Fome e pandemia nas favelas: ‘Meus netos comem menos para eu almoçar’

O único que trabalha na família é o filho dela, que mora de aluguel no mesmo bairro e faz trabalhos informais como pedreiro

No último domingo, a empregada doméstica Josinete Antônia da Silva, de 64 anos, abriu os armários da casa onde mora na periferia de Recife, em Pernambuco. Destampou os potes de mantimentos e não encontrou nada. Não havia nada nas panelas também. A filha, ao saber que a mãe não tinha o que almoçar, pediu para que os filhos dela comessem menos para que sobrasse para a avó.

“Ela falou: hoje, cada um de vocês come um pouquinho menos para ter comida para a vó também. E me mandou carne moída, feijão e arroz. Se não fosse ela, não sei o que eu teria feito”, contou Josinete em entrevista por telefone à BBC News Brasil.

De acordo com ONGs, líderes comunitários e empresas especializadas em doações ouvidas pela reportagem, o número de contribuições caiu drasticamente ao longo da pandemia e hoje, no auge da crise sanitária, muitas famílias que moram em comunidades não têm o que comer.

Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 3.869 mortes por covid-19, superando o recorde registrado na véspera, 3.780 vidas perdidas.Josinete recebe uma pensão no valor de um salário mínimo (R$ 1.100) e mora com as três filhas, que perderam o emprego na pandemia. Uma delas tem quatro filhos e está grávida. A outra tem dois.

Ela conta que o dinheiro da pensão é insuficiente para comprar comida para o mês. O único que trabalha na família é o filho dela, que mora de aluguel no mesmo bairro e faz trabalhos informais como pedreiro.

“Ele me ajuda como pode. Está tudo muito caro. Vou ao mercado comprar feijão, arroz, uns pedacinhos de galinha, macarrão e salsicha e não gasto menos de R$ 100. O que pesa é a carne, o arroz e o leite, ainda mais morando com uma criança de 3 anos e outra de 9 meses. Tem dia que dá para comprar pão, outros não”, conta Josinete.

Além dela, na mesma casa moram três filhas e cinco netos. Ao todo, Josinete tem nove filhos (sete desempregados), 33 netos e sete bisnetos. No início da pandemia, em 2020, ela recebeu cestas básicas e dinheiro para fazer a feira, mas no fim do ano essa ajuda diminuiu gradativamente até parar, conta ela.

O Instituto Casa Amarela Social foi um dos que ajudaram a família de Josinete na pandemia. O grupo faz diversas campanhas para arrecadar doações. “Eu tenho vergonha de pedir para outras pessoas, mas não (quando é) para meus filhos. Eu só peço misericórdia para quem tem um pouco mais (de dinheiro) se unir com os outros e ajudar quem não tem condições de sair dessa sozinho. O governo poderia ter mantido o auxílio emergencial em R$ 600, mas a gente não tem escolha”, afirmou.

O Congresso aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permite o financiamento do novo auxílio, que terá valor médio em R$ 250, mas as cotas devem variar entre R$ 150 e R$ 375.

Uma pesquisa feita pelo Data Favela, uma parceria entre Instituto Locomotiva e a Central Única das Favelas (Cufa), em fevereiro, apontou que, entre os 16 milhões de brasileiros que moram em favelas, 67% tiveram de cortar itens básicos do orçamento com o fim do auxílio emergencial, como comida e material de limpeza.

Outros 68% afirmaram que, nos 15 dias anteriores à pesquisa, em ao menos um faltou dinheiro para comprar comida. Oito em cada 10 famílias disseram que não teriam condições de se alimentar, comprar produtos de higiene e limpeza ou pagar as contas básicas durante os meses de pandemia se não tivessem recebido doações. 

BBC NEWS



Consulta sobre auxílio emergencial pode ser feita a partir desta sexta-feira

Os trabalhadores descobriram que foram incluídos no auxílio emergencial de 2021 a partir de hoje (2). Inicialmente prometida para ontem (1º), uma consulta teve de ser adiada “em função da necessidade de alinhamento dos canais de atendimento dos três órgãos diretamente no programa – o Ministério da Cidadania, a Dataprev e a Caixa”, explicou a Dataprev, em nota .

Consulta

A consulta pode ser feita pelo Portal de Consultas da Dataprev (AQUI). Para isso, o cidadão deve informar CPF, nome completo, nome da mãe e dados de nascimento.

Quem já recebe o Bolsa Família e inscritos no CadÚnico não está na lista da Dataprev já que, nesses casos, as parcelas serão depositadas automaticamente – desde que o beneficiário se encaixe nos critérios de elegibilidade do auxílio.

Depósitos

Segundo calendário divulgado pela Caixa, os pagamentos aceitos no dia 6 de abril para os trabalhadores que fazem parte do Cadastro Único e para os que se inscreveram pelo meio do site e do aplicativo Caixa Tem. Os depósitos serão feitos na conta poupança digital da Caixa, acessado pelo aplicativo Caixa Tem. O beneficiário do auxílio emergencial direito, primeiro, à movimentação digital e, posteriormente, aos saques.

Para os beneficiários do Bolsa Família, os pagamentos começam em 16 de abril e seguir o calendário de pagamento do benefício.

Números

Em 2021, serão pagos R $ 43 bilhões a 45,6 milhões de brasileiros que atendem aos requisitos exigidos. Do montante, R $ 23,4 bilhões servirão público já inscrito em plataformas digitais da Caixa (28,6 milhões de beneficiários), R $ 6,5 bilhões para integrantes do Cadastro Único do Governo Federal (6,3 milhões) e mais R $ 12,7 bilhões para atendidos pelo Programa Bolsa Família (10,6 milhões).

Critérios

para conceder as quatro parcelas do auxílio emergencial este ano o governo definiu novas faixas de pagamento:

  • Mulheres chefes de família: R $ 375
  • Famílias com duas ou mais pessoas, exceto aquelas com mães chefes de família: R $ 250
  • Auxílio para pessoas que moram sozinhas: R $ 150

Podem receber

  • Famílias com renda per capita de até meio salário mínimo (R $ 550) e renda mensal total de até três recompensas (R $ 3.300);
  • O Público do Bolsa Família pode escolher o valor mais vantajoso entre os benefícios e receber somente um deles.
  • Trabalhadores informais;
  • Desempregados;
  • Microempreendedor Individual (MEI).

Não podem receber o auxílio

  • Trabalhadores com carteira assinada e servidores públicos;
  • Pessoas que não movimentaram os valores do auxílio emergencial e sua extensão em 2020;
  • Quem estiver com o auxílio do ano passado cancelado;
  • Cidadãos que retrocede o benefício previdenciário, assistencial ou trabalhista ou de programa de transferência de renda federal, com exceção do Bolsa Família e do PIS / Pasep;
  • Médicos e multiprofissionais;
  • Beneficiários de bolsas de estudo, estagiários e semelhantes;
  • Quem teve aprovado tributáveis ​​acima de R $ 28.559,70 em 2019 ou tinha, em 31 de dezembro daquele ano, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R $ 300 mil;
  • Cidadãos com menos de 18 anos, exceto mães adolescentes.
  • Quem estiver no sistema carcerário em regime fechado ou tiver seu CPF vinculado, como instituidor, à concessão de auxílio-reclusão. Com informações da Agência Brasil


Auxílio emergencial volta a ser pago na terça; veja aqui o calendário

A nova rodada do Auxílio Emergencial será paga a partir de 6 de abril para os trabalhadores que fazem parte do Cadastro Único e para os que se inscreveram por meio do site e do aplicativo do programa. Para os beneficiários do Bolsa Família, os pagamentos começam em 16 de abril.

Cadastro Único e inscritos via app e site

Os pagamentos para este público começam em 6 de abril. Os pagamentos seguem mais uma vez as datas de nascimento dos beneficiários.

Os pagamentos serão feitos por meio de conta poupança digital da Caixa, que pode ser movimentada pelo Caixa TEM. Mais uma vez, será liberada primeiro a movimentação digital e, posteriormente, os saques.

Calendário Auxílio Emergencial 2021 — Foto: Economia G1

Calendário Auxílio Emergencial 2021 — Foto: Economia G1

Bolsa família

Já para os trabalhadores que fazem parte do Bolsa Família, os pagamentos começam em 16 de abril e seguirão o calendário já estabelecido para o benefício – sempre nos últimos dez dias úteis de cada mês.

Para este público, os pagamentos serão feitos da mesma forma que é pago o Bolsa Família.

Veja no calendário abaixo:

Auxílio Emergencial 2021 Bolsa Família — Foto: Economia G1

Auxílio Emergencial 2021 Bolsa Família — Foto: Economia G1

Como saber se terei direito?

Os trabalhadores poderão consultar, a partir de 1º de abril, se receberão a nova rodada do Auxílio Emergencial. A consulta poderá ser feita no site da Dataprev, empresa estatal responsável por processar os pedidos – clique aqui para acessar. O beneficiário deverá informar o CPF, nome completo, nome da mãe e data de nascimento.

A partir de 2 de abril, a consulta poderá ser feita também pelos canais da Caixa: pelo auxilio.caixa.gov.br ou pelo telefone 111.

Parcelas

Serão pagas aos trabalhadores 4 parcelas com valor médio do benefício de R$ 250 – que vai variar de R$ 150 a R$ 375 conforme o perfil do beneficiário e a composição de cada família.

  • Famílias vão receber R$ 250;
  • Uma família monoparental, dirigida por uma mulher, vai receber R$ 375;
  • Pessoas que moram sozinhas vão receber R$ 150.

Quem recebe

Pelas novas regras, o auxílio só será pago a famílias com renda total de até três salários mínimos por mês, desde que a renda por pessoa seja inferior a meio salário mínimo. Segundo o governo, o benefício deverá ser pago a 45,6 milhões de famílias.

Para quem está no Bolsa Família, continua valendo a regra do valor mais vantajoso. A pessoa receberá o benefício com maior valor, seja a parcela paga no âmbito do programa, seja o valor do Auxílio Emergencial.

Não serão abertas novas inscrições para o pagamento do benefício A seleção será feita a partir dos beneficiários inscritos no programa original, excluindo aqueles que não se encaixarem nas novas regras do programa. Com isso, o número de beneficiários deve ser reduzido de 68 milhões para 46,6 milhões.



Alerta: usar máscara é obrigação, afirma ministro da Saúde

A postura de Queiroga agradou aos senadores

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu segunda-feira (29)  o uso de máscaras e o distanciamento social por todos os brasileiros. Essas medidas são defendidas por cientistas e infectologistas desde o início da pandemia. Queiroga falou a senadores em audiência pública na comissão temporária criada para acompanhar as ações contra a covid-19.

“Se todos os brasileiros usassem máscaras, teríamos efeito quase igual ao da vacinação. Então, usar máscara é uma obrigação de todos os brasileiros, [assim como] evitar aglomerações fúteis”, disse o ministro, em audiência pública na comissão temporária criada no Senado para acompanhar as ações contra a covid-19.

Pouco depois, o ministro reforçou a defesa de ações não farmacológicas para conter a escalada do vírus no Brasil. “Do ponto de vista prático, para conseguirmos reduzir essa calamidade, precisamos investir nas medidas de redução de circulação do vírus. Evitar aglomerações, [promover o] distanciamento social, o uso das máscaras e, a critério de cada estado ou município, de acordo com a situação sanitária, aplicar medidas restritivas mais fortes.”

Queiroga destacou a importância de uma campanha para evitar aglomerações na Semana Santa. “Nós temos que comunicar à sociedade, de maneira clara, que eles têm que colaborar com as autoridades sanitárias para que consigamos reduzir essa contaminação”. O ministro disse que conversou com um representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para alinhar uma campanha de conscientização dos cristãos sobre o uso de máscaras.

A postura de Queiroga agradou aos senadores. Já havia uma demanda do Senado por uma postura mais alinhada às opiniões dos cientistas. “As suas palavras já demonstram o quanto você se diferencia e o quanto a gente precisava ouvir isso, diferentemente do que a gente vinha ouvindo por parte de outros ministros, de tudo aquilo que a gente tinha como expectativa”, disse Daniella Ribeiro (PP-PB).

“Eu me senti contemplado com a postura, que esperamos ter do Ministério da Saúde. É a postura de um ministro da Saúde que coloca a ciência no altar necessário ao enfrentamento de uma pandemia. E isso é um bom presságio de que existe esperança de virarmos esse jogo”, afirmou Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Vacinas

Sobre a necessidade de aumentar o ritmo da vacinação no país, o ministro afirmou que o problema é para os próximos três meses, já que grande parte dos imunizantes encomendadas de laboratórios estrangeiros deve chegar no segundo semestre. Ele destacou, no entanto, que o ritmo da vacinação já aumentou, tendo chegado perto da meta de 1 milhão de pessoas imunizadas por dia. “Essa meta já está praticamente atingida, já superamos os 900 mil indivíduos imunizados por dia.”

Queiroga disse contar com as vacinas produzidas pelo Instituto Butantan (CoronaVac) e pela Fiocruz (AstraZeneca) para cumprir o calendário. Ele ressaltou, porém, que ouviu do Butantan a informação sobre e atraso na distribuição dos ingredientes para produção dos imunizantes. Nesse caso, o ingrediente farmacêutico ativo (IFA) é importado da China. “Há uma guerra por vacina no mundo inteiro. Temos que ir lá, aonde as doses estão, e brigar por cada dose de vacina.”

Para Queiroga, é “legítima” a intenção da iniciativa privada de comprar vacinas, seja para doar integralmente ao Programa Nacional de Imunização (PNI), seja para vacinar seus trabalhadores com uma parte e doar a outra parte. Ele foi cauteloso com essa possibilidade, ao lembrar a necessidade de “ajustes regulatórios”, mas mostrou-se aberto à ideia. “O Ministério da Saúde não vai colocar qualquer tipo de óbice para ampliar a vacinação.”

Secretaria de combate à covid-19

O ministro da Saúde Ele reforçou ainda a intenção, já manifestada na semana passada, de criar a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Pandemia de Covid-19, na qual se concentrariam os esforços do pasta voltados ao combate à doença. “E [para] a estrutura do ministério continuar trabalhando forte em toda a agenda que há dentro da saúde brasileira.”

Queiroga também pediu o apoio dos senadores no combate à pandemia e se comparou a um jogador de futebol prestes a bater um pênalti decisivo em uma Copa do Mundo. “O que esse ministro precisa de vocês é do voto de confiança de cada um para que, juntos, essa nação, que se une em Copa do Mundo, se una no enfrentamento à pandemia, e a gente consiga, num curto espaço de tempo, vencer a pandemia, retomar as nossas atividades normais.”



Pandemia: 71% das famílias moradoras de favelas perderam metade da renda

Hoje, 16 milhões de pessoas estão vivendo em favelas no Brasil. Se elas formassem um estado, seria o quinto mais populoso do país

Uma pesquisa da Data Favela em parceria com o Instituto Locomotiva e a CUFA (Central Única das Favelas) mostrou que 71% das famílias moradoras de favelas estão sobrevivendo com menos da metade de sua renda. 

O levantamento mostra a relação da pandemia de Covid-19 com o agravamento da pobreza no Brasil. 

“Desenvolvemos mais de dez pesquisas nas favelas brasileiras e ficou muito claro que a realidade de fome das favelas atingiu níveis alarmantes, chegando ao pior nível da pandemia até agora”, diz Renato Meirelles, fundador do Data Favela.

Faltou dinheiro para comprar comida para quase 70% dos moradores das favelas em 2020. Por isso, nove entre dez pessoas receberam algum tipo de doação no ano passado – a maior parte de alimentos. 

Os moradores afirmam que, sem as doações, não teriam condições de pagar suas contas básicas, comprar produtos de higiene ou se alimentar. Esta é a realidade de 80% das famílias moradoras de favelas. 

A pesquisa ainda revelou que quase a totalidade dessa população não tem dinheiro guardado e 76% pediram o auxílio emergencial, distribuído pelo governo federal. Hoje, 16 milhões de pessoas estão vivendo em favelas no Brasil. Se elas formassem um estado, seria o quinto mais populoso do país.



Aposta de Brasília ganha prêmio de mais de R$ 27 milhões da Mega-Sena

A quina registrou 100 apostas ganhadoras; cada uma vai pagar R$ 27.164,44

Uma aposta de Brasília, feita eletronicamente pelo Internet Banking Caixa, acertou as seis dezenas do concurso 2.356 da Mega-Sena e vai pagar o prêmio de R$ 27.070.907,55.

As seis dezenas foram sorteadas na noite desse sábado (27) no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário Tietê, na cidade de São Paulo.

Os números vencedores foram os seguintes: 03 – 10 – 25 – 36 – 51 – 58

A quina registrou 100 apostas ganhadoras; cada uma vai pagar R$ 27.164,44. A quadra teve 5.821 apostas vencedoras, que pagará individualmente o prêmio de R$ 666,66.

Para o próximo concurso, na quarta-feira (31), o prêmio previsto é R$ 2,5 milhões.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer lotérica credenciada pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

O volante, com seis dezenas marcadas, custa R$ 4,50.



Auxílio Emergencial 2021: decreto regulamenta o pagamento

Pelo decreto, as parcelas do auxílio serão pagas independentemente de novo requerimento, desde que o beneficiário atenda aos requisitos estabelecidos na Medida Provisória

O presidente Jair Bolsonaro editou decreto que regulamenta o pagamento do Auxílio Emergencial 2021, instituído no último dia 18 de março por meio de Medida Provisória.

O texto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), na tarde desta sexta-feira (26). O apoio financeiro será pago a trabalhadores informais de baixa renda e aqueles inscritos em programas sociais como o Bolsa Família, caso o novo benefício seja mais vantajoso. A previsão é que os pagamentos comecem a partir do dia 4 ou 5 de abril, segundo informou o próprio presidente em sua live semanal nas redes sociais.   

A nova rodada do Auxílio Emergencial pagará quatro parcelas com valor médio de R$ 250 cada uma. Esse valor pode chegar a R$ 375, no caso de famílias que tenham apenas a mãe como provedora, ou R$ 150, no caso de família unipessoal (formada por uma única pessoa).

Ao longo do ano passado, o auxílio chegou a atingir 68 milhões de pessoas, mas agora o novo programa deve atender, nas projeções do governo, cerca de 45,6 milhões de famílias. Essa redução se dá, segundo o governo, após o cruzamento de dados que concentrou as transferências no público considerado mais vulnerável.   

Pelo decreto, as parcelas do auxílio serão pagas independentemente de novo requerimento, desde que o beneficiário atenda aos requisitos estabelecidos na Medida Provisória. O governo vai usar a mesma base de dados de quem se cadastrou para o programa no ano passado, pelo aplicativo ou pelo site da Caixa Econômica Federal, além daquelas pessoas inscritas no Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico) e no Bolsa Família. Uma das novidades é o recebimento do benefício ficará limitado a um beneficiário por família. 

Critérios

Os trabalhadores formais (com carteira assinada e servidores públicos) continuam impedidos de solicitar o auxílio emergencial. Além disso, cidadãos que recebam benefício previdenciário, assistencial ou trabalhista ou de programa de transferência de renda federal, com exceção do Bolsa Família e do PIS/PASEP, não fazem parte do público que receberá as parcelas de R$ 250. Para fins de elegibilidade, serão avaliados os critérios com base no mês de dezembro de 2020, informou o governo.

O novo auxílio será pago somente a famílias com renda per capita de até meio salário mínimo e renda mensal total de até três salários mínimos. Para o público do Bolsa Família, segue valendo a regra quanto ao valor mais vantajoso a ser recebido entre o programa assistencial e o auxílio emergencial 2021. Os integrantes do Bolsa Família receberão o benefício com maior parcela (R$ 375).

As pessoas que não movimentaram os valores do Auxílio Emergencial e sua extensão, disponibilizados na poupança digital em 2020, não terão direito ao novo benefício, assim como quem estiver com o auxílio do ano passado cancelado no momento da avaliação de elegibilidade para 2021.

O auxílio emergencial 2021 ainda prevê outros critérios de elegibilidade. Estão excluídos os residentes médicos, multiprofissionais, beneficiários de bolsas de estudo, estagiários e similares. Quem teve rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2019 ou tinha em 31 de dezembro daquele ano a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300 mil, ou tenha recebido em 2019 rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte superior a R$ 40 mil, também não poderá solicitar o novo benefício.

Quem ainda não terá direito a receber o novo auxílio são pessoas com menos de 18 anos, exceto mães adolescentes, quem estiver no sistema carcerário em regime fechado ou tenha seu CPF vinculado, como instituidor, à concessão de auxílio-reclusão, quem tiver indicativo de óbito nas bases de dados do governo federal ou tenha seu CPF vinculado, como instituidor, à concessão de pensão por morte.



Ministro diz que meta do governo é vacinar 1 milhão por dia

O ministro também deverá falar sobre a reformulação do sistema público de saúde e sobre a intensificação da campanha de imunização, além da produção nacional de vacinas contra o novo coronavírus

O novo ministro da Saúde, o cardiologista Marcelo Queiroga, reuniu hoje (23) a imprensa para divulgar as novas ações e estratégias do governo federal no combate à covid-19.

O ministro também deverá falar sobre a reformulação do sistema público de saúde e sobre a intensificação da campanha de imunização, além da produção nacional de vacinas contra o novo coronavírus.

Segundo Queiroga, o governo aposta na vacinação em massa como ação primária contra a pandemia. O ministro afirmou, ainda, que a meta é vacinar 1 milhão de brasileiros por dia.

“Nós temos condições de vacinar muitas pessoas. Atualmente, nós vacinamos 300 mil indivíduos todos os dias. O ministro da Saúde e o governo assumem o compromisso de, em curto prazo, aumentar em pelo menos três vezes essa velocidade de vacinação para 1 milhão de vacinas todos os dias. É uma meta plausível, temos condições até de ampliar ainda mais. Não quero me comprometer porque precisamos buscar mais vacinas”, afirmou.

O cardiologista Marcelo Queiroga foi escolhido no último dia 15 para substituir Eduardo Pazuello e empossado ontem, em uma reunião fechada. Em menos de um ano, ele é o quarto a ocupar o cargo de ministro da Saúde, posição que foi dos médicos Luiz Henrique Mandetta, até 16 de abril de 2020, e de Nelson Teich, por 29 dias. 



Receita Federal amplia acesso para declaração pré-preenchida

A novidade neste ano é a ampliação desse acesso. Com acesso pelo gov.br, o programa pré-preenche a declaração do contribuinte com as informações prestadas por terceiros, e por ele mesmo, à Receita Federal

A Receita federal anunciou nesta terça (23) a possibilidade de o contribuinte fazer a declaração do Imposto de Renda 2021 pelo cadastro no Portal gov.br. Segundo a Receita, atualmente, 94 milhões de pessoas possuem conta no gov.br único, que tem usuário e senha únicos para acessar diversos serviços do governo federal.

O serviço é um projeto piloto e estará disponível até o dia 25 de março (quinta-feira), exclusivamente na declaração online, por meio do serviço Meu Imposto de Renda, quando acessado pelo e-CAC no computador. Para acessar, o contribuinte precisa ter cadastro no gov.br com validação por meio de atendimento presencial no INSS, internet banking, reconhecimento facial no Denatran ou no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e de servidores públicos, além do certificado digital.

O contribuinte poderá parear o celular, pelo aplicativo do gov.br, com o e-CAC para ter a declaração pré-preenchida. Segundo a Receita, é possível recuperar as informações no e-CAC, salvar na nuvem e continuar nos outros meios de preenchimento.

Disponibilizada em 2014 para usuários com certificado digital, a declaração pré-preenchida foi criada para facilitar o preenchimento e entrega da declaração IRPF, evitando erros e omissões.

A novidade neste ano é a ampliação desse acesso. Com acesso pelo gov.br, o programa pré-preenche a declaração do contribuinte com as informações prestadas por terceiros, e por ele mesmo, à Receita Federal.

Também é possível recuperar informações dos dependentes, desde que haja procuração eletrônica. Caso haja algum dado incorreto, o contribuinte pode complementar ou corrigir as informações.​

Prazo de entrega

A entrega da declaração do Imposto de Renda 2021 termina em 30 de abril. Quem não entregar no prazo está sujeito a multa que pode chegar a 20% do imposto devido.

Nesta terça, a receita afirmou que está monitorando a pandemia de Covid-19 para um possível adiamento da entrega, como ocorreu em 2020.

De onde vem as informações?

Das fontes pagadoras por meio da Dirf (Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte), inclusive dados financeiros.
Das pessoas jurídicas do ramo de imóveis por meio da Dimob (Declaração de Informações sobre atividades Imobiliárias).

Das pessoas jurídicas prestadoras de serviços de saúde por meio da Dmed (Declaração de Serviços Médicos); e da própria declaração IRPF do contribuinte, do ano calendário anterior.

É de inteira responsabilidade do contribuinte a verificação da correção de todos os dados preenchidos na declaração, devendo realizar as alterações, inclusões e exclusões das informações necessárias, se for o caso.
*
Veja o passo a passo para usar sua conta no gov.br

Acesse o site http://acesso.gov.br
Clique no botão Crie sua conta Gov br.
Baixe o aplicativo do Portal Gov.br em seu celular e acesse com seu usuário
Em segurança, entre em “Habilitar verificação em duas etapas”
Será solicitada validação facial (bases do Denatran ou do TSE)
Ao finalizar, o duplo fator estará habilitado

Como acessar a pré-preenchida?

1) Acesse o aplicativo gov.br pelo celular e entre com sua conta
2) Na página gov.br/receitafederal procure o Portal e-CAC
3) Escolha “Entrar com gov.br” e informe CPF + Senha
4) Se o duplo fator estiver ativado, será enviado um código de acesso para seu dispositivo móvel
5) Informe o código de acesso
6) No e-CAC procure por Meu Imposto de Renda, e clique na linha “Preencher Declaração online”
7) Inicie com a declaração pré-preenchida

FolhaPress



Ministério da Saúde admite que chegada de vacinas da Índia pode ter novo atraso

Elas fazem parte da remessa de cerca de 5 milhões de vacinas entregues neste fim de semana a estados e municípios

Empresa indiana que fornecerá vacinas Aztrazeneca/Oxford para o Brasil informou que vai atrasar a entrega de uma nova remessa de imunizantes. O governo Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou neste domingo (21) que o cronograma pode sofrer alterações.

O Instituto Serum, da Índia, é responsável pela produção de doses fornecidas ao país. Já havia desde a semana passada informações de que haveria atrasos, conforme publicado pela Folha neste domingo.

O fornecimento será adiado para o Brasil, Arábia Saudita e Marrocos, segundo informação publicada pelo jornal Índia Times. Isso ocorreu por causa de pressões para o fornecimento dos imunizantes para as necessidades da Índia.

Estão previstas 8 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca para serem importadas da Índia pela Fiocruz. Nos últimos meses, o governo alterou ao menos duas vezes a previsão de entrega dessas doses.

A data seria entre abril e julho, com 2 milhões de doses já em abril. Em nota, o Ministério da Saúde já admite que atrasos podem ocorrer.

“É importante esclarecer que o cronograma de entregas de doses, enviado pelos laboratórios fabricantes para o ministério, pode sofrer constantes alterações, de acordo com a produção dos insumos”, diz texto deste domingo.

A Folha mostrou que, embora o ministro Eduardo Pazuello (Saúde) tenha anunciado a contratação de 562 milhões de doses de vacinas contra a Covid para este ano, 37% desse total ainda consta apenas como intenção de compra ou enfrenta outros impasses. Falta, inclusive, aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para que possam ser aplicadas.

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) já entregou o primeiro lote com mais de 1 milhão de doses da vacina AstraZeneca/Oxford produzido no Brasil, com matéria-prima (IFA) importada da China. Elas fazem parte da remessa de cerca de 5 milhões de vacinas entregues neste fim de semana a estados e municípios.