Vacina brasileira contra a covid-19 deve estar pronta em 9 meses

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, disse ontem (1°) que a vacina brasileira contra o novo coronavírus deve estar disponível para uso na população em nove meses. Chamado de RNA MCTI CIMATEC HDT, o imunizante contra a covid-19, começou a fase 1 de teste em pacientes em janeiro.

O imunizante, desenvolvido por pesquisadores brasileiros da Rede Vírus MCTI em parceria com a americana HDT Bio Corp, é financiado pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), e é produzido no SENAI CIMATEC de Salvador (BA).

Os testes de fase 1, autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) também estão sendo em Salvador.

“Nós investimos em 16 tecnologias de vacinas no Brasil. Dessas 16, cinco entraram na Anvisa para iniciar os teste clínicos. Uma dela passou, foi aprovada pela Anvisa e já começou os testes clínicos que deve durar nove meses”, disse o ministro que participou da Mobile World Congress 2022, principal feira do mundo do setor de telecomunicações, realizada em Barcelona.

A vacina utiliza a tecnologia de RNA mensageiro. Nesse tipo de vacina, o código genético do vírus vai para dentro do corpo, e, lá dentro, fornecem instruções para que as células e sistema imunológico construam uma resposta e gerem anticorpos.

A tecnologia RepRNA permite que o RNA seja capaz de se autorreplicar dentro das células, o que garante uma resposta imune robusta e duradoura com uma dose menor da vacina. De acordo com Pontes, o investimento aplicado pelo governo para a elaboração do imunizante será de R$ 350 milhões.

O teste de fase 1 prevê a participação de 90 adultos saudáveis, com idades entre 18 e 55 anos e visa avaliar a segurança, imunogenicidade (capacidade de gerar resposta imune), e a reatogenicidade (possível reação adversa no organismo) da vacina.

O cronograma de teste prevê a aplicação do imunizante em duas doses em diferentes intervalos. O primeiro grupo receberá duas doses com intervalo de 29 dias; o segundo grupo receberá duas doses com intervalo de 57 dias. Um terceiro grupo de voluntários receberá uma dose única da vacina. Além disso, também serão avaliados três níveis de dose de 1 μg (micrograma), 5 μg ou 25 μg.

Os testes com voluntários devem acontecer também nos EUA e na Índia.



OMS divulga nova recomendação de cepas para vacina de influenza

O vírus influenza, causador da gripe comum, conta com uma alta capacidade de mutação, superior à do novo coronavírus, responsável pela Covid-19. Com isso, existem inúmeras variações do vírus da gripe em circulação, o que leva à necessidade de atualização das vacinas a cada ano.

Com base na análise de dados globais sobre a vigilância de influenza, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou, nesta sexta-feira (25), a recomendação das cepas do vírus que devem compor os imunizantes para a próxima temporada de gripe no hemisfério Norte.

Para este ano, ficou definido pela OMS que as vacinas produzidas para 2022 e 2023 a partir de ovos de galinha, como as do Instituto Butantan, devem utilizar as seguintes cepas:

  • Influenza A/Victoria/2570/2019 (H1N1)pdm09
  • Influenza A/Darwin/9/2021 (H3N2)
  • Influenza B/Áustria/1359417/2021 (linhagem B/Victoria)

As vacinas quadrivalentes, que contam com quatro cepas do vírus, apresentam a mesma recomendação de composição, com o acréscimo da linhagem B/Yagamata (neste ano: Phuket/3073/2013).

Como são definidas as cepas da vacina

Para definir a composição das vacinas que serão aplicadas nas próximas temporadas de influenza, a OMS realiza reuniões com um grupo consultivo de especialistas duas vezes ao ano. Os encontros acontecem entre os meses de fevereiro e março para deliberar as recomendações voltadas para o hemisfério Norte e, em setembro, para o hemisfério Sul.

Durante as conferências, os pesquisadores analisam os dados de vigilância produzidos por Centros Nacionais de Influenza (NICs, na sigla em inglês), além de informações sobre a caracterização genética dos vírus. O grupo avalia, ainda, dados de resistência aos medicamentos antivirais, como o oseltamivir, e resultados da eficácia da vacina utilizada na temporada atual e nas anteriores.

Com base no conjunto de análises, a OMS emite, ao término dos encontros, a recomendação das cepas que devem compor o imunizante, com base na maior probabilidade de circulação das linhagens virais.

Surto de gripe no Brasil

Em dezembro de 2021, várias capitais apresentaram uma alta incidência de casos de gripe. O fenômeno incomum, visto que o vírus circula com maior intensidade nos meses de inverno, foi associado à baixa cobertura vacinal contra a gripe, à flexibilização das medidas de restrição adotadas como prevenção à Covid-19 e ao relaxamento da etiqueta respiratória, que inclui o uso de máscaras, a higienização das mãos e o distanciamento social.

Segundo o virologista Fernando Motta, do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), os surtos de gripe foram associados principalmente à linhagem “Darwin” do vírus Influenza A (H3N2), que não estava incluída na composição das atuais vacinas em uso no hemisfério Sul. O que explica, em parte, o aumento de casos no país na ocasião.

Nesta sexta-feira, o Instituto Butantan entregou o primeiro lote de vacinas contra a gripe com a versão atualizada a partir da inclusão da cepa Darwin do vírus influenza A (H3N2). Ao todo, foram entregues dois milhões de doses ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde.

Segundo o instituto, devem ser entregues 80 milhões de doses para a campanha de vacinação contra gripe até abril.



RN registra taxa de ocupação de leitos críticos para covid de 37% neste domingo

A taxa de ocupação de leitos críticos das unidades públicas de saúde no RN é de 37%, registrada no início da tarde deste domingo (27). Pacientes com Covid-19 internados em leitos clínicos e críticos somam 121.

Segundo a Sesap, a Região metropolitana apresenta 43,1% dos leitos críticos ocupados, a região Oeste tem 30,4% e a Região Seridó tem 20%.

Até o momento desta publicação são 99 leitos críticos (UTI) disponíveis e 64 ocupados, enquanto em relação aos leitos clínicos (enfermaria), são 156 disponíveis e 57 ocupados.

Outros 10 leitos de UTI estão ocupados por pacientes ‘não Covid-19’ e também 24 leitos clínicos também estão ocupados por pacientes ‘não Covid-19’, com outras síndromes gripais.



Fiocruz vê cenário promissor, mas alerta que pandemia não acabou

Diante da queda nos indicadores de monitoramento da pandemia a nível nacional, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) classificou hoje (24) o cenário atual como bastante promissor, mas destacou que as desigualdades do país criaram diferentes realidades até mesmo dentro de um mesmo município. A análise foi publicada no boletim do Observatório Covid-19, que frisa ser equivocado pensar em redução de leitos, testagem e uso de máscara no país como um todo.

“Embora o cenário geral seja bastante promissor, tanto pela tendência de queda dos principais indicadores como pelo avanço na cobertura vacinal, além da chegada de medicamentos para o tratamento da covid-19, é importante sublinhar que a pandemia ainda não acabou”, afirmam os pesquisadores da Fiocruz. “Não é possível pensar na mitigação da pandemia no Brasil como um todo utilizando indicadores globais do país sem um olhar atento para outras escalas. Enquanto houver descontrole dos indicadores em um único município a pandemia não terminará”.

A Fiocruz afirma que a pandemia acentuou desigualdades estruturais no país, e que a partir dela é possível observar, no mínimo, a existência de dois Brasis, um do Norte e outro do Sul. O boletim compara São Paulo e Rio Grande do Sul a Maranhão e Pará, e afirma que os estados do Sul e Sudeste estiveram sempre acima da média nacional de vacinação e já mostram ter passado do pico de infecções da variante Ômicron. Os estados do Norte e Nordeste, por outro lado, ainda podem estar atravessando o pico de casos e têm curvas de óbitos ainda em movimento de alta.

“É equivocado, portanto, pensar em estratégias homogêneas de recuo na provisão de leitos e insumos para unidades de média e alta complexidade, assim como reduzir a indução da testagem em massa e o desincentivo ao uso de máscaras no país como um todo”.

Carnaval

A recomendação dos pesquisadores é a manutenção de medidas de distanciamento físico, uso de máscaras e higienização das mãos mesmo em ambientes abertos onde possa ocorrer maior concentração e aglomeração de pessoas. Nesse contexto, o boletim cita o Carnaval. “Que festas ou bailes em casas, clubes ou outros ambientes só sejam realizadas com comprovante de vacinação”.

Para a Fiocruz, o enfrentamento do cenário atual da pandemia exige combinar políticas de combate às fake news com busca ativa dos não vacinados pela Atenção Primária à Saúde. Também são sugeridas estratégias de ampliação de horário das unidades de saúde e campanhas de vacinação nas escolas, atingindo crianças, pais e professores. Outro ponto que deve ser avaliado são políticas públicas que considerem a exigência de passaporte vacinal nos locais de trabalho, para trabalhadores de empresas privadas e públicas, além de motoristas de transporte de pessoas, como ônibus, táxis e aplicativos.

A média diária de novos casos de covid-19 no período de 6 a 19 de fevereiro foi de 120 mil casos, o que representa queda de 0,3% em relação às duas semanas anteriores. Os óbitos se mantiveram em um patamar considerado alto, com 860 mortes por dia em média, uma quantidade 0,2% maior que entre 23 de janeiro e 5 de fevereiro. 

“Apesar das dificuldades de acesso a dados de teste (muitos estados não apresentam dados recentes), percebe-se uma ligeira redução no índice de positividade dos testes, isto é, a proporção dos testes de diagnóstico por RT-PCR realizados que apresentam resultados positivos. Portanto, se espera para as próximas semanas uma redução também dos indicadores que mais preocupam a população e os serviços de saúde: a mortalidade e a internação em UTI [unidade de terapia intensiva] por covid-19”. 

Letalidade em queda

A Fiocruz destaca que, com o avanço da vacinação, a taxa de letalidade por covid-19 no Brasil alcançou valores baixos e compatíveis com os padrões internacionais, de cerca de 0,8%, após vários meses oscilando entre 2% e 3%. Esse percentual poderia cair ainda mais com a ampliação da vacinação em regiões de baixa cobertura vacinal e com a aplicação de doses de reforço em grupos populacionais mais vulneráveis. A letalidade mede o percentual de pessoas diagnosticadas com a doença que foram a óbito, o que é diferente de mortalidade, que é a relação entre o número de mortos e o total de habitantes de uma região.

“Ao mesmo tempo em que começam a cair os indicadores de transmissão nas capitais e regiões metropolitanas, a difusão do vírus em direção a regiões com baixa cobertura de vacinação e precária infraestrutura de serviços de saúde pode gerar quadros epidemiológicos perigosos, com um aumento de casos graves e mesmo óbitos nas próximas semanas”.

Na avaliação apresentada no boletim, a letalidade será um dos fatores que vão definir a mudança da covid-19 de pandemia para endemia, quando a doença será considerada parte do cotidiano. Eles argumentam que quando a ocorrência de formas graves que requerem internação seja suficientemente pequena para gerar poucos óbitos e não criar pressão sobre o sistema de saúde, será possível dizer que se trata de uma doença para a qual é possível assumir ações de médio e longo prazos sem precisar contar com estratégias de resposta rápida.

Apesar da queda na letalidade, ela ainda é maior na população idosa. A onda de casos causada pela variante Ômicron fez com que as internações e óbitos voltassem a se concentrar na população de idade mais avançada, o que a Fiocruz relaciona à proteção conferida à toda a população adulta pelas vacinas. Por outro lado, a baixa cobertura vacinal das crianças segue como uma preocupação.

“Trata-se de um grupo com intensa interação social com outros grupos, contribuindo de forma importante para a dinâmica da transmissão da doença. Além disso, elas se tornaram particularmente vulneráveis por estarem cercadas de pessoas já com esquema vacinal completo, ou em curso, tornando-se alvo do vírus, que não encontra nelas barreiras para a sua multiplicação”, explica o boletim, que acrescenta casos graves de covid-19 em crianças podem levar a um colapso na saúde com maior facilidade, “uma vez que há uma histórica baixa disponibilidade de leitos de UTI neonatal e principalmente de CTI pediátrico no país”.



Covid-19: 105,7 mil casos e 816 mortes são registradas em 24 horas

Nas últimas 24 horas, foram registrados 105.776 casos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Conforme levantamentos de secretarias estaduais e municipais de saúde, foram notificadas também 816 mortes em decorrência de complicações associadas à doença.

Com as novas estatísticas, o total de brasileiros que pegaram covid-19 ao longo da pandemia subiu para 28.351.327. Ontem, o painel de informações da pandemia mantido pelo Ministério da Saúde trazia 28.245.551 casos acumulados.

A quantidade de casos em acompanhamento de covid-19 está em 2.199.923. O termo é dado para designar casos notificados nos últimos 14 dias que não tiveram alta nem evoluíram para morte.

Ainda há 3.116 mortes em investigação. Isso acontece quando há o registro de óbito do paciente, mas ainda não se sabe se a causa foi covid-19 – o que demanda exames e procedimentos posteriores.

Até hoje, 25.505.984 pessoas se recuperaram da covid-19. O número corresponde a 90% dos infectados desde o início da pandemia.

Os dados estão no balanço diário do Ministério da Saúde, divulgado nesta terça-feira (22). Nele, são consolidadas as informações enviadas por secretarias municipais e estaduais de saúde sobre casos e mortes associados à covid-19.

Os números, em geral, são menores aos domingos, segundas-feiras e nos dias posteriores a feriados em razão da redução de equipes para a alimentação dos dados. Às terças-feiras e dois dias depois dos feriados, em geral, há mais registros diários pelo acúmulo de dados.

Estados
Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 registradas até o momento está São Paulo, com 163.493 óbitos. Em seguida, vem o Rio de Janeiro (71.347), Minas Gerais (59.139), Paraná (42.105) e Rio Grande do Sul (37.978).

Já os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (1.962), Amapá (2.098), Roraima (2.125), Tocantins (4.093) e Sergipe (6.230).

No caso do Rio Grande do Norte, o estado potiguar 8.020 mortes pela covid-19 e 472.107 casos acumulados da doença desde o início da pandemia. 

Vacinação
Até hoje, foram aplicados 380,8 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, sendo 171,2 milhões com a 1ª dose e 155,7 milhões com a 2ª dose ou dose única. Outros 48,5 milhões já receberam a dose de reforço.



Covid-19: três dores no corpo que podem estar relacionadas à Ômicron

De acordo com o médico Charu Dutt Arora, do Instituto Asiático de Ciências Médicas, na Índia, a tempestade de citocinas desencadeada pela Covid-19 pode resultar em múltiplas dores. Sendo que tal ocorre porque a substância está ligada à inflamação e à ativação dos receptores de dor, explica um artigo publicado pelo jornal Metrópoles. 

Para o clínico três locais do corpo em especial estão mais suscetíveis a experienciar estas dores. Nomeadamente, os incômodos mais comuns verificam-se na região lombar e na cabeça – respectivamente 20% e 65% dos pacientes infectados com a variante Ômicron no Reino Unido experienciam os sintomas, acordo com as informações do aplicativo de monitoramento da doença Zoe COVID Symptom Study App.

Adicionalmente, outra dor que aflige os infectados, mas menos frequentemente, é nos joelhos.

Arora refere que a dor muscular pode resultar da inflamação provocada pelas citocinas, e consequentemente pode sentir dor nos ligamentos.

Entretanto, o ortopedista Peter Whang, da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, confirma que de fato muitos pacientes com Covid-19 estão a reportar dores nos joelhos.

Recordamos que os sintomas mais comuns do novo coronavírus continuam a ser corrimento nasal, dor de garganta, fadiga e espirros. Caso a dor lombar, de cabeça ou nos joelhos surja em conjugação com um desses sinais, recomenda-se que faça o teste de detecção da Covid-19.



Pesquisa Covid-19: mais de 59% dos Municípios relatam resistência à vacinação infantil

Mais de 59% dos Municípios relatam enfrentar a resistência da população quanto à vacinação de crianças com idade entre 5 e 11 anos. A informação foi levantada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) com a aplicação da 35ª edição da pesquisa sobre a situação da Covid-19 nos Municípios. O levantamento ouviu 2.193, o que representa 39,4% dos Municípios, entre os dias 14 e 17 de fevereiro.

Ainda em relação à vacinação desse público, 2,3% dos gestores ouvidos afirmaram que houve reações adversas graves em crianças que tomaram a vacina contra o coronavírus. Já 94,4% não registraram reações graves e 3,3% prefeituras não responderam a essa questão. A vacinação para este grupo teve início em 98,9% das cidades ouvidas pela pesquisa. Em 19 Municípios a vacinação de crianças entre 5 e 11 anos ainda não teve início.

O levantamento também abordou a falta do imunizante para crianças de 5 a 11 anos de idade. Em 11,2% dos Municípios, faltou a vacina destinada para este público. Outros 87% não registraram a falta do imunizante.

Carnaval

Sobre as festas de carnaval, a pesquisa identificou que 46,1% das prefeituras cancelaram todas as festas públicas e privadas. Já 24,5% cancelaram a realização de festejos públicos, mas mantiveram as privadas. Por outro lado, 25,1% dos Municípios ainda não decidiram sobre a realização ou não das festas. Em apenas 3,3% o Carnaval ocorrerá normalmente, com a promoção de festas públicas e privadas.

Óbitos, internações e testes

A não ocorrência de mortes pela doença foi informada pela maioria dos Municípios que participaram da pesquisa: 61,8%. Em 16,3%, houve registro de aumento no número de óbitos, em 13,2% os números se mantiveram estáveis, e 5,7% registraram queda nas mortes. As internações em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por conta da Covid-19 não ocorreram em 56,9% dos Municípios, se mantiveram estáveis em 20,2% e em alta em 9,9%. As taxas de internação em UTI registraram queda em 9,4% dos Municípios. Quanto às internações em leitos normais, 39,4% dos Municípios não tiveram registro, 28,3% apontaram estabilidade, 16,7% aumento e 4% queda de registro de internações.

A falta de testes rápidos para a detecção da doença foi registrada por 14% dos Municípios. Já para 85,3%, a testagem da população continuou a ocorrer normalmente.

Veja o levantamento completo aqui



Ivermectina: Universidade começa a testar remédio em pacientes com Covid-19

O Instituto de Pesquisas Clínicas Duke (DCRI), ligado à Universidade Duke, em parceria com a Universidade Vanderbilt, ambas nos EUA, incluíram doses mais altas de ivermectina em um estudo em andamento que visa avaliar o uso de remédios já existentes contra casos leves e moderados de Covid-19.

Além da ivermectina, um antiparasitário, estão sendo testados também a fluticasona — um medicamento normalmente utilizado para prevenir e tratar a asma —, e a fluvoxamina — um inibidor seletivo de recaptação de serotonina, usado para tratamento de depressão.

Na nova fase do estudo, os pesquisadores querem testar os efeitos da dose de 600 mcg/kg diariamente por seis dias contra o coronavírus. A ivermectina, usada para tratar infecções parasitárias, não é aprovada pelo FDA para tratar Covid-19 e só deve ser tomada como parte de um ensaio clínico, como o ACTIV-6.

Os cientistas já fecharam as inscrições para a análise de uma dose menor do medicamento, com um programa de 400 mcg/kg diariamente por três dias.

O ACTIV-6 quer inscrever até 15 mil pessoas de todo o Estados Unidos. Para participar é preciso ter mais de 30 anos, ter testado positivo para Covid-19 nos últimos 10 dias e ter pelo menos dois sintomas da doença por não mais de sete dias. Os sintomas incluem fadiga, dificuldade em respirar, febre, tosse, náusea, vômito, diarreia, dores no corpo, calafrios, dor de cabeça, dor de garganta, sintomas nasais e/ou nova perda do paladar ou do olfato.

Segundo Susanna Naggie, pesquisadora principal do DCRI e supervisora do estudo clínico em andamento, mostraram potencial para tratar a Covid-19 em ambulatórios, mas “precisam ser avaliados em um ensaio clínico maior, mais rigoroso e randomizado para determinar eficácia e segurança”. De acordo com Naggie, mais remédios serão adicionados ao estudo com o passar do tempo.



Ocupação de leitos Covid volta a cair no RN e chega a 58,5% nesta quinta-feira

O Rio Grande do Norte registra, nesta semana, um declínio na taxa de ocupação de leitos para tratamento da covid-19. Nesta quinta-feira (17), em consulta realizada às 11h, a plataforma Regula RN apontava 58,5% dos leitos críticos ocupados em todo o estado potiguar. Na primeira semana de fevereiro, essa ocupação chegou a alcançar um percentual superior a 90%. 

Especificando por regiões, nesta quinta-feira, a ocupação é maior a Metropolitana, com 59,6% de ocupação. Na região Oeste, a ocupação chega a 58,5%, enquanto que np Seridó a situação é de 40% de leitos críticos ocupados.

Esse cenário representa um total de 250 pessoas internadas no serviço público de saúde do RN. Desse total, 210 tratam a covid-19, sendo 99 em leitos críticos e 111 em leitos clínicos. Enquanto isso, 40 estão internados tratando outras patologias, sendo 13 em leitos críticos e 27 em leitos clínicos. 

A fila de espera também diminuiu na última semana. Neste momento, há apenas três pacientes aguardando por um leito crítico e dois na fila por um leito clínico. Na primeira semana do mês, essa espera chegou a, respectivamente, 25 e 17 pacientes. Ao todo, o estado potiguar tem, nesta quinta-feira, 110 leitos disponíveis, sendo 60 de UTI e 110 de enfermaria.