de estabelecimentos usados como exemplo. Durante a pandemia, o presidente, por exemplo, participou de ato em que seus apoiadores atacavam o STF (Supremo Tribunal Federal) em 15 de março; passeou pelas ruas e por supermercados em 29 de março; comeu pão doce em uma padaria em 9 de abril, e distribuiu abraços a apoiadores em 2 de maio.

Tal comportamento recebe críticas de especialistas que estão na linha de frente do combate à pandemia.”Se ele [Bolsonaro] fizesse isso a portas fechadas, seria uma coisa. Mas a questão é o exemplo, que é contrário a tudo o que está sendo proposto. Isso tem um impacto imenso no não cumprimento das medidas de isolamento”, comenta o epidemiologista Paulo Lotufo, diretor do Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica da USP (Universidade de São Paulo). “O dano que ele está causando é imenso, é total, porque se cria uma dualidade na cabeça de quem está vendo”, continua Lotufo, que atua na linha de frente do combate à pandemia.

“De um lado, nós estamos fazendo um esforço tremendo, e de outro se põe tudo a perder. O Hospital das Clínicas [de SP] tem mais de 200 pessoas intubadas, é um número absurdo, impensável, e poderia ser menos gente. Estamos em uma situação terrível”, lamenta.

“Cercadinho” tem aglomeração quase todo dia

De ao menos 62 aglomerações causadas por Jair Bolsonaro no período citado, 39 ocorreram no chamado “cercadinho” do Palácio da Alvorada — ou seja, 64% do total. É ali, no lado de fora da residência oficial, que os apoiadores do presidente o esperam para conversar e tirar fotos.

O levantamento do UOL mostra que, no “cercadinho”, Bolsonaro já cumprimentou, conversou, fez orações e interagiu com idosos, tudo sem qualquer proteção contra o coronavírus. Em um contexto de pandemia, a atitude põe em risco de contaminação não apenas ele próprio, mas também quem aparece para vê-lo.

Aglomerações aumentaram após a saída de Mandetta

A média de aglomerações por dia aumentou desde que Luiz Henrique Mandetta deixou o comando do Ministério da Saúde. A gota d’água de sua saída foi, justamente, uma entrevista em que cobrava “fala unificada e fim da dubiedade” entre as orientações da pasta e as do presidente. Foram 27 ocasiões em 34 dias com Mandetta no cargo (média de 0,79 ao dia) e outras 35 aglomerações em 27 dias com Nelson Teich (1,3 ao dia).

Anteontem foi a vez de Nelson Teich deixar o governo, abreviando uma gestão que vinha entrando em rota de colisão com Bolsonaro — uma das discordâncias era justamente sobre o isolamento social.



América Futebol Clube faz campanha em homenagem ao Dia Internacional do Combate à Homofobia

Nessa semana, o futebol potiguar esteve envolvido diretamente em um caso de homofobia. A torcida organizada Garra Alvinegra, na última quinta-feira (14), expulsou um membro por ser “flagrado tendo relações homoafetivas” em um vídeo que vazou na internet

A página oficial do América no Instagram publicou uma campanha em homenagem ao Dia Internacional do Combate a Homofobia, comemorado neste domingo (17). A publicação do clube traz a seguinte mensagem “A discriminação é discriminação, mesmo quando as pessoas dizem que é ‘liberdade de expressão’. Não escolha o ódio. Não escolha a intolerância. Não escolha a violência. Escolha o amor. Escolha o carinho. Escolha o respeito mútuo. Escolha o lado certo pra você. Escolha jogar no time que você quiser”. O clube também usou a hashtag #AméricaParaTodos.

Nessa semana, o futebol potiguar esteve envolvido diretamente em um caso de homofobia. A torcida organizada Garra Alvinegra, na última quinta-feira (14), expulsou um membro por ser “flagrado tendo relações homoafetivas” em um vídeo que vazou na internet. “Deixando claro que a partir de então, ele não poderá acessar nossa sede social ou qualquer evento promovido ou que seja relacionado com nossa torcida”, diz a nota.

No sábado (16), o ABC publicou uma nota de repúdio pela atitude tomada pela torcida. “A atitude em questão não representa o pensamento do clube e da nação abecedista, que é composta por uma torcida repleta de pluralidade, que abraça e respeita todos os gostos, pensamentos, opções, sem distinção de raça, gênero ou orientação sexual”, diz a nota.