BC reduz previsão de crescimento do crédito para 7,3% em 2023

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O Banco Central (BC) prevê que o volume de crédito bancário crescerá 7,3% em 2023. A projeção teve uma ligeira redução diante da previsão anterior de 7,7%, divulgada em junho deste ano, e continua indicando um processo de desaceleração do crédito, compatível com o aperto monetário de alta na taxa Selic, os juros básicos da economia.

A nova estimativa incorpora ainda os novos dados do mercado de crédito e a revisão do cenário macroeconômico futuro. As informações são do Relatório de Inflação, publicação trimestral do BC.

De acordo com o documento, contribuíram para essa revisão os dados do mercado de crédito, que vieram abaixo do esperado, principalmente em decorrência do movimento no crédito para pessoas jurídicas com recursos livres. Nesse segmento, a projeção foi reduzida de 3% para 1,5%, “devido à desaceleração do saldo mais acentuada do que a esperada”.

Já a projeção de crescimento do estoque do crédito livre para pessoas físicas foi mantida em 9%, reflexo da resiliência observada nas concessões até julho de 2023 e as perspectivas atualizadas para atividade econômica. Ainda em seu Relatório de Inflação, o BC elevou a projeção para o crescimento da economia este ano de 2% para 2,9%.

O crédito livre é aquele em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. O crédito direcionado tem regras definidas pelo governo e é destinado, basicamente, aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.

No crédito direcionado, a projeção de crescimento do saldo de pessoas físicas foi mantida em 11%, com a desaceleração do saldo imobiliário sendo compensada pelo aumento do tamanho do Plano Safra para 2023/2024. Em junho, o governo federal anunciou R$ 364,22 bilhões para o financiamento da agricultura e da pecuária empresarial no país em 2023/2024. O valor é 26,8% maior que o destinados no plano de 2022/2023.

Por fim, no segmento de pessoas jurídicas, no crédito direcionado, a projeção foi mantida em 7%.

Política de juros

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu reduzir a taxa básica de juros, a Selic, de 13,25% ao ano para 12,75% ao ano. O comportamento dos preços fez o BC cortar os juros pela segunda vez no semestre, em um ciclo que deve seguir com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões.

De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, em ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto do ano passado a agosto deste ano, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.

Em ata divulgada na última terça-feira, o Copom reforçou a necessidade de se manter uma política monetária ainda contracionista para que se consolide a convergência da inflação para a meta em 2024 e 2025 e a ancoragem das expectativas. As incertezas nos mercados e as expectativas de inflação acima da meta preocupam o BC e são fatores que impactam a decisão sobre a taxa básica de juros.

A Selic é o principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação porque a taxa causa reflexos nos preços, já que juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, evitando a demanda aquecida. Os efeitos do aperto monetário são sentidos no encarecimento do crédito e na desaceleração da economia.

A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acumula taxa de 3,23% no ano, até agosto. Em 12 meses, a inflação acumulada é de 4,61%.

Previsão para 2024

Pela primeira vez, o BC apresentou a previsão de crescimento do crédito para 2024, de 8,5%. A autarquia espera uma evolução do crédito com recursos livres, “mais sensível à evolução esperada da política monetária [de queda dos juros]”. Dessa forma, o crescimento do saldo do crédito deve superar o observado em 2023, em termos nominais e reais.

“A aceleração deve ser impulsionada pelo segmento de crédito livre para pessoas jurídicas, com a dissipação dos impactos dos eventos envolvendo grandes empresas. Por sua vez, espera-se que o crédito para pessoas físicas exiba trajetória de ligeira desaceleração, tanto nas operações com recursos livres como nas com recursos direcionados, refletindo, entre outros fatores, os níveis elevados de endividamento e comprometimento de renda e o menor crescimento da renda das famílias”, destaca o relatório.

“A perspectiva de aceleração nominal do crédito e de desaceleração da inflação sugere crescimento real mais vigoroso do saldo de crédito no próximo ano”, acrescenta o BC.

Agência Brasil



Congresso das Famílias é realizado em Currais Novos; veja fotos

No último final de semana, a cidade de Currais Novos foi palco de um evento marcante para a comunidade religiosa local. O Congresso das Famílias reuniu participantes em um ambiente de fé, reflexão e convívio fraterno. O evento foi realizado no educandario Jesus Menino e contou com a participação de familias, casais e a comunidade catolica local.

Um dos momentos mais esperados do congresso foi o a mensagem e oração com o Padre Sandro da Consolação, exorcista da arquidiocese da Paraiba que destacou a importância da família nos dias atuais.

O Congresso das Famílias com Cristo em Currais Novos deixa um legado de união, aprendizado e renovação espiritual para todos os participantes. Com o sucesso desta edição, a comunidade já aguarda ansiosamente pela próxima oportunidade de se reunir em comunhão e fé.

Fotos: Matheus Menezes



Revista Lagoa Nova da Gente será lançada nesta terça-feira (3)

Tudo pronto para o lançamento de mais uma “revista da gente”. Nesta terça-feira (3), a bola da vez é Lagoa Nova, capital da Serra de Santana, que terá a segunda edição de sua publicação lançada logo após a novena.

A ocasião servirá como um novo momento de valorização das raízes do local, com boas histórias contadas nas páginas da publicação, que chega com a promessa de arrebatar o coração do leitor.

Com mais de 2 mil exemplares de tiragem, a publicação será distribuída gratuitamente, uma marca das revistas lançadas pelos jornalistas Ismael Medeiros e Suerda Medeiros. A intenção principal é presentear o povo local com o mais genuíno relato dos potenciais que a região possui e boas histórias de importantes personagens de Lagoa Nova.

Este é mais um projeto lançado em 2023. Neste ano, já foram lançadas as publicações de Currais Novos, Caicó e São Vicente. Até o fim do ano, mais cidades do Seridó terão suas histórias contadas.

“Acreditamos que será um belo registro histórico para todos terem. Nos divertimos e emocionamos na produção, esperamos passar isso para o leitor também”, afirma o jornalista Ismael Medeiros.

“Agradecemos a parceria da Prefeitura Municipal, do prefeito Luciano Santos, o padre Welson que abriu as portas da igreja e aos empresários que acreditam no projeto”, explicou a jornalista Suerda Medeiros.



Mulheres defendem avanço de políticas públicas para construção da autonomia econômica

A proposta inovadora da Política Nacional de Cuidados e o Plano Nacional de Cuidados, lançados recentemente pelo governo federal, com a missão de formular um diagnóstico sobre a organização social dos cuidados no Brasil, permearam as discussões da audiência pública realizada pelo mandato da deputada Isolda Dantas (PT), na sede da OAB, em Mossoró. 

A “Autonomia econômica das mulheres e o trabalho do cuidado” foi o tema do debate. “É um tema que sempre esteve presente na nossa luta. E como o Brasil voltou, estamos no momento de reconstrução do país e não é coisa pouca, porque foi destruído em todos os lugares, nos campos, na educação, na saúde, inclusive na luta das mulheres e temos que reconstruí-los em todos os cantos em que a gente está e isso não pode acontecer sem as políticas públicas para as mulheres. Mas a gente quer política pública qualificada, que possa de fato alterar as nossas vidas, porque não somos inesgotáveis, assim como os recursos naturais e estamos num momento muito propício para isso, porque é de reconstrução do país”, afirmou Isolda. 

Depoimentos de mulheres de diversas categorias profissionais sobre a sobrecarga diária de trabalho fizeram parte da audiência pública. Elas exemplificaram situações do cotidiano na eterna luta para conciliar carreira ou estudo com o trabalho de cuidar da casa, dos filhos, familiares doentes, das tarefas domésticas, entre outros afazeres, impedindo, inclusive, muitas de terem a sua autonomia financeira. E com isso  engrossando as estatísticas de pobreza, “uma situação que não pode e nem deve ser naturalizada”, defenderam, por isso a necessidade de políticas públicas e do papel do Estado nesse debate.

A secretária nacional de Autonomia Econômica e Política de Cuidados do Ministério das Mulheres, Rosane da Silva, saudou a iniciativa do debate que lotou o espaço da OAB e disse que o presidente Lula tem trazido com centralidade o debate para retomar políticas públicas que de fato mudem a vida das mulheres. “Vários países têm desenvolvido essa política de cuidados e o presidente nos deu esse aval, de construir a partir de um diálogo social o que seria uma política nacional de cuidados, sabendo que o tema cuidado tem se transformado um assunto de Estado”, afirmou Rosane.

Conceição Dantas, titular da subsecretaria de Mulheres Rurais do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) disse que para se discutir a autonomia econômica das mulheres rurais é preciso interligar a discussão entre o trabalho que elas fazem na roça, no quintal, com o trabalho doméstico. “Muitas vezes nossas reivindicações não cabem nas leis do estado, mas o movimento social está aqui pra isso”, afirmou, comemorando o anúncio de 90 mil “quintais produtivos”. 

O Programa Quintais Produtivos é voltado para a promoção da segurança alimentar e nutricional e da autonomia econômica das mulheres rurais. Conceição também informou sobre o projeto piloto das lavanderias coletivas que o governo irá criar nos assentamentos: “A sociedade e o estado têm que se responsabilizar pelo trabalho doméstico e nã somente as mulheres”, pontuou. 

A secretária das Mulheres, da Juventude, Igualdade Racial e dos Direitos Humanos do RN, Olga Aguiar, representando a governadora Fátima Bezerra no evento afirmou: “A gente poderia sintetizar um assunto complexo e amplo em duas palavras: desconstrução e construção, pois foi um tema que teve avanços significativos nas duas gestões de Lula mas foi desconstruído a partir do golpe contra a presidente Dilma, mas estamos vivendo um momento muito importante, de resgatar, de reconstruir e não podemos perder essa oportunidade e a presença e participação dos movimentos sociais com pautas tão caras é fundamental”, afirmou.



Presidente da AMSO-TR está em Brasília para agenda municipalista

Prefeito de Cruzeta e presidente da Associação de Municípios do Seridó Oriental e Trairi (AMSO-TR), Joaquim de Medeirinho, está em compromisso oficial em Brasília na luta pela causa municipalista.

Em sua agenda, o gestor chegou a Brasília já nesta segunda-feira (2), realizando uma série de reuniões com agentes públicos para reforçar os pleitos dos municípios associados.

Acompanhado de Hudson Brito, secretário da Confederação Nacional dos Municípios e prefeito de Santana do Seridó, o compromisso oficial se une a luta de outros chefes do executivo para que os municípios possam sua voz ouvida.

Nesta terça-feira (3), uma grande mobilização municipalista está marcada para ocorrer na capital federal, uma forma que os gestores municipais encontraram para chamar a atenção da sociedade sobre os desafios que as administrações vem enfrentando, sobretudo com queda de arrecadação tão severa.

“Nossa luta é em busca de uma solução pelo Brasil, pelas pessoas de nossos municípios. Não são questões de visão política, mas de realidade, pois estamos enfrentando uma séria crise financeira. Falo em nome da nossa região do Seridó”, explicou Joaquim.

O presidente da AMSO- TR também esteve em reunião com Samid Saullo Alves de Azevedo Mota, Analista Técnico de Finanças e Tributação da CNM. No encontro foi tratado sobre a Retenção do Imposto de Renda pelos Municípios, que é uma importante fonte de receita tributária local.



Concurso Público: Prefeitura de Alagoa Nova (PB) abre 115 vagas

Foto: Divulgação

No estado da Paraíba, a Prefeitura de Alagoa Nova anuncia a realização de um novo Concurso Público, com o objetivo de preencher 115 vagas para profissionais de níveis fundamental, médio/técnico e superior.

De acordo com o edital, as oportunidades são para os seguintes cargos: Auxiliar de Serviços Gerais (15); Operador de Máquina Pesada (1); Operador de Máquinas Agrícolas: Tratorista (1); Vigilante (5); Agente Administrativo (10); Agente Comunitário de Saúde (6); Agente de Combate às Endemias (3); Motorista D (5); Técnico em Enfermagem (10); Técnico em Radiologia (1); Técnico em Saúde Bucal (2); Cirurgião Dentista (3); Educador Físico (1); Enfermeiro (5); Farmacêutico (2); Fisioterapeuta (1); Fonoaudiólogo (1); Médico PSF (5); Nutricionista (2); Psicólogo (2); Professor A (25); Professor B – Ciências (2); Professor B – Educação Física (1); Professor B – Língua Espanhola (1); Professor B – Língua Inglesa (1); Professor B – Língua Portuguesa (1); Professor B – Matemática (2); Psicólogo Educacional (1).

Para concorrer a uma das vagas é necessário que o candidato comprove o nível de escolaridade exigido para a função em que deseja atuar, tenha idade mínima de 18 anos, dentre outros requisitos que constam no edital.

Ao serem admitidos, os profissionais deverão cumprir jornadas de 30 a 40 horas semanais e contarão com remuneração mensal de R$ 1.320,00 a R$ 10.560,00.

Inscrição e classificação

Os interessados poderão se inscrever a partir das 10h do dia 22 de setembro de 2023 às 23h59 do dia 22 de outubro de 2023, pelo site CPCON, com taxas de R$ 75,00 a R$ 115,00. Vale pontuar que a solicitação de isenção do valor poderá ser feita entre os dias 22 e 28 de setembro de 2023.

A classificação dos candidatos será realizada por meio de prova escrita objetiva, prevista para o dia 3 de dezembro de 2023; prova de títulos; prova prática (para os cargos de Motorista D, Operador de Máquina Pesada e Operador de Máquinas Agrícolas: Tratorista), prevista para o dia 4 de fevereiro de 2024.

O conteúdo programático consistirá em questões de língua portuguesa, matemática, informática, conhecimentos gerais e específicos.

Vigência

O Concurso Público terá validade de dois anos, podendo ser prorrogado por igual período.



Pesquisa aponta que RN tem Diesel mais barato e 4ª gasolina mais cara do Nordeste

Foto: Adriano Abreu

A última análise do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), levantamento que consolida o comportamento de preços das transações nos postos de combustível, apontou que o Diesel comercializado no Rio Grande do Norte terminou como o mais barato do Nordeste, no fechamento do mês setembro. Já a gasolina vendida ao consumidor potiguar ficou como a quarta mais cara da região.

De acordo com o levantamento, a média de preço do Diesel registrada no Rio Grande do Norte foi de R$ 6,15. O mesmo combustível foi encontrado, a preço médio em Alagoas, de R$ 6,86 – o custo mais alto da região.

A gasolina, segundo a pesquisa, terminou o mês com preço médio de R$ 6,19 no Rio Grande do Norte. O valor só é mais baixo do que o registrado em Alagoas (R$, 6,28), Sergipe (R$ 6,43) e Ceará (R$ 6,49). A Paraíba foi o estado nordestino com a gasolina mais barata no período, a R$ 6,02 o litro.

Como um todo, a região Nordeste apresentou o maior recuo para a gasolina na quinzena, ao mesmo tempo que teve o maior aumento para o Diesel do País.

“A gasolina ficou mais barata entre todos os Estados da Região Nordeste, enquanto o diesel S-10 registrou alta no preço em toda a região. Já o tipo comum ficou mais barato apenas em Alagoas e em Paraíba. Para o etanol, apenas a Bahia registrou aumento no preço, de 0,90%. Quando comparado a gasolina, o etanol foi considerado economicamente mais viável apenas na Bahia e na Paraíba. Ainda, o combustivel é ecologicamente mais vantajoso, por ser capaz de reduzir consideravelmente as emissões de gases responsáveis pelas mudanças climáticas”, disse o diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil, Douglas Pina.

Tribuna do Norte



Mais ondas de calor extremo em outubro? Confira previsão para todo o Brasil

Foto: Magnus Nascimento

A onda de calor extremo em pleno fim de inverno e começo de primavera pegou muita gente de surpresa neste ano. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), 2023 teve o mês de setembro mais quente dos últimos 80 anos. E, com a chegada de outubro, o calor deve persistir, junto às chuvas no Sul do País.

Segundo a Climatempo, diferente de setembro, o mês de outubro é historicamente um mês de temperaturas mais altas, e é possível que a onda de calor recorde que aconteceu na primavera de 2020 volte a se repetir em 2023. Além disso, o El Niño deve continuar influenciando o clima global e do Brasil.

“Este evento já é considerado forte e o fenômeno vai atuar durante toda a primavera de 2023 e o verão de 2023/2024. Os principais centros de monitoramento do clima global apontam que o El Niño enfraqueça somente durante o outono de 2024?, diz a Climatempo.

Em outubro, o efeito do El Niño esperado para o Brasil é de intensificação das chuvas no Sul e diminuição das precipitações no Norte e Nordeste. Ou seja, há grandes chances de novas enchentes no Rio Grande do Sul e uma piora no quadro – já grave – de seca no Amazonas.

Por todo o Brasil, deve haver certa instabilidade no ciclo de chuvas. “Vai ser comum termos períodos de três a cinco dias praticamente sem nenhuma chuva, que é um reflexo dessa irregularidade, dessa mudança da circulação de ventos causada pelo El Niño”, diz Vinícius Lucyrio, meteorologista da Climatempo.

Vale lembrar que o El Niño é um fenômeno provocado pelo aquecimento das águas do oceano Pacífico próximo à linha do Equador, na altura da costa do Peru.

Apesar dessa elevação de temperatura ser comum nesta época do ano, pela maior incidência de raios solares na região, dada a posição da terra em relação ao Sol, o fenômeno – assim como seus efeitos – são intensificados pelas mudanças climáticas.

Altas temperaturas por todo o Brasil

O El Niño também ajuda a causar mais áreas de alta pressão atmosférica, que intensificam o calor. Por isso, é possível que haja novas ondas de calor extremo.

Segundo a Metsul, as altas temperaturas devem perdurar por todo o Brasil em outubro, mas principalmente no Centro-Oeste, onde o tempo fica mais seco. Já no Sul e no Sudeste, a incidência maior de chuvas deve ajudar a barrar a expansão do calor a um estado extremo; a tendência é de dias quentes e noites mais amenas.

No mapa de calor para outubro da Climatempo, é possível ver que a temperatura deve ficar acima da média em todo o país. Na área em vermelho, que abrange a maior parte do País e especialmente o seu centro, as temperaturas podem ficar de 2°C a 3°C acima da média normal. Já nas áreas em rosa, as temperaturas sobem menos: até 1°C acima das médias climatológicas normais.

Essa previsão significa que, em São Paulo, onde a temperatura máxima média para o mês de outubro costuma ser 24ºC e a mínima 16ºC, em 2023 deveremos ter termômetros marcando entre 18ºC e 26ºC, em média.

Estadão Conteúdo



Conta de luz continua com bandeira verde em outubro

Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

A bandeira tarifária para o mês de outubro continuará verde, o que significa que não haverá cobrança extra na conta de luz dos consumidores brasileiros. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a energia mais barata reflete a melhoria nos níveis dos reservatórios das hidrelétricas.

As condições favoráveis de geração hidrelétrica, que possui um custo mais baixo do que outras fontes de energia, têm mantido a sinalização verde desde abril de 2022.

Com os dados apurados até o momento, a expectativa da Aneel é de que a tarifa não sofra nenhum acréscimo até o final do ano.

A bandeira verde é válida para todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional (SIN), malha de linhas de transmissão de energia elétrica que conecta as usinas aos consumidores.

Agência Brasil



Impulsionando sonhos: Senac conecta mulheres para empreender

Foto: Reprodução/Fecomércio

Clívia Fernandes é mãe de dois filhos e avó aos 36 anos. Desde a infância, sentia desejo de empreender. Um ímpeto que a despertara cedo. No entanto, outros pontos de sua vida se tornaram prioridade quando foi mãe aos 15. Com o nascimento do primeiro filho, se viu frente a necessidade de aproveitar qualquer oportunidade que pudesse lhe gerar alguma renda. Foi empregada doméstica por curtos períodos de tempo, tentou empreender com venda de alimentos e em seguida, começou a produzir bijuterias, artesanatos e crochês, revendeu cosméticos, mas os projetos se dispersaram pouco depois do início. Em 2023, no entanto, participou do “Senac Conectando Mulheres”, novo projeto de requalificação profissional, com foco no incentivo ao empreendedorismo feminino, o que mudou sua vida.

A iniciativa do Senac leva treinamentos para mulheres do interior do Rio Grande do Norte, uma das muitas ramificações do serviço de aprendizagem oferecido no Estado. E foi em uma das primeiras edições, no município de Senador Georgino Avelino, aproximadamente 57 km de Natal, que Clívia encontrou a oportunidade da sua vida que está ajudando a alçar vôos mais altos. “Eu sempre quis. Sempre tive dentro de mim que queria empreender, mas não tinha nenhum conhecimento. O curso foi uma virada de chave. Foi quando eu percebi que estava olhando para as pessoas erradas”, detalha. 

Em parceria com as prefeituras dos municípios, através das secretarias de Assistência Social, o programa é oferecido gratuitamente, atendendo pessoas de baixa renda. Com o curso “Empreendedorismo e Negócios de Oportunidades”, de 16 horas de duração, direcionado a capacitar sobre demandas, tendências e habilidades necessárias para o sucesso de microempresas lideradas por mulheres, as duas primeiras edições do programa devem se estender até novembro de 2023, abrangendo também o município de Boa Saúde.

A primeira turma, esta que contou com a participação de Clívia, foi finalizada nesta quarta-feira (27). Foram entregues 25 certificados a mulheres que buscam obter qualidade de vida, ao mesmo tempo que conciliam atividades domésticas, bem como outros empregos, pontua Dalliany Rocha, coordenadora do projeto e gestora do Senac. “Muitas delas trabalham e empreendem, e por isso precisam conciliar. Então, cada vez mais as mulheres estão buscando alternativas para poder mudar de vida, ter independência financeira para também se desenvolver. Acredito que esse histórico vai só evoluir, pois é um processo de evolução e está em construção”, disse. 

O projeto de conexão feminina foi aberto em consonância com uma demanda mundial que, por sua vez, não envolve apenas mulheres. O Global Entrepreneurship Monitor aponta que o número de novos negócios que nasceram como solução para a perda de renda durante a pandemia saltou de 37,5% para 50,4% – mesmo nível de 18 anos atrás. Isso significa que, com a perda de renda devido à falta de trabalho durante os anos pandêmicos, muitas pessoas decidiram abrir seus próprios negócios, entre elas, muitas mulheres.

Com a abertura de empresas ou microempresas vem também as dificuldades. Para Clívia, uma dessas dificuldades era a falta de incentivo. Por muito tempo, ela relata, viveu em uma realidade na qual sentia descrédito de pessoas próximas e diz que seus sonhos não recebiam incentivo de mais ninguém. “É muito difícil viver em uma realidade que ninguém acredita em você, onde falam para você deixar de ser sonhadora, que ninguém acredita em você e você mesma desacredita”, relata. No entanto, desistir não é uma alternativa e o Conectando Mulheres a fez enxergar novas possibilidades e colocar em prática projetos que estavam guardados. 

“Eu nunca acreditei que mesmo estudando conseguiria fazer algo, e aí chegou esse curso do Senac. A forma como ele foi abordado, o jeito que elas trabalharam, o olhar que elas trouxeram para o empreendedorismo fez com que eu visse a oportunidade de pegar os meus sonhos e tudo aquilo que eu estudei durante todo esse tempo e dizer que agora eu vou fazer acontecer”, complementa Fernandes. 

Hoje, Clívia Fernandes trabalha como designer estrategista e social media ajudando outros empreendedores a se posicionarem melhor nas redes sociais e aumentarem a venda de seus produtos. Sua meta é abrir uma agência futuramente. Disse que uniu sua experiência com vendas ao conhecimento que tem adquirido ao estudar design mesmo que tenha se privado de dar um passo à frente. “O meu maior desafio sempre fui eu. Eu fui o meu maior empecilho e agora eu não sou mais”, finaliza. 

Tribuna do Norte