O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disponibilizou, nesta terça-feira, 24 de outubro, o Cartão de Confirmação de Inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023. O documento está disponível na Página do Participante e traz, entre outras informações, número de inscrição, data, hora e local de prova, além de registrar que o inscrito terá direito a atendimento especializado ou tratamento pelo nome social, se for o caso.
Apesar de não ser obrigatório, o Inep recomenda levar o cartão nos dias de exame (5 e 12 de novembro). Confira o passo a passo para acessar e imprimir o Cartão de Confirmação de Inscrição:
1 – O inscrito deve acessar a Página do Participante e selecionar o botão “Página do Participante – Entrar com gov.br”. 2- Em seguida, utilize seu login único do gov.br e clique em “Continuar”. 3 – Já na Página do Participante, à esquerda da tela, clique em “Local de Prova”. 4 – Após os passos anteriores, clique no ícone em azul, apresentado pelo assistente virtual (Local de Prova). 5 – Pronto! O sistema abrirá o Cartão de Confirmação de Inscrição. Para imprimir, basta descer a tela até o final da página e clicar no botão “Imprimir”.
Enem
O Enem avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Ao longo de mais de duas décadas de existência, tornou-se a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (Prouni).
Instituições de ensino públicas e privadas utilizam o Enem para selecionar estudantes. Os resultados são utilizados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem de parâmetro para acesso a auxílios governamentais, como o proporcionado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Os resultados individuais do Enem também podem ser aproveitados nos processos seletivos de instituições portuguesas que possuem convênio com o Inep para aceitar as notas do exame. Os acordos garantem acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursar a educação superior em Portugal.
A Comissão de Educação (CE) aprovou nesta terça-feira (24) um projeto de lei que propõe calcular os repasses do Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (Pnate) a estados e municípios levando em consideração as distâncias a serem percorridas pelo veículo, as características geográficas e demográficas de cada região e as diferenças de custo do transporte em cada localidade.
O PL 3.479/2019, do senador Jader Barbalho (MDB-PA), recebeu parecer favorável pelo senador Plínio Valério (PSDB-AM) e poderá seguir diretamente para a Câmara dos Deputados, se não houver recurso para votação no Plenário do Senado.
O Pnate é um programa de transferência de recursos financeiros a estados, Distrito Federal e municípios para custeio de despesas com manutenção, reparo, combustíveis e outros encargos de veículos utilizados no transporte de estudantes. A proposta altera a lei que instituiu o programa (Lei 10.880, de 2004).
No âmbito do Pnate, atualmente os repasses são calculados com base no Fator de Necessidade de Recursos do Município, que leva em conta o percentual de população rural do ente federado; a área do município; o percentual da população abaixo da linha da pobreza; e o respectivo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Ao justificar a proposta, Jader Barbalho ressaltou que é preciso considerar que, nas regiões de maior dimensão territorial, os veículos de transporte escolar percorrem maiores distâncias. Assim, os entes federativos precisam complementar os gastos decorrentes dessa situação, assim como custos diferenciais relativos a fatores geográficos e demográficos. Para Jader, a proposta torna a distribuição de recursos mais justa e embasada em indicadores objetivos e transparentes.
Em seu relatório, no entanto, Plínio Valério apresentou emenda ao projeto ajustando a forma de cálculo para esses repasses, incluindo o fator socioeconômico nos critérios e ressalvando a autonomia do Poder Executivo para considerar outros que julgar pertinente.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que garante compensação a estados e municípios pela perda de arrecadação com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias ou Serviços (ICMS).
O ICMS baixou em 2022, uma medida tomada pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo o governo, estados e municípios terão a arrecadação recomposta em R$ 27 bilhões. Desse valor, o governo prometeu antecipar o pagamento de R$ 10 bilhões, que seriam depositados em 2024, para este ano.
Do total de R$ 10 bilhões, R$ 2,5 bi serão destinados exclusivamente às cidades e o restante será repassado para os estados.
Além desse repasse, o governo federal também pretende pagar aos municípios uma parcela extra do Fundo de Participação dos Municípios para compensar a queda de arrecadação dos últimos três meses. O total de recursos que seriam repassados para as cidades seria de R$ 2,3 bilhões.
“Vamos aumentar a transferência aos fundos de participação de estados e municípios para recuperar as perdas de arrecadação em 2023. Com isso, vamos assegurar que nenhum município perdera nada de arrecadação em relação a 2022. Isso significa que vamos garantir aos municípios a mesma quantidade de dinheiro. Aos estados, vamos garantir a recomposição das perdas de arrecadação dos meses de julho e agosto de 2023”, disse Lula em um vídeo postado em uma rede social.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou, nesta terça-feira (24), em solenidade no Palácio do Planalto em Brasília, o “Projeto Sertão Vivo, Semeando Resiliência Climática em Comunidades Rurais do Nordeste. O Projeto é iniciativa do Governo Federal com financiamento do BNDES em parceria com o Fundo Internacional das Nações Unidas para a Agricultura (FIDA).
A governadora Fátima Bezerra participou do lançamento e destacou que a iniciativa faz justiça aos estados nordestinos e o Rio Grande Norte será beneficiado com o atendimento a 38 mil famílias e investimento de R$ 151 milhões. “O projeto traz segurança hídrica, apoio à produção de alimentos saudáveis e sustentáveis gerando desenvolvimento social e econômico, o que refletirá na melhora efetiva da qualidade de vida da nossa população”, enfatizou Fátima Bezerra.
O Projeto Sertão Vivo vai financiar projetos voltados para garantir o acesso à água, segurança alimentar e demais necessidades básicas da população do semiárido nordestino inicialmente nos estados do Rio Grande do Norte, Bahia, Ceará e Pernambuco. O investimento é de R$ 1,75 bilhão para atender ao todo 430 mil famílias. No RN serão atendidas 38 mil famílias de produtores familiares, assentados da reforma agrária e de comunidades tradicionais como indígenas e quilombolas.
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante disse que o Sertão Vivo “não é só um projeto social. Mais que isso, é um campo de pesquisa para o país diante do enfrentamento à crise climática e a necessidade urgente de reverter o aquecimento global. É um projeto estratégico para o Brasil dar um salto histórico de qualidade”, avaliou. Presidente do Consórcio Nordeste e governador do estado da Paraíba, João Azevedo destacou a importância do projeto para promover o desenvolvimento e a qualidade de vida beneficiando a população do semiárido.
Confira as principais ações contempladas
– Acesso à água; – Aumento da produtividade e a segurança alimentar das famílias beneficiadas; – Ampliar a resiliência dos sistemas de produção agrícola; – Restaurar ecossistemas degradados; e – Promover a redução das emissões de gases do efeito estufa
Com secas cada vez mais fortes e duradouras, as queimadas e incêndios na Amazônia se tornam cada vez mais recorrentes, dificultando, assim, a recuperação, podendo, de acordo com especialistas, demorar por volta de 150 anos para voltar ao ambiente natural.
Um dos fatores que dificultam o já lento processo de recuperação de florestas é o chamada “paisagem fragmentada” (ou floresta fragmentada). O professor de Engenharia Florestal da Universidade de Brasília (UnB) e pesquisador sobre a floresta amazônica, Eraldo Matricardi, explica que o fenômeno trata-se do isolamento de áreas verdes, que ficam muito distantes de outras florestas. Esse efeito causa prejuízos aos chamados serviços ecossistêmicos, como a polinização, por exemplo.
“O tempo de regeneração varia muito. Com boas condições, as florestas mais próximas a outras demoram cerca de 20 a 30 anos para se recuperar. Quando essas áreas verdes são mais afastadas, elas podem demorar por volta de 150 anos para voltar ao ambiente natural”, Eraldo Matricardi, professor da UnB e pesquisador da floresta.
“Conforme a floresta fica mais fragmentada e afastada de outras matas, você dificulta muito mais processos ecológicos de recomposição da área. Todo mundo gosta de água e ar limpo, mas eles vêm de onde? A natureza precisa de um ambiente relativamente equilibrado para ter peixe, os animais, a flora e toda a biodiversidade da região”, acrescentou.
Segundo os especialistas, a Amazônia é um bioma vulnerável ao fogo por ele não ser um componente natural ou comum na região, como é, por exemplo, no Cerrado. Nos primeiros sete meses de 2023, o desmatamento na região amazônica teve queda de 42,5%, se comparado ao mesmo período do ano passado. O estado do Amazonas foi o que registrou a maior redução de janeiro a julho.
No entanto, com a chegada do fenômeno climático El Niño, potencializado pelas mudanças climáticas causadas pelo aquecimento cada vez mais alarmante do planeta, uma seca sem precedentes passou a atingir a região Norte do país. Somado a isso, a diretora-adjunta do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Patrícia Pinho, explica que o avanço da atividade humana com o desmatamento, criminoso ou não, cada vez mais próximo das florestas e o uso do fogo em muitas dessas intervenções são fatores que contribuíram para uma situação tão alarmante.
Além da morte de uma mulher e uma outra pessoa ter ficado feriada em uma colisão entre um micro-ônibus e um carro, em Currais Novos, na tarde segunda-feira (23), também foi confirmada a morte de um homem que estava no carro. Ele morreu no centro cirúrgico do Hospital Regional Mariano Coelho, segundo informações do órgão.
O acidente aconteceu no trecho da BR-226, perto da Mina de Ouro, e segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), as 12 pessoas que estavam no ônibus sofreram ferimentos leves. Além da equipe da PRF, Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram ao local.
Também foi registrado na tarde de segunda um outro acidente em Currais Novos, mas esse aconteceu no Centro da cidade, onde uma uma caminhote e uma moto colidiram. O casal ficou ferido e foram levados para o Walfredo Gurgel em Natal.
Após um incêndio causado por um ar condicionado na última sexta-feira (20), a sorveteria Loucos por Sorvete, localizado em Currais Novos, começou a reforma.
Em vídeo divulgado nas redes sociais da @loucosporsorvetebr , ainda podemos ver os estragos causados pelo fogo mas, segundo a publicação, a reforma iniciou nesta terça-feira (24).
A sorveteria de Currais Novos, @loucosporsorvetebr , mostrou na rede social detalhes de como ficou a estrutura após o incêndio, que ocorreu na noite de sexta-feira (21), mas podemos ajudar!
A sorveteria está funcionando em sistema de delivery, no app @qfomeapp , iFood e Wts App. Também podemos seguir a página oficial @loucosporsorvetebr para fortalecer e apoiar a marca. O telefone deles é o (84) 99674-2552.
O #BlogIsmaelMedeiros se solidariza e vai ajudar no que estiver ao alcance!
O Deputado estadual Luiz Eduardo participou da festa social da padroeira da cidade de Cruzetas-RN, Nossa Senhora dos Remédios. Sua presença e participação no tradicional leilão demonstraram um compromisso notável com a comunidade local.
O evento organizado pela prefeitura e pela paróquia de Cruzetas ajudaram a tornar a festa um grande sucesso. A presença do deputado fortaleceu os laços entre a assembleia legislativa e a população, reforçando a importância da tradição religiosa na cidade. Luiz acredita na valorização da cultura e da fé na região seridoense.
A Petrobras iniciou, nesta semana, uma sequência de medições de energia eólica no litoral do RN com a versão 2.0 do equipamento Boia Remota de Avaliação de Ventos Offshore (Bravo), um aprimoramento da tecnologia inédita no Brasil desenvolvido pelo Centro de Pesquisas e Desenvolvimento (Cenpes) da Petrobras.
O projeto é fruto da parceria com os Institutos Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) e Sistemas Embarcados (ISI-SE). O total investido na tecnologia chega a R$11,3 milhões por meio do incentivo em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
“O nível de maturidade tecnológica do equipamento avançou e trouxe boas soluções para as limitações encontradas na primeira fase de testes. Esperamos uma Bravo 2.0 robusta e capaz de atender às necessidades da Petrobras em relação à medição do potencial eólico offshore no Brasil, sendo uma alavanca importante para avançarmos nessa nova fonte de energia”, afirma o diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Carlos Travassos.
Ele destaca que o investimento faz parte da estratégia da Petrobras de liderar o processo de transição energética no país.
“Um novo projeto de P&D tem sido discutido com foco na instalação de novas Bravos em pontos estratégicos da costa brasileira, de modo aumentar a amostragem de dados e tornar o levantamento do potencial eólico ainda mais confiável”, relata.
A Bravo é um modelo flutuante de Lidar (Light Detection and Ranging), desenvolvido pela primeira vez com tecnologia nacional. O equipamento é um sensor óptico que utiliza feixes de laser para medir a velocidade e direção do vento, gerando dados compatíveis ao ambiente de operação das turbinas eólicas.
Ele também é capaz de captar variáveis meteorológicas, como pressão atmosférica, temperatura do ar e umidade relativa, além de variáveis oceanográficas, a exemplo de ondas e correntes marítimas.
Segundo o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim ,“quando estiver em estágio comercial, a Bravo contribuirá para o aumento da oferta dos serviços e a redução do custo de implantação dos projetos de eólica offshore no país. Por ser flutuante, o equipamento é de fácil transporte e instalação ao longo da costa brasileira”, avalia.
Bravo 2.0
Na nova versão do equipamento, um algoritmo desenvolvido especialmente para o projeto permite corrigir as informações coletadas em função das variações de posição provocadas pelas ondulações do mar e correntes marinhas.
A Bravo 2.0 também foi ampliada para abrigar dois sensores Lidar em vez de um. Isso aumenta a coleta dos dados que são transmitidos para um servidor em nuvem, por meio de comunicação via satélite, para serem posteriormente analisados.
O equipamento pesa 7 toneladas, tem 4 m de diâmetro, 4 m de altura e é alimentado por módulos de energia solar. Será lançado a 20 km da costa do Rio Grande do Norte, com apoio da Marinha do Brasil e do consórcio Intersal, que opera o Terminal Salineiro de Areia Branca. A campanha de testes e medições vai até março de 2024.
As informações coletadas pela boia serão comparadas com dados de referência obtidos por um Lidar fixo, instalado no mesmo terminal, para validar a funcionalidade e confiabilidade das medições do equipamento.
Pesquisadores da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) estudam formulações de combustíveis AB-Diesel, compostos por uma mistura de álcool, biodiesel e diesel. O grupo de pesquisadores tem o intuito de identificar matérias-primas viáveis para o desenvolvimento de biodiesel no Semiárido Potiguar, como girassol, cártamo e moringa.
Reportagem do jornal De Fato, de Mossoró, assinada por Edinaldo Moreno, mostra que a pesquisa da Ufersa ainda tem objetivo de diminuir as emissões de gases de efeito estufa sem comprometer o desempenho de motores a diesel. Vale mencionar que maior ênfase será dada aos biodieseis oriundos de matérias-primas promissoras para a região do Semiárido.
“Como o intuito do projeto é aumentar a participação de combustíveis renováveis no óleo diesel, que hoje já conta com 12% de biodiesel, as misturas apresentam potencial para queima mais eficiente de combustível, reduzindo consideravelmente as emissões de monóxido de carbono e outros poluentes no meio ambiente, como o material particulado”, afirma o coordenador do AB-Diesel, Frederico Ribeiro do Carmo, professor vinculado ao Departamento de Engenharia e Tecnologia (DET) da Ufersa.
“Além disso, é importante pontuar que estudos em paralelo visam produzir matérias-primas com águas residuárias, em especial a água produzida do petróleo, efluente bastante produzido na região pelas empresas de petróleo e gás”, acrescenta o professor da Ufersa.
Ainda de acordo com o coordenador do projeto, o Núcleo de Pesquisa em Economia de Baixo Carbono atua com temas relacionados à transição energética, economia circular aplicada ao setor de energia e descarbonização de processos produtivos. Inicialmente, nosso foco era mais em simulações computacionais e propriedades dos combustíveis. Já havia trabalhado em projetos relacionados ao AB-Diesel, mas apenas na avaliação de propriedades.
Frederico Ribeiro ressalta que o projeto AB-Diesel está alinhado com compromissos assumidos pelo Governo Brasileiro nos últimos anos no sentido de reduzir as emissões de gases do efeito estufa. Na 21ª Conferência das Partes (COP 21), realizada em Paris pela Organização das Nações Unidas em 2015, o Brasil se comprometeu a aumentar a participação de bioenergia na matriz energética do pais, o consumo de biocombustíveis e a oferta de etanol, entre uma série de outras iniciativas.
“No dia 8 de dezembro de 2020, o Brasil transmitiu à Convenção-Quadro das Nações Unidades sobre a Mudança Climática (UNFCCC) sua nova Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) ao Acordo de Paris. A NDC é o principal compromisso internacional do Brasil na área de mudança climática. Tendo como base o ano de 2005, o país reafirmou o compromisso de reduzir, em 2025, as emissões líquidas totais de gases do efeito estufa (GEE) em 37% e assumiu oficialmente o compromisso de reduzir em 43% as emissões brasileiras até 2030. Tais medidas englobam os setores de energia, agricultura, floresta, resíduos e processos industriais”.
O professor lembra que no ano passado, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) lançou a “Chamada CNPq/MCTI/FNDCT Nº 18/2022 – Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Apoio ao Programa Combustível do Futuro e à Iniciativa Brasileira do Hidrogênio (IBH2 MCTI)”. A relevância da proposta atraiu um financiamento de R$ 1,1 milhão do CNPq, como resultado de uma seleção do Programa Combustível do Futuro e da Iniciativa Brasileira do Hidrogênio.
“Resolvi escrever a proposta do projeto AB-Diesel, incluindo os testes em motores. Por conta da equipe formada, qualidade da proposta e de ser um assunto estratégico do Governo Federal, a proposta foi aprovada. No total, apenas com este edital, conseguimos R$ 1,1 milhão em equipamentos, material de consumo e bolsas”, iniciou.
“Ainda tivemos outras propostas aprovadas, em temas transversais ao AB-Diesel, como a produção de matérias-primas promissoras para a produção de biodiesel na região do Semiárido utilizando um efluente bastante problemático para as empresas de petróleo onshore localizadas na região, a água produzida de petróleo. Exemplos de propostas aprovadas foram a “Chamada Pública MCTI/FINEP/CT-HIDRO 2022”, na qual conseguimos aporte de aproximadamente R$ 1,5 milhões da FINEP e mais R$ 300.000,00 da Mandacaru Energia, empresa produtora de petróleo com atividades na região. Vale menção que estou como vice-coordenador deste projeto, sendo o coordenador o Prof. Daniel Valadão Silva, do curso de Agronomia da UFERSA”, acrescentou.
Montadoras sinalizam interesse no projeto
A partir do início das atividades, em dezembro de 2022, montadoras de caminhões já sinalizaram interesse no projeto. Participam da iniciativa 14 profissionais distribuídos nas categorias de colaborador, pesquisador e aluno de doutorado.
Além da Ufersa, pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) e Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) também fazem parte do AB-Diesel.
“Além dos órgãos de fomento, como o CNPq e a FINEP, estamos com o apoio financeiro de duas produtoras de petróleo, como a Mandacaru Energia e a 3R Petroleum (nos projetos de produção de matérias-primas). Duas montadoras de caminhões já sinalizaram interesse no projeto, uma delas já confirmou conosco que entrará na proposta a ser enviada para o Programa Rota 2030”, comemorou o professor Frederico Ribeiro do Carmo.
“Por conta do apoio financeiro do CNPq, do Programa de Formação de Recursos Humanos da Agência Nacional do Petróleo, o PRH, e de outros projetos firmados nos últimos meses com empresas, estamos criando uma infraestrutura excelente para os estudos a serem realizados”, pontua o coordenador do projeto, Frederico Ribeiro do Carmo. “Além de produzir biodiesel, nos próximos meses teremos capacidade de caracterizar as formulações, segundo os critérios da ANP, e avaliar a performance e as emissões de gases de efeito estufa em um motor diesel monocilindro, tudo isso na Ufersa”, finaliza.
Pesquisadores de outros países já demonstram que é possível redução de emissão de gases
O professor e coordenador do projeto AB-Diesel, Frederico Ribeiro do Carmo, indagado sobre os resultados práticos da pesquisa, ressalta que primeiramente é importante destacar que se trata de uma pesquisa científica, portanto, apenas após a conclusão do projeto é que pode-se afirmar se haverá ou não redução de emissões de gases de efeito estufa sem comprometer o desempenho do motor.
“Precisamos de experimentos. No entanto, a ideia é bastante razoável, inclusive alguns pesquisadores de outros países já demonstraram que isso é possível, com outros tipos de álcoois e matérias-primas”.
Para o combustível ter bom desempenho, o coordenador enfatiza que precisa que suas propriedades estejam de acordo com critérios estabelecidos pela experiência da indústria. No caso do óleo diesel comercializado no Brasil, estes critérios são estabelecidos pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), como a Resolução ANP n° 50/2013.
“Portanto, de forma simplificada, ajustando as composições das formulações AB-Diesel, podemos aumentar a parcela de biocombustível e manter as propriedades dentro dos critérios estabelecidos pela ANP, o que tende a manter a performance do combustível utilizado normalmente”.