A Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap) divulgou que o número de casos de coronavírus no estado subiu para 400. O boletim foi atualizado pela Sesap nesta quinta-feira (16). Segundo a pasta, 2.232 ainda são suspeitos e 2.207 foram descartados.
Na quarta-feira (15), a Sesap havia informado que 399 pessoas tinham testado positivo para a Covid-19, no RN. Com isto, o acréscimo foi de apenas uma pessoa.
O acréscimo no número de casos, foi equivalente ao número de óbitos. A Secretaria de Saúde de Canguaretama confirmou, na noite desta quarta-feira (15) a primeira morte por Covid-19 no município. A vítima tinha histórico de diabetes e hipertensão. Com isso, o total de óbitos por causa da infecção no Rio Grande do Norte sobe para 20.
O Rio Grande do Norte registrou chuvas acima de 80mm entre terça-feira (14) e quarta-feira (15), segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn). As regiões Oeste e Central foram as que registraram os maiores volumes e concentração das precipitações.
A previsão é de período chuvoso persista até a próxima sexta-feira (17). Após os primeiros dias de abril com poucas chuvas e isoladas, o Rio Grande do Norte registrou precipitações em 26 postos de monitoramento da Emparn, distribuídos em todas as regiões do estado, de terça-feira (14) às 7h até a manhã desta quarta-feira (15) no mesmo horário.
“O aquecimento das águas do Oceano Atlântico, que estão 1,5° acima do normal, tem liberado mais umidade no ar e provocando as chuvas que acontecem desde a madrugada. Na parte da tarde poderão ocorrer mais chuvas pelo interior”, avalia o chefe da Unidade Instrumental de Meteorologia da Emparn, Gilmar Bristot.
Ainda segundo o meteorologista da Emparn, a previsão para quinta-feira (16) e sexta-feira (17) é de céu nublado com pancadas de chuva em todas as regiões, podendo ser mais concentrada na região da grande Natal, com possibilidades de chuvas moderadas a fortes com trovoadas e descargas elétricas.
O Governo do Rio Grande do Norte desistiu de instalar um hospital de campanha na Arena das Dunas. Em nota, disse que o “RN+Unido” – programa que visa o enfrentamento e combate à Covid-19 no âmbito do Estado – fechou uma parceria para leitos e gestão com a Liga Norte-riograndense contra o Câncer, fato ocorrido na manhã desta quinta-feira (16) após videoconferência com a presença da governadora Fátima Bezerra, dos órgãos de controle e de representantes da instituição médica de filantropia.
“A cooperação institucional entre os entes faz parte do plano de ação do Governo do Estado, que age em diversas frentes no intuito de consolidar, com a máxima transparência e o cuidado com os recursos públicos, o aparato necessário para combater a pandemia e salvar vidas. Neste sentido, é importante ressaltar que são muitas as rotas de atuação para ampliação da estrutura disponível. No caso da Arena das Dunas importa dar transparência às razões pelas quais restou infrutífera a chamada pública que ergueria um hospital de campanha na Arena das Dunas”, destacou.
Ainda de acordo com a nota do governo, “o caminho alternativo em torno da Liga Contra o Câncer, instituição reconhecida pela missão que desempenha com primor na área da saúde, apresentou um caminho que coaduna com as ações a se entrelaçarem no âmbito do Governo do Estado”.
A contratação com a instituição de filantropia se dará, em todos os seus serviços, pelo período de 6 meses e um valor total de até R$ 40 milhões. “Isso não quer dizer que o Estado importará a totalidade dos valores, uma vez que somente pagará pelo serviço prestado. Serão disponibilizados 60 leitos, sendo 40 de UTI”, destacou.
O deputado estadual Vivaldo Costa (PSD) apresentou projeto de lei para tornar obrigatória a fixação de dispensadores de álcool em gel nos transportes intermunicipais do Estado, bem como o uso de máscaras pelos usuários destas conduções, em razão da pandemia da COVID-19.
No primeiro projeto, o deputado Vivaldo Costa sugere a instalação de dois pontos com álcool em gel nos veículos que realizam transporte intermunicipal no Rio Grande do Norte. Indica ainda que os dispositivos devam ser instalados próximos às portas de entrada e saída dos veículos.
Já o segundo projeto pede a utilização de máscaras pelos usuários dos veículos que realizam transporte intermunicipal. As máscaras utilizadas poderão ser descartáveis ou de tecido, conforme orientação do Ministério da Saúde. O objetivo das proposições é combater a disseminação da pandemia do novo Coronavírus (COVID-19) no Rio Grande do Norte.
A Agência de Desenvolvimento Sustentável do Seridó – ADESE, com o apoio do Sebrae do Rio Grande do Norte, está lançando nesta quarta-feira (15) o site https://queijosdoserido.com.br/ para divulgar as atividades dos produtores de queijos regionais do Seridó. Existem atualmente pouco mais de 300 produtores de queijo de coalho e de manteiga distribuídos pelos 25 municípios do Seridó norte-rio-grandense. Muitos deles produzem outros derivados do leite, como a manteiga do sertão, muito apreciada e utilizada na culinária regional por consumidores do Nordeste brasileiro.
A iniciativa é uma alternativa visando minimizar os efeitos da pandemia provocada pelo novo coronavírus (Covid-19) na cadeia produtiva do leite, que está praticamente estagnada por falta de locais para a comercialização desses produtos, devido ao fechamento do comércio local e isolamento social das famílias. Segundo o presidente da Cooperativa Mista dos Agricultores Familiares do Seridó – COAFS, Joseilson Medeiros, a crise do coronavírus tem afetado diretamente a comercialização de queijos e, consequentemente, a produção de leite na região do Seridó, que sofreu uma queda vertiginosa.
Catálogo de produtores
O site disponibiliza um Catálogo de Produtores de Queijo do Seridó, que está sendo alimentado pela ADESE, com o apoio da Cooperativa Mista dos Agricultores Familiares do Seridó – COAFS, localizada em São João do Sabugi, e da Cooperativa Agropecuária do Seridó – CAPESA, em Parelhas, que têm abrangência em todos os municípios da região. O catálogo reúne informações como o nome do produtor, nome da queijeira, tipos de queijos produzidos, contatos e endereços, identificando o município onde pode ser encontrado. A expectativa de Joseilson Medeiros é que com o apoio do site e a adoção de novas formas de comercialização, como o delivery, por exemplo, é que haja uma recuperação das vendas. “Reconhecemos e agradecemos o apoio do Sebrae, do Senar e do Sescoop que têm nos dado uma grande força com estratégias e ferramentas para que possamos suportar essa crise”, afirma o presidente da COAFS.
Os produtores podem se cadastrar gratuitamente no site, através do email [email protected] ou em contato com o diretor executivo, Vanderli Araújo (whatsapp 99909 8840). Segundo o gerente do Escritório Regional do Sebrae, em Caicó, Pedro Alexandro Medeiros, o site foi idealizado para estimular o consumo dos produtos pelas famílias na região, que está muito retraído diante da pandemia. As pessoas que acessarem o site poderão fazer suas consultas por município e identificar aonde encontrar os produtos que desejam adquirir. No site os interessados também poderão assistir vídeos sobre o processo da produção do queijo de manteiga, de coalho e da manteiga do sertão, também conhecida popularmente como manteiga da terra.
O presidente da COAFS calcula uma queda de mais de 50% nas vendas do queijo regional, sobretudo pela paralisação das feiras livres, mercado no qual é comercializada grande parte do que é produzido pelas queijeiras artesanais. “Essa pandemia criou uma situação muito grave para os produtores. Queijeiras que recebiam um volume de 1.200 litros de leite por dia, chegaram a baixar para 300 litros. Uma queda drástica, tanto para produtor de leite, como para o fabricante do queijo. Para se ter uma ideia, o leite que estava sendo comercializado a R$ 1,30 agora está 80 centavos o litro”, compara Joseilson.
Também está disponível no site uma espécie de repositório de documentos com vasto conteúdo sobre o setor de leite e derivados, como o Diagnóstico da Bacia Leiteira do Seridó elaborado pela ADESE e trabalhos acadêmicos, tais como artigos e monografias. Há também um espaço com notícias relacionadas ao setor leiteiro com matérias e séries de reportagens da Agência Sebrae de Notícias (ASN-RN).
A Dinamarca começou a a reabrir suas escolas nesta quarta-feira (15), após um mês de fechamento em consequência da pandemia do novo coronavírus. O país, que decretou o fechamento dos estabelecimentos em 12 de março para conter a propagação do novo coronavírus, foi o primeiro europeu a reabrir as creches e escolas do ensino básico.
Mundo
O Irã divulgou os números atualizados da Covid-19. Com 1.512 novas infecções nas últimas 24 horas, o total agora é de 76.389. Também foram 94 mortes, chegando a 4.777 ao todo. É oitavo país com maior número de infectados no mundo.
A cidade de Guayaquil, no Equador, vive a pior situação da América do Sul por conta do coronavírus. A prefeita Cynthia Viteri declarou que hospitais e cemitérios e hospitais entraram em colapso, não tendo mais espaço “nem para vivos e nem para mortos”. O país registra mais de 7,5 mil casos e 369 mortes, sendo que mais de 70% desses números ocorreram em Guayaquil, mas há centenas de óbitos e infectados não “oficializados”. Entenda como o Equador chegou a esse ponto.
A Organização Mundial de Saúde atualizou os números da Covid-19 nas Filipinas. São 230 novas infecções, totalizando 5.453 até a manhã desta quarta-feira(15). É o país com mais casos na região Sul da Ásia. Também foram registradas mais 14 mortes – são 349 ao todo.
A China está “profundamente preocupada” com o anúncio do presidente Donald Trump de suspender a contribuição financeira americana à Organização Mundial da Saúde (OMS) por sua gestão da pandemia de coronavírus.
O porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Zhao Lijian, afirmou que a decisão vai reduzir a capacidade da organização e minar a cooperação internacional contra a pandemia. Países europeus também lamentaram a decisão de Trump.
A Espanha registrou uma redução no balanço diário de mortes provocadas pelo coronavírus, com 523 óbitos nas últimas 24 horas. O número total de mortes passa de 18,5 mil. O número de contágios na Espanha, no entanto, aumentou após seis dias de queda. O total de casos notificados passa de 177,6 mil. Terceiro país mais afetado pela Covid-19 está sob um rígido confinamento desde 14 de março, mas alguns setores retornaram ao trabalho na segunda-feira (13).
A prefeitura de Moscou anunciou, nesta quarta-feira (15), que vai revisar o sistema que ajuda a controlar os deslocamentos durante o confinamento imposto para conter o avanço da pandemia de Covid-19. A capital russa é o epicentro dos casos de infecção pelo coronavírus no país, que tem mais de 24,4 mil doentes e 198 mortos. No primeiro dia de funcionamento do dispositivo, os usuários publicaram várias fotos e vídeos nas redes sociais, mostrando filas gigantescas nas imediações das estações de metrô.
A União Europeia (UE) organizará, em 4 de maio, uma conferência de doadores para arrecadar fundos para impulsionar o desenvolvimento de uma vacina contra o novo coronavírus – anunciou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, nesta quarta-feira (15). Será uma tentativa de acelerar o financiamento imediato para conseguir soluções contra a doença.
Os ministros das finanças e presidentes dos bancos centrais dos países do G20 realizam nesta quarta-feira (15) uma reunião virtual, para tratar sobre os desafios causados pela pandemia do coronavírus no mundo.
O Vietnã decidiu estender o confinamento (lockdown) por mais sete dias em 12 províncias do país, que conta com 267 casos confirmados até a manhã desta quarta-feira (15).
O governo anunciou uma série de medidas tributárias que adia, suspende ou altera o valor a ser recolhido aos cofres públicos e também os prazos de pagamento ou entrega de declarações.
As mudanças atingem e beneficiam não só empresas, mas também pequenos negócios, microempreendedores individuais, empregadores de trabalhadores domésticos e pessoas físicas.
O conjunto de medidas inclui:
Prorrogação do pagamento dos tributos do Simples Nacional
Adiamento e parcelamento do FGTS dos trabalhadores
Adiamento do PIS, Pasep, Cofins e da contribuição previdenciária
Redução da contribuição obrigatória ao Sistema S
Redução do IOF sobre operações de crédito
Prorrogação do prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda
Redução de IPI de produtos médico-hospitalares
Redução de imposto de importação de produtos médico-hospitalares
Prorrogação da validade de certidões de débitos e créditos tributários
1. Prorrogação do pagamento dos tributos do Simples Nacional
O governo prorrogou, por 6 meses, o prazo para pagamento dos tributos federais no âmbito do Simples Nacional, relativos aos períodos de março, abril e maio. A medida vale para pequenas empresas e também se aplica aos Microempreendedores Individuais (MEIs). Assim:
a apuração março, que seria paga em 20 de abril, fica com vencimento para 20 de outubro;
a apuração de abril, que seria paga em 20 de maio, fica com vencimento para 20 de novembro;
a apuração de maio, que seria paga em 22 de junho, fica com vencimento para 21 de dezembro.
Já os tributos estaduais e municipais (ICMS e ISS) do Simples foram prorrogados por 90 dias, ficando assim:
a apuração março, que seria paga em 20 de abril, fica com vencimento para 20 de julho;
a apuração de abril, que seria paga em 20 de maio, fica com vencimento para 20 de agosto;
a apuração de maio, que seria paga em 22 de junho, fica com vencimento para 21 de setembro.
Foi prorrogado também o prazo de apresentação da Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais (Defis) para as empresas do Simples Nacional e da Declaração Anual Simplificada para o Microempreendedor Individual (DASN-Simei), referentes ao ano calendário de 2019. O prazo agora se estenderá até o dia 30 de junho.
2. Adiamento e parcelamento do FGTS dos trabalhadores
Foi autorizado o adiamento e pagamento parcelado do depósito do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) dos trabalhadores. O pagamento poderá ser feito só a partir de julho, em 6 parcelas fixas.
Todos os empregadores, inclusive o empregador de trabalhador doméstico, poderão se beneficiar da medida. Funcionará assim:
fica suspensa a obrigatoriedade do recolhimento referente aos períodos de março, abril e maio, com vencimento em abril, maio e junho;
Para ter direito ao benefício, o empregador é obrigado a declarar as informações no eSocial até o dia 7 de cada mês e a emitir a guia de recolhimento do Documento de Arrecadação (DAE);
o recolhimento do FGTS poderá ser feito em 6 parcelas fixas com vencimento no dia 7 de cada mês, com início em julho e fim em dezembro.
3. Adiamento do PIS, Pasep, Cofins e da contribuição previdenciária
O governo adiou o pagamento do PIS, Pasep, Cofins e também da contribuição previdenciária patronal de empresas e empregadores de trabalhadores domésticos. O vencimento de abril e maio, relativo às competências de março e abril, passou para agosto e outubro.
O governo estima que são R$ 80 bilhões que ficarão no caixa dessas empresas com esta postergação.
4. Redução da contribuição obrigatória ao Sistema S
As contribuições obrigatórias das empresas ao Sistema S serão reduzidas em 50% por 3 meses. A estimativa é que as empresas deixem de pagar R$ 2,2 bilhões no período. Serão afetadas pela medida as seguintes instituições: Senai, Sesi, Sesc, Sest, Sescoop, Senac, Senat e Senar.
Os percentuais de contribuição, que até então variavam de 0,2% a 2,5%, passam a ser os seguintes:
Sescoop: 1,25%
Sesi, Sesc e Sest: 0,75%
Senac, Senai e Senat: 0,5%
Senar: 1,25% a contribuição incidente sobre a folha de pagamento; 0,125% da contribuição incidente sobre a receita da comercialização da produção rural devida pelo produtor rural pessoa jurídica e pela agroindústria; e 0,1% da contribuição incidente sobre a receita da comercialização da produção rural devida pelo produtor rural pessoa física e segurado especial
5. Redução do IOF sobre operações de crédito
O governo também reduziu a zero – por 90 dias – a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre operações de crédito. A alíquota era de 3% ao ano.
O benefício vale para as operações de crédito contratadas entre 3 de abril e 3 de julho. Com a medida, o governo deixará de arrecadar R$ 7 milhões, segundo estimativa da Receita Federal.
6. Prorrogação do prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda
Em razão da pandemia, a Receita Federal prorrogou o prazo de entrega da declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) por 60 dias. O prazo final passou de 30 de abril para 30 de junho.
Também foi prorrogado para o dia 30 de junho o prazo para a apresentação da Declaração Final de Espólio e da Declaração de Saída Definitiva do País para estrangeiros ou brasileiros que moram no exterior.
7. Redução de IPI de produtos médico-hospitalares
Decreto do governo federal zerou até 30 de setembro as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de artigos de laboratório ou de farmácia, luvas, termômetros clínicos e outros produtos utilizados na prevenção e tratamento do coronavírus.
A renúncia fiscal decorrente desta medida é estimada em R$ 26,6 milhões.
8. Redução de imposto de importação de produtos médico-hospitalares
O governo federal zerou tarifas de importação de produtos farmacêuticos e equipamentos médico-hospitalares utilizados no combate ao novo coronavírus. O período com alíquotas zeradas vai até 30 de setembro.
Conforme o Ministério da Economia, 61 itens ficam com a tarifa de importação zerada.
A lista abrange itens que tinham tarifas de importação de até 35%, incluindo kits para testes de coronavírus, luvas de proteção, termômetros e agulhas, equipamentos de intubação e aparelhos de respiração artificial (ventiladores).
9. Prorrogação da validade de certidões de débitos e créditos tributários
Foi anunciada também a prorrogação por 90 dias do prazo de validade das Certidões Negativas de Débitos (CND) e das Certidões Positivas com Efeitos de Negativas (CNEND) já emitidas, ambas relativas à Créditos Tributários federais e à Divida Ativa da União.
Essas duas certidões são necessárias para que as pessoas jurídicas exerçam uma série de atividades, como, por exemplo, participar de licitações ou obter financiamentos.
O que não mudou ou não tem definição
Nada mudou até o momento nos prazos e regras em tributos como o Imposto sobre a Renda (IR) das empresas e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
“O governo federal veio concedendo, paulatinamente, medidas pretendendo aliviar os encargos tributários das empresas. Iniciou com as micro e pequenas empresas, postergando os tributos recolhidos no regime do Simples Nacional, depois com os tributos que incidem sobre mercadorias importantes para o combate à pandemia e, por último, lançou um pacote mais abrangente que incide sobre as demais empresas”, afirma Felipe Fleury, sócio da área tributária do Zockun & Fleury Advogados. “Mas nem todos os tributos foram postergados. Por isso, muitas empresas continuam com o seu pleito perante o poder judiciário, para que esses tributos também sejam postergados”.
No âmbito estadual e municipal, em meio ao temor de queda na arrecadação, foram prorrogados os pagamento do ICMS e do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISS) apenas para empresas e Microempreendedores Individuais (MEI) que estejam enquadradas no Simples Nacional.
Câmara aprova projeto que repõe a estados e municípios perdas com ICMS e ISS
Governo propõe R$ 127,3 bilhões para estados e municípios como alternativa a texto da Câmara
Algumas prefeituras decidiram adiar o cronograma de pagamento do IPTU (Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana), mas em diversas capitais nada mudou. Em São Paulo, o prefeito Bruno Covas (PSDB) disse que é contra a prorrogação ou isenção de IPTU.
A Secretaria de Saúde de Natal (SMS) vai gastar R$ 32,3 milhões para iniciar as operações do hospital de campanha municipal. Os leitos hospitalares serão instalados nas instalações do Hotel Parque da Costeira, na Via Costeira, na zona Leste da capital potiguar. A estrutura será utilizada para atender a demanda gerada pelos atendimentos médicos relacionados com a Covid-19.
O valor listado em um total de sete contratos, todos com dispensa de licitação, é bem diferente do que foi anunciado nas últimas semanas pela Prefeitura do Natal. No dia 6 de abril, na assinatura do acordo entre o Município e o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em que se firmou a cessão do imóvel para instalação do hospital, foi anunciado que o investimento na estrutura foi de R$ 8 milhões. A estrutura terá 100 leitos.
Ainda sem data para abrir a portas, a SMS fechou nesta terça-feira (14) seis contratos que somam R$ 28,7 milhões. O maior deles, de R$ 19,1 milhões, foi com a empresa T&N Serviços, que irá fornecer profissionais terceirizados para o hospital de campanha.
Com o contrato, a empresa fornecerá assistentes sociais, auxiliares de farmácia, bioquímicos, enfermeiros, farmacêuticos, médicos nutricionistas, psicólogos, técnicos em enfermagem, técnicos em radiologia e técnicos de laboratório. Não foram incluídos médicos na lista.
Em nota oficial, a T&N diz que neste que momento não tem como informar o número de profissionais que serão chamados, porque as demandas variam de acordo com a necessidade de cada contrato.
Para o trabalho de serviços gerais, a SMS contratou a JMT Serviços, que irá fornecer copeiros, auxiliares de limpeza, maqueiros e recepcionistas, por um total de R$ 7,3 milhões. Além disso, o Município gastou outros R$ 2,1 milhões com ações de reparo e reforma do hotel. Outros R$ 139 mil serão gastos para a compra de computadores, alimentos e manutenção de uma bomba hidráulica.
Para o fornecimento de médicos, o SMS assinou no último dia 9 de abril contrato de R$ 3,6 milhões com a Cooperativa Médica do Rio Grande do Norte (Coopmed). A entidade vai fornecer profissionais para o hospital de campanha e para o Hospital dos Pescadores, no bairro das Rocas, que são as unidades hospitalares integrantes do Plano de Contingência de Natal no combate da Covid-19.
A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte reconheceu nesta terça-feira (14) estado de calamidade pública em mais 17 municípios do Estado. Agora, são 46 municípios do Rio Grande do Norte com estado de calamidade pública reconhecidos pelos deputados.
Os decretos são instrumentos para que os gestores dos municípios possam destinar mais recursos à saúde sem cometerem crime de responsabilidade fiscal. Apesar de serem municipais, os decretos precisam de aval da Assembleia Legislativa, segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
A votação dos projetos de decretos legislativos de calamidade pública ocorreu em sessão extraordinária remota que durou mais de duas horas e contou com a participação de 20 dos 24 parlamentares.
“Estamos lidando com um inimigo invisível que vai trazer, em um primeiro momento, uma crise de saúde, com perdas irreparáveis e a previsão é que traga uma série de dificuldades muito grandes na economia do Brasil, dos estados e, consequentemente, dos municípios. Nosso trabalho é tentar evitar os danos ao máximo e, depois, encontrar soluções para recuperarmos o mais rápido possível”, destacou o presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB).
Os 17 novos municípios com estado de calamidade reconhecido são: Areia Branca, Assu, Caicó, Coronel Ezequiel, Cruzeta, Fernando Pedrosa, Itajá, Lagoa Nova, Lagoa Salgada, Mossoró, Nísia Floresta, Pedro Velho, Poço Branco, Pureza, Santo Antônio, São Bento do Norte e Taboleiro Grande. A Prefeitura do Natal já teve decreto validado na semana passada, assim como o próprio Governo do Estado.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, avisou sua equipe na noite desta terça-feira (14) que Jair Bolsonaro já procura um nome para o seu lugar e que deve ser demitido ainda nesta semana.
Ele conversou com integrantes da pasta em clima de despedida após a entrevista coletiva da qual participou no Palácio do Planalto.
De acordo com relatos, Mandetta avisou que combinou de esperar a escolha do substituto e de ficar até a exoneração de fato ocorrer.
Alguns membros da equipe sugeriram que ele pedisse demissão imediatamente, mas a ideia foi rejeitada pelo ministro.
Antes da coletiva, Mandetta esteve presente na reunião do conselho, com Bolsonaro e os demais ministros. Segundo relatos, o chefe da Saúde ficou em silêncio durante todo o encontro.
Desde que a guerra fria envolvendo os dois teve início, Bolsonaro já ameaçou algumas vezes demitir o ministro, mas até agora não concretizou o plano.
Como mostrou a Folha, o apoio que Mandetta (Saúde) tinha no núcleo militar do Palácio do Planalto para continuar no cargo perdeu força na noite de domingo (13), após a entrevista dada por ele no Fantástico. O tom adotado foi avaliado pela cúpula fardada como uma provocação desnecessária.