Depois de visitar o Vale do Assu, a caravana do TRT em Movimento, projeto criado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região para promover a aproximação do TRT-RN com a sociedade, chega nesta semana à cidade de Currais Novos, na região do Seridó.
O presidente do TRT-RN, desembargador Eridson João Fernandes Medeiros, aproveita a realização da correição ordinária na Vara do Trabalho da cidade para manter uma série de contatos institucionais com autoridades do município.
Durante os dias de TRT em Movimento, a equipe do tribunal vai participar de visitas a autoridades e instituições, reuniões com trabalhadores e empresários, para tratar de temas de interesse econômico e social.
Agenda
O presidente do TRT-RN visita a prefeitura de Currais Novos e a Câmara de Vereadores.
No período da tarde, Eridson Medeiros se reunirá com advogados e dirigentes da OAB, na Vara do Trabalho de Currais Novos, às 15h, e com o juiz Hermann de Araújo Hackradt e os servidores da Vara.
Na quarta-feira, o presidente e corregedor do TRT-RN encerrará os trabalhos de correição com a leitura oficial da ata, em solenidade marcada para às 9h30.
A Vara do Trabalho de Currais Novos funciona na rua Zuza Othon, 1012 – Valfredo Galvão (após o IFRN) e tem jurisdição sobre os municípios de Acari, Bodó, Campo Redondo, Carnaúba dos Dantas, Cerro Corá, Coronel Ezequiel, Currais Novos, Florânia, Jaçanã, Japi, Lagoa Nova, Lajes Pintadas, Santa Cruz, São Bento do Trairí, São Vicente, Sítio Novo, Tangará e Tenente Laurentino Cruz.
A Igreja Presbiteriana de Currais Novos, a mais antiga da cidade, comemorou 122 anos de história no último fim de semana com uma programação especial que se estendeu.
O evento reuniu membros da congregação e visitantes para celebrar a importante data.
Currais Novos realiza nesta terça-feira (31) o pagamento referente ao salário de outubro do funcionalismo municipal. De acordo com a Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento (SEMFIN), o valor líquido da folha é de R$ 2.999.780,29, recursos importantes para a economia do município.
O município de Curitiba moveu uma ação de cobrança contra o senador Sergio Moro (União-PR) e a deputada Rosangela Moro (União-SP). Na ação, consta que o casal é proprietário de um imóvel cujo IPTU não foi pago. A dívida é de R$ 2.750,70.
O juiz Plínio Augusto Penteado de Carvalho decidiu que Sergio e Rosangela Moro têm cinco dias para efetuar o pagamento com juros, multa e outros encargos. O casal também pode optar pela nomeação de bens para penhora.
Se o pagamento não for feito, o casal está sujeito a penhora de “tantos bens quantos bastem para a satisfação do credor”.
Quase um terço dos projetos de lei que tiveram urgência aprovada pelo Congresso Nacional entre fevereiro e setembro de 2023 está parado e ainda não foi votado. Os textos “furaram” a fila no Senado e na Câmara, mas, em vez serem apreciados nos plenários, estão nas gavetas. Especialistas ouvidos pelo Estadão acreditam que a falta de consenso entre os parlamentares e o uso político das propostas são os motivos para o “esquecimento” de propostas consideradas urgentes.
O regime de urgência é usado para apressar a tramitação e a votação de projetos. A partir do momento que o requerimento para dar celeridade a uma matéria é aprovado, a proposta legislativa não precisa passar por prazos e formalidades regimentais. Na prática, porém, quem decide o que será colocado em pauta ou não nos plenários são os presidentes da Câmara e do Senado.
Doutora em Ciência Política pela Fundação Getulio Vargas (FGV), Graziella Testa afirma que uma das razões para o grande número de projetos estacionados no Congresso é centralidade da elaboração das pautas de votação na figura dos presidentes das Casas. Para ela, líderes partidários, que são figuras centrais na aprovação das urgências, deveriam ter maior participação no norteamento das deliberações diárias.
“Não vale a pena para o presidente pautar algum projeto que não tenha uma certa receptividade e que sabe que não vai ser aprovado. A escolha de não pautar esses temas que estão sob urgência é do presidente com diferentes graus de influência do colégio de líderes. Deveria haver instrumentos para que os líderes partidários tivessem uma influência mais efetiva no apontamento de itens para a pauta do plenário”, disse.
Na Câmara, 34 das 102 propostas consideradas urgentes entre fevereiro – mês em que teve início a nova legislatura no Congresso – e setembro aguardam para serem postas em discussão pelos parlamentares. No Senado, duas de 17 propostas ainda seguem em espera.
Dois textos estão na fila da Câmara há sete meses e não têm previsão para serem colocados em pauta. Um deles, de autoria do deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), propõe a implantação um botão de pedido de socorro em aparelhos celulares. Outro, protocolado pelo deputado Bruno Ganem (Podemos-SP), estabelece que pessoas presas e condenadas por crimes não violentos devem prestar serviços em abrigos de proteção a animais.
Segundo especialistas ouvidos pelo Estadão, algumas urgências são aprovadas pelos parlamentares em momentos onde assuntos estão sendo amplamente discutidos pela sociedade civil. Porém, por não serem votados, esses projetos acabam “esfriando” e perdem o potencial de serem discutidos. Um exemplo é um projeto de lei do deputado Rodrigo Gambale (Podemos-SP) que, diante da alta da violência dentro de escolas, propôs a criação de uma semana cultural para os estudantes. O texto teve o requerimento de urgência aprovado em agosto, mas ainda não foi colocado em discussão.
Falta de consenso e negociação por cargos
Uma dessas propostas paradas na Câmara é o PL das Fake News que, em 26 de abril, teve a urgência aprovada por 238 deputados. Porém, por conta da pressão de big techs, como Google, TikTok e Meta (controladora do Facebook), foi tirado da pauta de votação pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), quatro dias depois de ter a sua tramitação acelerada. Até então, a proposta que prevê regras para plataformas digitais segue sem previsão para ser votada.
No Senado, os dois projetos na gaveta são de autoria do senador Dr. Hiran Gonçalves (PP-RR) e da deputada Maria do Rosário (PT-RS). A proposta de Hiran busca reverter uma medida provisória assinada por Lula no primeiro dia de mandato, que extinguia a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Após a pressão sofrida pelo governo após a aprovação da urgência, o governo negociou com o senador e publicou três decretos que recriaram o órgão – a promessa é que seja entregue ao Centrão. Apesar do movimento do Executivo, a proposta do parlamentar não foi arquivada e ainda pode ser votada.
Segundo o cientista político Tiago Valenciano, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o engavetamento do projeto mostra a dinâmica no Congresso. Especialista no sistema legislativo, ele observa que textos como o de Hiran podem servir como uma moeda de troca em negociações como indicação de emendas parlamentares ou negociação de cargos.
“Os regimes de urgência são um artifício do legislativo para acelerar a complexa, porém necessária, burocracia do processo legislativo. Eles podem surgir para levantar pautas quentes e para forçar a barra em algumas negociações com o governo ou contra o governo”, disse.
Todos os projetos são de autoria do Legislativo
Todos os 34 projetos considerados urgentes que estão paralisados no Congresso são de autoria de parlamentares. As propostas elaborados pelo Poder Executivo, com requerimento de urgência aprovado, foram apreciados pelas Casas. O último foi o projeto de lei complementar 136/2023, que prevê a compensação a Estados por perda com ICMS de combustíveis. Ele teve a urgência aprovada em 4 de outubro e foi votado no mesmo dia.
Segundo Joyce Luz, pesquisadora do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB), núcleo ligado à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) que acompanha o funcionamento diário do Congresso, o Legislativo priorizou a votação de pautas de autoria do governo, como o arcabouço fiscal e a reforma tributária.
“A gente pode notar que o Legislativo teve uma pauta mais prioritária aos projetos do Executivo, deixando esses outros textos de lado. A gente está no início de um governo e, conforme o tempo vai passando, algumas outras pautas que não são do Executivo podem ser apreciadas”, afirmou.
Câmara e Senado dizem que projetos não estão parados
Em uma nota enviada ao Estadão, a Câmara dos Deputados afirmou que os 34 projetos de lei com urgência aprovada na Casa “não estão parados”, mas dependem de um acordo prévio dos líderes partidários para serem votados. “Antes de serem pautados, são debatidos entre as lideranças e os demais deputados para obtenção de consenso mínimo para votação”, disse. O Senado, por sua vez, informou que os dois textos que tiveram a tramitação acelerada estão prontos para serem deliberados, mas sem um prazo definido.
O Observatório Nacional, Unidade de Pesquisa pertencente à estrutura do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (ON / MCTI) divulgou no Diário Oficial da União os editais de dois Concursos Públicos a fim de contratar profissionais para provimento efetivo sob regime estatutário, bem como à formação de cadastro reserva.
O edital nº 01 disponibiliza 13 oportunidades para o cargo de Pesquisador com título de Doutor.
Ao ser contratado o profissional deve cumprir jornada de 40 horas por semana e fará jus à vencimento básico de R$ 6.710,29, acrescido de adicional por titulação nos valores de R$ 1.290,76 a R$ 5.412,57, mais gratificação de desempenho de até R$ 2.152,00.
Já o edital nº 02 conta com 9 vagas para Tecnologista, com vencimento básico variável de R$ 5.913,57 a R$ 6.710,29, mais adicional de titulação de R$ 1.131,38 a R$ 5.412,57, e gratificação de desempenho que varia de R$ 1.974,00 a R$ 2.152,00.
Vale ressaltar que no total de vagas, há aquelas reservadas para candidatos que se enquadrem nos itens especificados nos editais em nosso site.
A inscrição no presente Concurso deverá ser efetuada desde o dia 18 de dezembro de 2023 até as 23h59 do dia 8 de março de 2024, no site do Observatório Nacional. Nesta etapa é preciso efetuar o pagamento da taxa no valor de R$ 125,00 a R$ 150,00.
Poderá solicitar isenção da taxa de inscrição o candidato que pertença a família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadUnico), ou que for doador de medula óssea.
Como forma de classificar os inscritos será realizada Prova escrita e arguição oral, sobre um ou mais temas da área de atuação específica da vaga em concurso, de caráter eliminatório e classificatório; Defesa pública de memorial, de caráter eliminatório e classificatório e Análise e apreciação de títulos e currículo, de caráter exclusivamente classificatório.
O período previsto para realização das provas, para os diferentes perfis do Concurso, é do dia 29 de abril ao dia 24 de maio de 2024.
Estes Concursos Públicos tem validade de um ano, contado a partir da data de publicação da homologação do resultado final no D.O.U., podendo ser prorrogado, uma única vez, por igual período.
O crédito do lote residual de restituição do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) de outubro será feito nesta terça-feira (31), na conta bancária informada na Declaração de Imposto de Renda, de forma direta ou por indicação de chave PIX.
O pagamento é para 354.509 contribuintes, no valor total de R$ 643.259.756,29. A informação é da Receita Federal. Se, por algum motivo, o crédito não for feito, como no caso de conta informada desativada, os valores ficarão disponíveis para resgate por até 1 ano no Banco do Brasil.
Nesse caso, o cidadão pode reagendar o crédito dos valores pelo Portal BB ou ligando para a Central de Relacionamento BB por meio dos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos).
Para saber se a restituição está disponível, o contribuinte deve acessar a página do órgão na internet, clicar em Meu Imposto de Renda e, em seguida, em Consultar a Restituição.
Do valor total, R$ 427.280.878,46 referem-se ao quantitativo de contribuintes que têm prioridade, sendo 6.106 contribuintes idosos acima de 80 anos de idade; 54.438 contribuintes entre 60 e 79 anos; 6.491 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave; 16.874 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério e, por fim, 119.040 contribuintes que não têm prioridade legal, mas que receberam prioridade por terem utilizado a declaração pré-preenchida ou optado por receber a restituição via PIX. Foram contemplados ainda 151.560 contribuintes não prioritários.
Caso o contribuinte não retire o valor de sua restituição no prazo de 1 ano, deverá requerê-lo pelo Portal e-CAC, disponível no site da Receita Federal, acessando o menu Declarações e Demonstrativos Meu Imposto de Renda e clicando em “Solicitar restituição não resgatada na rede bancária”.
O cronograma de lotes regulares do IRPF 2023 já foi cumprido, com o pagamento do quinto e último lote realizado em setembro de 2023. Por outro lado, os lotes residuais de restituição são pagos após o término dos lotes regulares e destinam-se a restituições que foram processadas posteriormente, devido a retificações ou outras correções na declaração.
Era 28 de agosto de 2020 quando duas irmãs, uma tia e uma amiga deixaram Mossoró rumo à Natal para um passeio em família. O que era para ser um passeio tornou-se uma tragédia: o carro em que a família vinha se envolveu num acidente com outro veículo, na cidade de Santa Maria, resultando na morte das quatro jovens. O condutor ficou gravemente ferido e chegou a sobreviver. Esse foi apenas um dos 1.624 acidentes registrados na BR-304, uma das principais estradas federais que cortam o Rio Grande do Norte, e que há anos aguarda um projeto de duplicação. Foram 134 mortes em cinco anos. A BR-304 no RN tem média de um acidente por dia e uma morte a cada duas semanas.
As jovens eram da família da dona de casa Eva Cristina de Almeida Medeiros, de 45 anos. Ela mora na comunidade Maísa, pertencente a Mossoró. Ela lembra que as duas filhas e sua irmã, Evelyn Raiane Medeiros, Maria Izabel, e Izabel Medeiros, acompanhadas da amiga, Rayanne Silva, estavam empolgadas com o passeio e comenta que precisou se apegar à fé para superar a dor da perda.
“Tenho tido muita força de Deus. Agora em agosto completou-se três anos. Um período muito difícil sem elas aqui em casa. Éramos uma família muito unida. É difícil, mas como eu disse: Deus tem me sustentado”, explica. “É um pouco doloroso falar disso, mas não é difícil. Adoro lembrar das minhas filhas, das boas recordações delas”, disse.
Uma das filhas tinha 20 anos e havia sido contratada recentemente para trabalhar numa empresa agrícola na área administrativa. A outra filha, com apenas 15 anos, também tinha sonhos e já dava os primeiros passos no mercado de trabalho como jovem aprendiz.
“Faz muito tempo que a gente ouve falar dessa obra. Não foram só a vida das minhas filhas que foram destruídas, foram sonhos também. O que a gente pode pedir é alertar as autoridades sobre a duplicação dessa rodovia. Entra e sai político, fazem as promessas e não cumprem”, comenta.
A dor da perda de um parente se estende a outras famílias potiguares. É o caso do perito criminal Clelio Soares, 37 anos, que perdeu seu filho, Gabriel, de 6 anos durante uma viagem de Natal à Mossoró.
“Meu ativismo pela duplicação começou infelizmente após uma tragédia, depois de muita dor. Gabriel tinha 6 anos no acidente. O motorista fez uma ultrapassagem num trecho proibido, colidindo com meu carro de frente. Ele não resistiu aos ferimentos e faleceu horas depois no hospital de Angicos”, disse.
A dor do luto se transformou em luta, segundo Clelio. Atualmente, ele e sua esposa, Aniely Soares, 34, são dois dos principais ativistas que cobram a duplicação da BR-304. Juntos, eles administram o perfil do Instagram “Luto na BR-304”, com o intuito de conscientizar a sociedade e a classe política para priorizar o projeto para ampliação da rodovia.
“Iniciei essa campanha após perceber que muitas pessoas haviam perdido parentes em acidentes na BR-304. Criamos esse perfil, em que as pessoas já reconhecem, mandam informações e se juntam à luta. Eu entendo que essa obra ainda não ter saído do papel é falta de força política, isso de todos os lados, porque uma obra como essa ela vai trazer muitos benefícios, como segurança viária, desenvolvimento regional, turismo, escoamento de produção, economia. Minha preocupação são as vidas, porque quando alguém morre não dá para trazer de volta”, lembra.
“Estamos vendo que depois desse trabalho nas redes sociais, mostrando na mídia a importância da duplicação, as coisas começaram a andar. Há três anos sequer tínhamos perspectivas de que isso fosse acontecer. E de um ano para cá foi colocado a produção do projeto com rubrica própria do Dnit e agora está se buscando o dinheiro para pagar a obra”, complementa Clélio Soares.
Casos Uma rápida pesquisa na internet e é possível encontrar inúmeros casos de pessoas que sofreram acidentes, alguns deles fatais. Dados da PRF mostram que a BR-304 tem média de quase um acidente por dia e uma morte a cada duas semanas. O cálculo foi feito pela da Tribuna do Norte a partir de dados enviados à pedido do jornal pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), tabulados entre 2018 e 30 de setembro de 2023. Em cinco anos e meio, foram 1.624 acidentes e 134 mortes. Os dados mostram os perigos da via para acidentes, tornando ainda mais urgente e sensível a obra da duplicação da rodovia, aguardada há anos pelos potiguares.
Segundo os dados da PRF, entre 2018 e 2022, a média de acidentes é de 292,8 por ano. Já no tocante a óbitos, a média chega a 24,2 mortes por ano por acidentes causados na rodovia. Um desses casos recentes aconteceu em setembro deste ano. Um ônibus intermunicipal bateu de frente com uma carreta já na chegada para a BR-304, na Grande Natal, no trecho da Reta Tabajara. Neste local, foram 108 acidentes e 7 mortes entre 2018 e até setembro de 2023.
Duplicação não tem recursos garantidos no PAC
Na semana passada, o ministro dos Transportes, Renan Filho, esteve em Natal para o lançamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 3), e disse que disse que a obra da BR-304 será dividida em quatro lotes, em que dois destes estariam garantidos no PAC. Segundo o ministro Renan Filho, os dois lotes garantidos no PAC referem-se ao da saída de Natal até Lajes e outro da chegada à Mossoró. Os trechos do meio ainda não têm recursos garantidos.
No entanto, o ministério dos Transportes enviou nota à TRIBUNA DO NORTE onde afirma que apenas a elaboração de estudos sobre a obra têm recursos garantidos, já que o custo de cada lote e que as previsões orçamentárias só serão conhecidos após a elaboração do projeto.
“Em agosto deste ano, o Ministério dos Transportes, por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), contratou a execução do projeto para duplicação dos quase 300 quilômetros de rodovia, entre Macaíba, no entroncamento com a BR-226/RN, e a divisa com o Ceará. A elaboração dos estudos está prevista no Novo PAC. Após a finalização do documento, será possível estimar o custo de cada lote e, na sequência, fazer a devida previsão orçamentária”, diz nota do Ministério dos Transportes.
A informação repassada pelo Ministério diverge do que vem sendo anunciado sobre a duplicação. A duplicação fez parte do rol de ações anunciadas quando do lançamento nacional do PAC 3. O Governo do Estado também afirma que a obra estaria orçada em R$ 3 bilhões.
Construída na década de 1960, a BR-304 tem 391 quilômetros de extensão, de Natal/RN a Beberibe/CE. Dos 289 km em território potiguar, só o trecho entre Parnamirim e Macaíba está duplicado. Outro trecho, de Macaíba ao entroncamento com a BR-226, encontra-se em fase final de duplicação, totalizando 37 quilômetros. A BR-304 é o principal eixo rodoviário do Estado, responsável pela conexão com as principais rodovias estaduais e as demais federais, permitindo acesso às mesorregiões Agreste, Oeste e Central.
Para Alexandre Pereira, engenheiro civil e professor do IFRN, é urgente realizar a duplicação da BR-304, tendo em vista o alto número de acidentes. “A perda de vidas e as elevadas estatísticas de acidentes graves consiste no mais dramático efeito negativo de se protelar investimentos na adequação de capacidade e eliminação de pontos críticos nas rodovias. Com a adequação de capacidade e duplicação da rodovia os níveis de serviço e melhoria na condição de segurança viária certamente conduzirão à redução nos índices de acidentes na BR-304/RN desde que, evidentemente, o usuário da via duplicada respeite os limites de velocidade definidos no projeto de engenharia e conduza de forma responsável e com atenção para com a sinalização, notadamente nos trechos de travessia urbana, que são vários na rodovia, tais como as cidades de Santa Cruz, Riachuelo, Lajes e Assu, dentre outras”, diz.
A transparência e a comunicação pública dos atos administrativos devem ser pilares de toda administração pública, além de ser direito fundamental do cidadão. Para cumprir estes princípios, foi publicado nesta segunda-feira (30) o ato da mesa nº 2332/2023, que cria o Comitê de Monitoramento de Crise (CeMcrise) na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte para coordenar as ações de prevenção, monitoramento e gerenciamento de crise no Legislativo Estadual.
A atuação do gabinete é vinculada ao Conselho de Gestão e Governança e à Presidência da Casa, com atuação da Diretoria de Comunicação; Representação Institucional; Procuradoria; Assessoria de Planejamento; Diretoria geral e administrativa, além da Ouvidoria e setores como Recursos Humanos e Setor Financeiro.
A criação do Comitê de Monitoramento de Crise efetiva uma equipe integrada de setores que desde 2015 atua de maneira coordenada com resultados instituídos em relatórios e Planejamento Estratégico. “A regulamentação do Comitê de Monitoramento de Crise atende a uma necessidade de formalizar o trabalho incansável da equipe na prevenção e mitigação de crises na Assembleia, sejam elas no âmbito administrativo ou na mídia”, argumenta o presidente da Assembleia, Ezequiel Ferreira.
No artigo 5º da publicação destaca-se a competência do Comitê de Monitoramento de Crise, que vai desde o enfrentamento de situações que representem riscos à imagem da instituição ou de seus membros, à elaboração de um plano de gerenciamento de crises, até a indicação de soluções estratégicas para crises. Também será elaborado pelos membros do Comitê de Monitoramento de Crise um projeto de Manual de Gestão de Crise.
A chamada inflação do aluguel fechou outubro em 0,50%, acima do 0,37% registrado em setembro. O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) foi divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
No acumulado desde janeiro, a taxa apresenta deflação, ou seja, inflação negativa, de 4,46%. Já na soma de 12 meses, o recuo alcança 4,57%. Isso indica que, na média, a cesta de produtos analisada pela FGV nesses períodos está mais barata.
O economista da FGV André Braz, coordenador da pesquisa, explicou que preços de commodities (matérias-primas básicas) pressionaram para cima custos no atacado em outubro.
“A taxa do índice ao produtor continua em aceleração, influenciada pelo aumento nos preços de importantes commodities, como bovinos (de -10,11% para 6,97%), açúcar VHP [açúcar bruto] (de -2,70% para 12,88%) e carne bovina (-4,55% para 3,85%)”.
Para Braz, esse comportamento deve influenciar os preços às famílias na próxima medição.
“Essas mudanças, que afetam parcialmente os itens que impactam os preços dos produtos finais no varejo, em breve, contribuirão para atenuar a deflação observada no grupo alimentação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC). Esta classe de despesa tem atuado como um elemento de estabilização, impedindo que a inflação ao consumidor acelere em 2023″, detalhou.
Para chegar ao IGP-M, a FGV usa três componentes, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede os custos no atacado; IPC, que apura o comportamento dos preços para as famílias; e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).
O IPA registrou aumento de 0,60% em outubro, o IPC teve variação de 0,27%, e o INCC subiu 0,20%.
Analisando os custos para as famílias, as principais influências, em ordem de impacto, foram: educação, leitura e recreação (2,99%), saúde e cuidados pessoais (0,21%), alimentação (-0,39%), vestuário (0,15%) e despesas diversas (0,06%).
O acumulado de 12 meses do IGP-M é comumente utilizado para corrigir os contratos de aluguel anualmente. Porém, em alguns contratos consta a expressão “variação positiva” do índice, o que implica que, no caso como o atual, o aluguel não é reajustado para cima, mas também não é reduzido.