Caicó vive um momento histórico em relação ao abastecimento. Após quase três décadas recebendo água em sistema de rodízio, nos últimos dois meses, a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) está realizando o fornecimento de água de forma continuada para todas as áreas da cidade.
Luiza Costa, Dona Bela, 85 anos, moradora da Praça Dr. José Augusto, conhecida como Praça da Alimentação, no Centro de Caicó, já estava acostumada com o rodízio de água. As dificuldades com água fizeram parte da rotina de Dona Bela e sua família nos últimos 30 anos. “Sabemos que viver em uma região seca é se acostumar com as dificuldades. Eu não consigo olhar para o Itans e ver ele com pouca água. Infelizmente, a falta de chuvas nos trouxe essa tristeza”, relata. A nova realidade com as chuvas deste ano, os investimentos no sistema via adutora Manoel Torres e o envio de água do sistema Coremas mudaram a realidade em Caicó. O Centro da cidade, aonde dona Bela vive, chega água todo dia. “Ter água todo dia é uma riqueza. Para nós caicoenses, é a maior riqueza que existe”, explica.
A gerente da Regional Seridó da Caern, Rosi Gurgel, explica que o fim do rodízio de abastecimento é uma vitória para toda Caicó. Mesmo com a melhoria hídrica a população deve se manter alerta para o uso racional da água.
Esta melhoria no abastecimento é resultante de um bom inverno que propiciou uma boa recarga do Açude Coremas, responsável pela perenização do rio Piranhas. E, também, dos investimentos realizados nos últimos anos no Sistema de Abastecimento de Água no município. Foram investidos mais de R$ 60 milhões na execução de novas adutoras, Estações Elevatórias de Água (EEA), reservatórios e uma nova e moderna Estação de Tratamento de Água (ETA), além de substancial expansão e modernização da rede de abastecimento, cuja obra foi finalizada ainda em 2019.
SISTEMA
O abastecimento de água é realizado através do Sistema Produtor Integrado Manoel Torres com vazão de 700 m³/h abastecendo todas as zonas da cidade simultaneamente. Alguns pontos mais altos da cidade podem, ocasionalmente, experimentar alguma intermitência na vazão nos horários de maior consumo.
A melhora na captação foi possível após acordo do novo termo de alocação de águas do açude Coremas, que garantiu segurança hídrica na captação da Caern no rio Piranhas. Além da realização de manutenção preventiva nos equipamentos da Adutora Manoel Torres realizado em agosto.
ITANS
O sistema Itans também foi totalmente ampliado e modernizado, com capacidade de produção de até 1000 m³/h, no entanto, o manancial não teve grande recarga esse ano e o termo de alocação de água deste manancial autoriza apenas o uso ocasional e emergencial desse sistema.
Em reunião no Rio de Janeiro na tarde desta segunda-feira (9), a governadora Fátima Bezerra finalizou as tratativas em torno do acordo de cooperação com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para instalação do Observatório da Gestão Estadual do SUS. A reunião com a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, serviu ainda para tratar da produção de vacinas contra o coronavírus, que está sendo desenvolvida pela instituição brasileira em parceria com a Universidade de Oxford (EUA).
A proposta será desenvolvida por meio de uma ação de cooperação envolvendo a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e o Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz – CEE, em parceria com as instituições de ensino e pesquisa locais, em particular o Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Em resposta ao convite feito pela governadora, a diretora da Fiocruz assegurou que virá em breve ao Rio Grande do Norte assinar o acordo de cooperação, e sinalizou a possibilidade de parcerias futuras. Trindade parabenizou a governadora, pela gestão frente à pandemia, e informou sobre a produção da vacina. A meta é iniciar o processo de imunização a partir de março de 2021.
Em mais um evento que vai ficar para a história política de Carnaúba dos Dantas, o prefeito Gilson Dantas (MDB) e seu vice Luís Eduardo (MDB) receberam o apoio das mulheres, muitas delas lideranças em seus segmentos de atividade. Foi na Passeata das Mulheres, que aconteceu no final da tarde deste domingo (8).
No evento, que concentrou próximo ao Paradise Clube, centenas de mulheres carnaubenses saíram às ruas para mostrar seu apoio aos candidatos da coligação “O trabalho não pode parar”. A força feminina foi representada no palanque pela ativista social e presidente da Associação Rural Gildemara Dias e pela advogada Janiarya Azevedo. Os homens não ficaram de fora do evento e tiveram grande participação. Ao relatar sobre seu apoio e a participação da mulher no trabalho de Gilson e Luis, Gildemara Dias afirma: “Eu acredito, porque devemos sim ser protagonistas da nossa própria história”.
Para a advogada Janiarya Azevedo, votar num homem não significa trair o gênero, mas fidelidade às causas em que as mulheres acreditam. No seu plano de governo, entre as metas direcionadas especificamente às mulheres, Gilson Dantas e Luís Eduardo propõem implantar a coordenação dos Direitos humanos a fim garantir, valorizar e difundir os direitos humanos e sociais.
Finalizada com um comício, a “Carreata da Vitória”, do prefeito Luciano Santos (MDB) e seu vice Iranildo (PSDB) contou com a participação do deputado estadual Ezequiel Ferreira (PSDB), que externou seu apoio aos correligionários. O evento que movimentou a cidade foi na noite deste domingo (8).
A carreata saiu do bairro Clavinote, percorrendo as principais ruas da cidade, para reunir uma multidão atenta aos pronunciamentos. O prefeito Luciano Santos citou a reforma da Escola João XXIII, que estava destruída, como exemplo para outras reformas e melhorias que pretende realizar no segundo mandato.
O vice Iranildo afirmou que nos últimos quatro anos foi realizado um trabalho de responsabilidade. “Na área da saúde fizemos a reforma e construção de postos de saúde; na agricultura colocamos o trator à disposição do homem do campo, equipamento fruto da emenda do deputado Ezequiel. Hoje podemos entrar de cabeça erguida em cada casa, em cada borracharia, em cada ponto de comércio, porque fizemos a política do bem comum”, disse.
O Boletim Epidemiológico, produzido pela Sala de Situação do setor de Vigilância Epidemiológica de Currais Novos, em parceria com a Residência Multiprofissional em Atenção Básica da UFRN e com o professor David Medeiros, confirma na manhã desta segunda-feira (09), mais três (03) novos casos de Covid19, no município de Currais Novos.
Eis os novos casos:
O 917º caso, trata-se de paciente do sexo masculino, faixa etária entre 31 e 40 anos, diagnosticada via teste rápido;
O 918º caso, trata-se de paciente do sexo feminino, faixa etária entre 31 e 40 anos, diagnosticada via teste rápido;
E o 919º caso, trata-se de paciente do sexo masculino, faixa etária entre 21 e 30 anos, diagnosticado via RT-PCR.
Os casos suspeitos e confirmados estão sendo monitorados pela Vigilância em Saúde e se encontram em isolamento domiciliar.
Nos 244 anos de história dos Estados Unidos, nunca houve um presidente que se recusasse a deixar a Casa Branca depois de perder uma eleição. A transferência de poder ordenada, legal e pacífica é uma das marcas da democracia americana. Por isso, o anúncio do presidente Donald Trump de se recusar a aceitar sua derrota contra Joe Biden, gera uma situação tão nova quanto desconcertante na vida do país. E apresenta a analistas o desafio de considerar cenários anteriormente impensáveis.
Trump estava jogando golfe fora de Washington quando a vitória eleitoral de Biden foi confirmada em 7 de novembro. Pouco depois, a campanha do candidato derrotado divulgou um comunicado garantindo que a “eleição está longe do fim”. “Todos nós sabemos por que Joe Biden está se apressando em se apresentar falsamente como o vencedor e por que seus aliados da mídia estão fazendo o possível para tentar ajudá-lo: eles não querem que a verdade seja conhecida”, disse o comunicado, indicando que Trump continuaria se opondo ao resultado anunciado por meio de ações judiciais, alegando a existência de suposta fraude.
A Constituição dos Estados Unidos é clara, sem sombra de dúvida, ao estabelecer que o atual mandato presidencial termina “ao meio-dia de 20 de janeiro”. Joe Biden conseguiu vencer em vários Estados que lhe garantiram mais de 270 votos no Colégio Eleitoral. Portanto, ele tem o direito de ocupar a presidência pelos próximos quatro anos.
Donald Trump tem recursos legais e legítimos que ainda pode usar para contestar o resultado da votação.
Mas a menos que haja uma reviravolta dramática nos tribunais daqui em diante e ele possa provar na Justiça a existência de irregularidades na eleição que alega, embora não apresente provas, 20 de janeiro é a data em que o novo presidente é empossado — e em que Trump deve renunciar.
Posição anunciada
Trump foi claro ao longo da campanha atual ao advertir que não aceitaria a derrota.
Ele disse repetidamente que estava determinado a permanecer no comando, independentemente do que dissessem as autoridades eleitorais, indicando que a única hipótese de perder seria se as eleições fossem roubadas.
Portanto, o país começou a discutir o que aconteceria se Trump cumprisse sua ameaça e tentasse se agarrar ao poder pela força.
Uma hipótese até comentada pelo próprio Joe Biden quando era candidato.
Em uma entrevista televisionada em 11 de junho, o comediante Trevor Noah perguntou a Biden se ele havia pensado na possibilidade de um Trump perdedor se recusar a desocupar a residência presidencial.
“Sim, já pensei sobre isso”, respondeu Biden, acrescentando que estava convencido de que, em tal situação, os militares estariam encarregados de impedi-lo de permanecer no cargo e simplesmente o expulsariam da Casa Branca.
Também foi dito que o Serviço Secreto poderia cumprir a tarefa de escoltar Trump para fora da residência presidencial.
Esse órgão civil, encarregado da segurança do presidente, também tem a obrigação legal de proteger todos os ex-presidentes e continuará a acompanhá-lo a partir de 20 de janeiro.
Como a vantagem eleitoral de Biden se tornou evidente e o anúncio de sua vitória parecia iminente, o Serviço Secreto aumentou as medidas de proteção ao presidente eleito, efetivamente começando a dar-lhe um nível de segurança “presidencial”, apesar de Trump não reconhecer a derrota.
Cenário impensável?
Mas, nesse ponto, seria necessário avaliar a lealdade a esse presidente das forças de segurança, assim como fazem os analistas que buscam entender a situação de qualquer país em um momento de instabilidade institucional.
A BBC News Mundo, o serviço de notícias em espanhol da BBC, perguntou a especialistas se era viável para Trump tentar usar as forças de segurança do Estado para permanecer ilegalmente no poder.
“Para um presidente abusar dos poderes da presidência para permanecer no cargo depois de aparentemente perder a eleição, seria difícil e destruiria as normas vitais. Mas não é inconcebível”, diz o professor Dakota Rudesill, especialista em política e legislação de segurança nacional da Ohio State University, nos Estados Unidos.
“Isso prejudicaria muito o país, os princípios importantes das relações civis-militares e as perspectivas globais da democracia”, alerta.
No entanto, ele esclarece que, em sua opinião, o cenário em que Trump poderia se agarrar à presidência com o apoio das forças de segurança é difícil de imaginar.
“Os militares juram fidelidade à Constituição, não ao político atualmente no cargo. E quem é o militar de mais alto escalão no país no momento, o general Mark Milley, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, disse repetidamente que os militares não terão nenhum papel nesta eleição.”
Rudesill não está sozinho ao fazer esses questionamentos. Keisha Blaine é professora da Universidade de Pittsburgh e especialista em movimentos de protesto social.
“O simples fato de termos que nos perguntar se as Forças Armadas vão intervir nas eleições revela muito sobre o triste estado de coisas em nosso país”, lamenta ela à BBC News Mundo.
Blaine acrescenta que “há quatro anos, a maioria dos americanos não estava se perguntando isso. Mas ter visto Trump enviar agentes federais (durante os recentes distúrbios) a Portland e Washington nos últimos meses, é uma preocupação séria. Não acho este é um cenário provável, mas não podemos descartá-lo como uma possibilidade séria, considerando tudo o que aconteceu este ano.”
De fato, durante os protestos sociais que surgiram com o movimento antirracismo em meados do ano, Trump considerou mobilizar os militares para dispersar as manifestações.
Em 5 de junho, o jornal americano New York Times afirmou que o General Milley “convenceu Trump a não invocar o Insurrection Act de 1807 para mobilizar tropas regulares em todo o país para suprimir os protestos, uma linha que vários oficiais do Exército dos EUA disseram que não vão cruzar, nem mesmo se o presidente ordenar que o façam.”
No final, diante da recusa do Exército regular em se envolver, Trump enviou efetivos da Guarda Nacional, que dependem dos governadores de cada Estado, para conter os protestos.
O confinamento imposto pela pandemia mudou os hábitos de consumo dos brasileiros que se viram do dia para noite trancados em casa tendo de cozinhar, trabalhar, estudar, tudo no mesmo lugar. E o comportamento de compras desse “novo normal” se refletiu nos movimentos de preços, também turbinados pela disparada do dólar.
Os dez subgrupos de produtos e serviços que registraram as maiores altas de preços nos últimos seis meses foram os mais demandados pelo consumidor. Juntos subiram em média 5,80% no varejo, resultado equivalente a quatro vezes a inflação geral do período, medida pelo IPCA-15 (Índice de Preço ao Consumidor Amplo-15) do IBGE, que foi de 1,35%.
Isso é o que revela um levantamento feito, a pedido do Estadão, pelo economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, Fabio Bentes. A intenção do estudo, que cruzou informações de vendas do varejo do IBGE com as variações de preços medidas pelo IPCA-15, foi avaliar onde estão as maiores e as menores pressões inflacionárias na pandemia.
“A mudança repentina de hábito dos consumidores provocou um choque de preços relativos no IPCA-15 (a prévia da inflação oficial)”, diz Bentes. Isso significa que houve produtos que registraram aumento abrupto de demanda e as empresas não tiveram tempo para ajustar a oferta. O resultado foi a alta de preços. O outro lado da moeda é que, com a mobilidade reduzida, o consumo de produtos e serviços relacionados caiu e os preços também. O recuo dos dez subgrupos com as maiores quedas foi de 3,42%.
A produção industrial brasileira cresceu 2,6% na passagem de agosto para setembro. É a quinta alta consecutiva do indicador, que teve taxas de crescimento de 8,7% em maio, 9,6% em junho, 8,6% em julho e 3,6% em agosto, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados hoje (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com esses resultados, o setor conseguiu eliminar a perda de 27,1% acumulada nos meses de março e abril, ou seja, no início da pandemia da covid-19. A atividade industrial se situa 0,2% acima da registrada em fevereiro deste ano. A produção industrial também registrou alta de 3,4% na comparação com setembro do ano passado e 4,8% na média móvel trimestral. Por outro lado, acumula quedas de 7,2% no ano e de 5,5% em 12 meses.
Na passagem de agosto para setembro, as quatro grandes categorias econômicas apresentaram alta, com destaque para os bens de consumo duráveis (10,7%). As demais categorias registraram as seguintes taxas de crescimento: bens de consumo semi e não duráveis (3,7%), os bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (7%), e os bens intermediários, isto é, os insumos industrializados usados no setor produtivo (1,3%).
Das 26 atividades industriais pesquisadas, 22 tiveram alta, com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias, que avançou 14,1%. O setor vem de cinco meses de alta, quando acumulou 1.042,6% de crescimento, impulsionado pela continuidade do retorno à produção após a paralisação decorrente da pandemia. Apesar disso, ainda se encontra 12,8% abaixo do patamar de fevereiro.
Outras atividades com altas relevantes foram máquinas e equipamentos (12,6%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (16,5%), couro, artigos para viagem e calçados (17,1%) e produtos alimentícios (1,2%). A queda na produção ocorreu em quatro atividades, com destaque para as indústrias extrativas (3,7%), setor que havia apresentado três meses de resultados positivos consecutivos e que acumularam expansão de 18,2%.
O Governo do Estado autorizou nesta terça-feira (10) a construção de dois postos de guarda-vidas para o Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte (CBMRN) nas praias do Meio, em Natal e Búzios, em Nísia Floresta. A ordem de serviço foi assinada pela governadora Fátima Bezerra em ato na sede da corporação, em Natal. O investimento é no valor de R$ 340 mil, com recursos próprios, para os dois postos. O prazo para conclusão das obras é de 60 dias.
Fátima Bezerra também destacou que os novos postos vão melhorar a qualidade da prestação do serviço à população potiguar e proporcionar ambiente salubre e de qualidade aos guarda-vidas.
O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Luiz Monteiro, lembrou a atuação da governadora Fátima Bezerra como deputada estadual quando defendeu o processo de emancipação da corporação, então vinculada à Polícia Militar. “Conquistamos a autonomia da corporação com o apoio da senhora como deputada. Hoje estamos aqui em um momento simbólico e necessário. Vamos construir dois novos postos de guarda vidas a cada ano até chegar a todas as praias atendidas. São instalações importantes para o serviço de salvamento”, afirmou.
O projeto arquitetônico é de autoria do sargento bombeiro Cardoso, que é arquiteto. A construção terá dois andares, com o térreo reservado para atendimento pré-hospitalar, sala de comunicação e área para descanso dos profissionais. A parte superior será um posto de visualização para a praia.
Os postos vão atuar também de forma preventiva, prestando informações à população sobre as correntes marítimas e como se portar dentro do mar. No ato de assinatura a governadora esteve acompanhada do vice-governador Antenor Roberto e do secretário de Estado da Infraestrutura, Gustavo Coelho.
Deputados derrubaram, em sessão do Congresso Nacional, o veto do presidente Jair Bolsonaro à prorrogação, até o final de 2021, da desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia, que empregam mais de 6 milhões de pessoas. A medida ainda tem que ser votada pelos senadores.
A prorrogação da desoneração foi aprovada em junho pelo Senado e encaminhada para a sanção presidencial. A iniciativa foi incluída na Medida Provisória (MP) 936/20, que autorizou a redução da jornada de trabalho e dos salários em razão da pandemia do novo coronavírus, causador da covid-19.
No total, foram 430 votos contra o veto e 33 a favor da manutenção dele.
A derrubada do veto sobre a desoneração da folha de pagamentos foi possível após um acordo de lideranças partidárias que garantiu a realização da sessão.
Pelo acordo, também foi adiada a apreciação dos vetos relativos a trechos do novo marco do saneamento básico e do pacote anticrime, que ficaram para a próxima sessão do Congresso, marcada para o dia 18. No momento, os deputados analisam outros vetos.
Como o Congresso está funcionando de forma remota, a sessão foi dividida em etapas. Após o encerramento da sessão com os deputados, haverá outra com os senadores, marcada para as 16h. Para as 19h, está prevista nova sessão com os deputados. A terceira sessão servirá para que a Câmara delibere sobre vetos a projetos iniciados no Senado.
Além dos vetos, os congressistas devem votar ainda cerca de 30 projetos de lei do Congresso Nacional (PLNs) que destinam crédito suplementar ou especial a órgãos e entidades públicas.
Logo no início da sessão, deputados de partidos da oposição disseram que só aceitariam o acordo se o governo se comprometesse com a derrubada de um dos projetos, o PLNs 30/20, que retira mais de R$ 1,5 bilhão de recursos de universidades e institutos federais de educação. “Não podemos concordar em avançar nessa sessão enquanto esse PLN estiver na pauta. Não há hipótese de a gente votar aqui enquanto não se resolver isso”, disse o líder da minoria no Congresso, deputado Carlos Zarattini (PT-SP).
Diante do impasse, o presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse que tinha conversado com o governo e que este se comprometeu com a recomposição dos recursos. De acordo com Alcolumbre, a medida passa pela retirada de outro PLN, de número 29.