Grupo LGBT promove doação coletiva de sangue em Natal
O Coletivo LGBT+ Leilane Assunção vai realizar neste sábado (31), das 9h às 11h30, uma doação de sangue coletiva no Hemocentro Dalton Cunha, o Hemonorte, localizado na avenida Almirante Alexandrino de Alencar, no Tirol. A campanha foi denominada de “Doação sem discriminação”.
A ação do grupo visa conscientizar a população LGBT da Grande Natal da importância de doar sangue e ampliar a divulgação sobre a decisão de julho do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), que proibiu o Estado de se negar a aceitar doações de sangue devido à orientação sexual do doador.
Antes dessa decisão, o Coletivo lembra que o doador que informasse, durante a triagem, ter mantido relações sexuais com pessoas do mesmo sexo era impedido de realizar a doação. A recusa se baseava na Portaria nº 158/2016 do Ministério da Saúde e na Resolução da Diretoria Colegiada RDC nº 34/2014 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que consideram inaptos homens que tivessem mantido relações sexuais com homens nos 12 meses anteriores à doação.
Segundo o Coletivo, isso tem justificado o veto de outros segmentos da população LGBT para doação de sangue. Para o Coletivo LGTB+ Leilane Assunção, a restrição era discriminatória. O grupo cita ainda que, enquanto a comunidade LGBT era proibida de doar, os hemocentros ficaram em vários momentos em situações críticas, com baixas quantidades de sangue em estoque.
Para doar
É preciso:
- Estar em boas condições de saúde;
- Ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos (menores de 18 anos precisam apresentar documentos e formulário de autorização);
- Pesar no mínimo 50 quilos;
- Ter dormido pelo menos 6 horas;
- Estar alimentado e apresentar documento original com foto recente, que permita a identificação do candidato, emitido por órgão oficial.
É recomendado ainda que o doador não tenha ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação e que não esteja em jejum. Estão impedidos aqueles que tenham feito piercing, tatuagem ou maquiagem definitiva, sem condições de avaliação quanto à segurança do procedimento, nos 12 meses anteriores, que tenham tido hepatite depois dos 11 anos ou sido diagnosticado com HIV.