Marcha nacional contra misoginia e combate ao feminicídio são destaques em audiência na AL

A tarde desta quarta-feira (3) foi repleta de reflexões, na Assembleia Legislativa, acerca do combate à violência contras as mulheres no Estado e no País. Os debates aconteceram durante a audiência pública de lançamento da “Marcha Nacional das Mulheres contra a misoginia”, bem como de conclusão da campanha institucional “Feminicídio tem que acabar”, com o tema “Antes de acontecer, o feminicídio dá sinais”.

Participaram do encontro, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, as deputadas da bancada feminina do Legislativo, além de mulheres representantes de outros poderes e entidades públicas e privadas ligadas ao assunto.

Também presente ao debate, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), destacou que a campanha foi idealizada pela Casa, juntamente com a Frente Parlamentar da Mulher. 

“Nós criamos esta campanha junto com as cinco valorosas deputadas, recebendo apoio de todas as diretorias, gabinetes e setores. E se a Assembleia Legislativa do RN conta hoje com uma bancada de cinco mulheres, nos seus 187 anos de existência, é porque o povo do RN entendeu este momento e elegeu a maior bancada feminina da história do Legislativo”, enfatizou.

O presidente destacou que as atuais deputadas estaduais são cinco mulheres dedicadas, que utilizam o seu mandato para representar e defender a mulher de maneira absolutamente intransigente. “E a todas elas, como presidente desta Casa, rendo minhas homenagens e a solidariedade na defesa de todas as bandeiras que elas têm defendido na Assembleia Legislativa. Não é à toa que já estamos implantando a Procuradoria da Mulher no nosso Legislativo potiguar. Por entender que este é o momento, tendo uma chefe de Estado com a sua envergadura e comprometimento, de fazermos a diferença partindo do nosso RN, que já tem na sua história tantas mulheres que marcaram o nosso País. Por exemplo, nós tivemos em 1937 a primeira deputada do Brasil e da América do Sul, Maria do Céu Fernandes”, disse.

Ainda de acordo com Ezequiel Ferreira, o Rio Grande do Norte tem uma história de mulheres valorosas, e hoje não é diferente. 
“Sensíveis ao que estamos vivendo e indo além, lançamos a campanha contra o feminicídio, e hoje estamos fazendo o encerramento com chave de ouro, com a presença de tantas mulheres importantes para o País. E eu deixo a minha palavra hipotecada de que a defesa da mulher será intransigente neste Parlamento. Precisamos entender que basta de violência. São as mulheres que nos dão a vida, porém são elas que muitas vezes são deixadas à margem, sem ter uma vida digna ao lado de seus filhos. Mas o Poder Legislativo está aqui para cumprir o seu papel e tem orgulho da nossa bancada feminina”, concluiu o presidente, agradecendo a presença da ministra e da governadora.

Em seguida, a deputada Divaneide Basílio (PT) externou que a Assembleia Legislativa abraçou a campanha de forma total, tomando para si a responsabilidade institucional. “Muita gratidão, por isso, ao nosso presidente, pelo seu compromisso com as nossas pautas. E hoje estamos muito felizes por receber essa Mesa tão representativa, com Justiça, Ministério Público, Defensoria, secretarias, vereadoras, membros do MST etc. E o que isso significa? A construção coletiva. Significa que estamos nos juntando todos os dias para dizer que não aceitaremos mais aquilo que nos mata, sob nenhuma hipótese”, disse a parlamentar. 

Ainda segundo Divaneide, a campanha institucional de combate ao feminicídio foi um sucesso. “Nós falamos sobre os sinais, através de vídeos e imagens, ocupamos todas as redes, mas é preciso ir na raiz, conversar com todos e fazer publicidade pelo amor e pela vida de todas as mulheres. Precisamos utilizar todos os veículos para dizer ‘Misoginia nunca mais’, celebrando a vida das mulheres todos os dias”, finalizou.

Na sequência, a governadora do Estado do RN, Fátima Bezerra, iniciou falando da sua alegria pelo aumento da bancada feminina da Assembleia Legislativa do RN.
“De fato, isso é histórico. Pela primeira vez o Legislativo tem uma bancada representativa com cinco mulheres. A gente quer mais, sim. Mas isso já é uma conquista muito grande”, disse, acrescentando que cerca de 40% das secretarias do Estado são formadas por mulheres. 

Continuando seu discurso, a governadora destacou a relevância do dia de hoje para o Legislativo, para o governo, para o povo e para as mulheres. “Porque celebramos um novo tempo. Um tempo em que, ao contrário dos anos recentes, temos um governo que não despreza as mulheres nem debocha delas. Muito pelo contrário, temos um governo que respeita suas vidas, tanto que o Ministério das Mulheres voltou. E a presença da ministra Cida Gonçalves simboliza isso. Ela está aqui para mostrar o compromisso do Governo Federal com as parcerias necessárias com os governos estaduais e municipais e os demais poderes, para que avancemos nesta pauta tão urgente, que é a questão do enfrentamento à violência contra as mulheres”, ressaltou.

A governadora falou também dos avanços alcançados na área, apesar das dificuldades existentes, com o apoio do Legislativo e da sua bancada feminina. “As deputadas têm contribuído bastante, independente de questão partidária, com suas diversas proposições legislativas, para que a gente possa avançar nessa direção. O fato é que estamos conseguindo, quando, por exemplo, instalamos a primeira delegacia 24h de atendimento às mulheres. Quando assumimos o governo, em 2019, só havia quatro dessas delegacias. E, em quatro anos, nós instalamos mais sete delegacias de atendimento às mulheres vítimas de violência”, detalhou. 

A governadora continuou citando as ações do órgão em prol da defesa das mulheres no Estado. “Nós também estruturamos a Patrulha Maria da Penha, que praticamente não existia, e hoje está presente em várias regiões do Estado; criamos o Programa Maria da Penha Vai às Escolas, que iremos fortalecer cada vez mais neste mandato; a Delegacia Virtual, que foi uma proposição legislativa muito importante, porque possibilitou às mulheres mais uma forma de buscar proteção. E tudo isso se soma a mais uma ação importante anunciada pela ministra hoje, que é a instalação de duas sedes da ‘Casa da Mulher Brasileira’, uma em Natal e outra em Mossoró. Esse é um sonho pelo qual batalhamos muito, desde 2014, quando eu ainda era deputada federal”, lembrou.   

Finalizando seu pronunciamento, a governadora parabenizou a Assembleia Legislativa, especialmente a bancada feminina, pela campanha institucional contra o feminicídio. “As ações que vocês desenvolveram neste período foram de extrema importância, com um conteúdo muito assertivo, chamando a sociedade para refletir sobre o tema. E a gente sabe onde nasce a violência contra a mulher: é no sistema sociopolítico calcado no patriarcado, no machismo estrutural e na divisão de papeis entre homens e mulheres. Isso tudo fez brotar uma sociedade pautada no preconceito e na violência, levando a perdas irreparáveis por parte das mulheres. Mas o que importa é que nós temos compromisso com essa luta e vamos vencer esse mal que assola a nossa sociedade, fortalecendo cada vez mais as políticas públicas em torno das mulheres”, concluiu Fátima Bezerra. 

Dando continuidade aos discursos das autoridades, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, começou sua fala também parabenizando a campanha institucional de enfrentamento ao feminicídio.
“O feminicídio é uma morte evitável, e campanhas voltadas para sua prevenção passam pela conscientização das mulheres e da sociedade, quanto aos sinais da escalada da violência doméstica e familiar, que pode culminar em morte. O feminicídio é o extremo de um contínuo terror contras as mulheres, que tem por base as desigualdades de gênero, o machismo e a misoginia, objeto de nosso debate hoje”, iniciou.  

Para a ministra, a violência contra as mulheres consiste num fenômeno multifacetado, devendo ser compreendido como violação dos Direitos Humanos. 
“O conceito abarca diferentes formas de expressão, como importunação, ofensiva ao pudor, abusos verbais, além de atos extremos, como o estupro e o feminicídio. A violência é múltipla, ocorre em ambientes diversos, no espaço público e privado. E ela apresenta diferentes expressões, como violência doméstica e familiar, violência sexual em todas as suas expressões, estupro por desconhecido ou coletivo, assédio sexual no trabalho, assédio sexual no transporte público e em espaços públicos, a violência institucional, o tráfico de mulheres, a violência online e cibernética”, citou.

Enriquecendo o debate com dados estatísticos, a ministra Cida Gonçalves informou que, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, ao longo do ano passado, 28% das mulheres relataram ter sido vítimas de algum tipo de violência ou agressão. 

“Ou seja, cerca de 18,6 milhões de mulheres de 16 anos ou mais. Ademais, de acordo com o IPEA, o Brasil tem cerca de 822 mil casos de estupro por ano (dois por minuto). Desses crimes, apenas 8,5% são registrados pela polícia e 4,2% pelo sistema de Saúde. Também em 2022, 1410 mulheres foram vítimas de feminicídio no País. Diante dessa magnitude dos números e do impacto causado na vida das vítimas, o nosso ministério tem como uma de suas prioridades o enfrentamento da violência contra as mulheres, em todas as suas manifestações”, complementou.

Nesse sentido, ainda de acordo com a ministra, o Ministério das Mulheres publicou, no 8 de março, o Decreto 11.431, que reinstituiu o programa “Mulher, Viver sem Violência”, tendo como eixo a reestruturação da Central de Atendimento 180 no Brasil.

“Além das ações já citadas, visando ao enfrentamento do assédio no mundo do trabalho, foi encaminhada, ao Congresso Nacional, a Mensagem Presidencial pela ratificação da Convenção nº 190, da Organização Internacional do Trabalho. Além disso, também foi publicado o Decreto 11.430, que regula a Nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos, garantindo cota de 8% das vagas para as mulheres vítimas de violência doméstica, nos contratos com a Administração Pública Federal, além da implementação de ações de equidade entre homens e mulheres no ambiente de trabalho”, descreveu.

Trazendo mais índices estatísticos para o debate, a ministra Cida Gonçalves disse que “em 2023, uma mulher foi vítima de feminicídio a cada 6 horas”. 
“E é bom lembrar que, em 2022, esse dado era a cada 7 horas. Então nós estamos perdendo, em um ano, mais mulheres a cada hora. Daí a importância de campanhas como a promovida pela Assembleia legislativa do RN”, destacou.

Ainda de acordo com a ministra das Mulheres, o Rio Grande do Norte apresenta uma das menores taxas de assassinatos de mulheres, com índice de 3,3 assassinatos a cada 100 mil mulheres. 

“Por tudo que foi dito aqui, nós não podemos aceitar que nos matem, que nos silenciem, que nos calem e que nos subjuguem. Esse é o desafio de enfrentarmos a misoginia. Por isso, o Ministério está aqui solicitando a todas as mulheres, à Assembleia Legislativa e ao Estado que se juntem a nós na ‘Marcha contra a Misoginia’, falando com todas as pessoas, nas escolas, nas ruas, nas esquinas”, concluiu a ministra Cida Gonçalves.

A deputada Isolda Dantas (PT) também se pronunciou a respeito do tema, dizendo que “a violência é a expressão mais dura do machismo”. “Ela acontece quando o machismo se expressa em sua forma mais covarde e perversa. E é muito comum a sociedade chorar por uma mulher que morre. Mas é importante chamar a atenção para o fato de que aquela mulher morre porque nós temos salários desiguais, porque sofremos racismo, porque temos piores condições de trabalho, porque os homens estão roubando nossas ideias. E em qualquer lugar que eu esteja, eu denuncio o roubo de ideias das mulheres”, criticou.

A respeito da campanha institucional da Assembleia Legislativa e da Marcha da Misoginia, a parlamentar frisou a relevância de ambas as iniciativas para a sociedade brasileira como um todo.

“Eu acho que o ministério acertou em cheio, porque a misoginia acontece todos os dias, inclusive aqui neste Plenário. Então, nós não precisamos ir para longe. Nós estamos falando do cotidiano, e é ele que nós queremos transformar”, finalizou Isolda.

A promotora de Justiça em defesa da mulher, Erica Canuto, representante do Ministério Público, relatou o dia a dia de atendimentos a mulheres vítimas de violência doméstica.

“Como promotora de defesa das mulheres, quando a gente as atende, a gente escuta ‘eu já não aguento mais’. Então quando ela chega lá, ela diz que está cansada e não sabe mais o que fazer. E outras dizem ‘se eu pudesse, eu sairia da situação’. Com isso, a gente vê como o feminicídio é contínuo. E nós não temos bola de cristal para saber o homem que vai matar e o que não vai. Os riscos às vezes são subestimados pela mulher. Por isso é tão necessário falar de políticas públicas, de capacitação de equipes, fortalecer o serviço da rede e principalmente envolver a população como um todo”, ressaltou, frisando que “cumpre a todos nós, enquanto sociedade, lutar contra a misoginia”.

Representando a sociedade civil e o Conselho Estadual de Direitos das Mulheres (CEDIM), Joana D’arc Lopes, enfatizou que a participação popular é um mecanismo essencial na elaboração e fiscalização das políticas públicas.

“E o protagonismo feminino possibilita ações que modifiquem as relações de desigualdade pautadas nas nossas diferenças anatômicas. No RN, o CEDIM garante este protagonismo e a participação de forma paritária das mulheres em sua composição. Em todo o Estado temos o grande desafio de alcançar a devida atenção, por parte dos governantes, para os programas de ações de combate à discriminação contra as mulheres. Muitas vezes, infelizmente, há um total descaso. Mas, atualmente, nós temos o privilégio de ter a atenção da governadora Fátima em prol das nossas pautas”, afirmou. 

Ao final da audiência pública, a deputada Divaneide Basílio destacou o empenho da diretora de Comunicação Institucional da Assembleia Legislativa, a jornalista Marília Rocha, que esteve à frente da formulação e execução da referida campanha contra o feminicídio. 

Esta não é a primeira vez que a Assembleia Legislativa do RN se engaja no combate à violência contra as mulheres. 

No ano de 2020, durante a pandemia e com os números da violência crescendo exponencialmente, o Legislativo Potiguar também realizou campanha institucional acerca do assunto. 

Na oportunidade, a Casa Legislativa lançou, de forma pioneira e em plataformas digitais, a campanha “Violência Doméstica: precisamos dar um basta nisso”, promovendo ampla discussão em torno do tema, num período em que os índices desse crime registravam alta de mais de 258% no Rio Grande do Norte.

Para além de incluir o debate dentro das residências potiguares, a campanha estimulou uma produção recorde sobre o assunto na Assembleia Legislativa. Isso porque foram apresentadas, à época, mais de 50 iniciativas parlamentares, entre projetos de lei, requerimentos e reuniões virtuais.



Luiz Eduardo questiona Idema por não prestar informações solicitadas

Em pronunciamento na manhã desta quarta-feira (3), na sessão plenária da Assembleia Legislativa, o deputado Luiz Eduardo (SDD) questionou a não prestação de informações que solicitou ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte – Idema, relativos às atividades de monitoramento ambiental da Área de Proteção Ambiental (APA) dos Recifes de Corais, em Maracajaú.

“Encaminhamos pedido de informações ao órgão no último dia 16 de março e até a presente data não tivemos respostas. Solicitamos o envio do relatório completo e seus anexos sobre o monitoramento ambiental da APA de Maracajaú para o período de julho de 2022 a fevereiro deste ano, mas até agora, nada nos chegou”, disse ele.

Na ocasião, o parlamentar comunicou a decisão de acionar a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa para que esta “convoque sessão extraordinária com a finalidade de convocar o diretor do órgão ambiental sob pena da ocorrência de crime de responsabilidade”, alertou Luiz Eduardo.



Relator retira projeto das fake news da pauta “Não tivemos tempo útil para examinar todas as sugestões”

Após o início da Ordem do Dia da sessão deliberativa, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), relator do PL das fake news (PL 2630/20), pediu a retirada de pauta do projeto a fim de consolidar novas sugestões de deputados ao texto.

“Não tivemos tempo útil para examinar todas as sugestões, por isso gostaria de fazer um apelo para, consultados os líderes, pudéssemos retirar da pauta de hoje a proposta e pudéssemos consolidar a incorporação de todas as sugestões que foram feitas para ter uma posição que unifique o Plenário da Câmara dos Deputados num movimento de combater a desinformação e garantir a liberdade de expressão”, disse Orlando Silva.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, chamou os líderes ao Plenário para uma consulta sobre o tema. Ele destacou que tem prerrogativa para decidir sobre o assunto, mas vai ouvir os líderes. “Estou sendo justo com o País, não com radicalismo”, disse.

Silva afirmou que se reuniu com vários líderes partidários e recebeu pedidos de alteração. No Plenário, a proposta já recebeu mais de 60 emendas. Ele afirmou que é preciso decidir ainda sobre um mecanismo de fiscalização da lei.

Agência Câmara de Notícias



Ezequiel pleiteia ações em segurança, saúde, limpeza e infraestrutura para o Seridó

A região do Seridó potiguar foi contemplada por uma série de requerimentos apresentados pelo mandato do presidente da Assembleia Legislativa do RN, deputado estadual Ezequiel Ferreira (PSDB). As solicitações enviadas a órgãos do governo estadual englobam áreas como segurança pública, saúde, limpeza e infraestrutura.

Na área de infraestrutura o parlamentar requereu do Departamento de Estradas e Rodagens (DER) a recuperação asfáltica da RN-088, que liga os municípios de Jardim do Seridó à Parelhas.

O presidente da ALRN também solicitou o aumento do efetivo policial e melhores condições de trabalho para os policiais militares que atuam nas cidades de Acari e Parelhas, acrescentando para este último município a disponibilidade de um veículo modelo ambulância. Ainda para a cidade de Acari, Ezequiel pediu a destinação de um trator e um caminhão coletor de lixo.

O parlamentar apresentou ainda requerimentos que sugerem à Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) um estudo de viabilidade para a execução do saneamento básico das ruas dos municípios de Parelhas, Florânia e Acari. No caso deste último município, a solicitação se refere ao bairro Cardeal Eugênio Sales de Araújo e também inclui o calçamento das ruas.

Na área de abastecimento, o deputado Ezequiel Ferreira também requereu à Caern um estudo de viabilidade técnica para a extensão da rede de distribuição de água para áreas de expansão urbana. Trata-se de uma demanda importante, uma vez que essas áreas de crescimento – incluindo o projeto do Centro Empresarial, na RN-288, saída para o município de Cruzeta – encontram-se desassistidos de abastecimento regular pela companhia.



Carlos Eduardo se reúne com presidente do Avante no Rio Grande do Norte

O ex-prefeito e atual pré-candidato às Eleições 2024, em Natal, Carlos Eduardo (PDT), se reuniu nesta sexta-feira, dia 28 de abril, com o presidente do AVANTE no Rio Grande do Norte, o empresário Jorge do Rosário, em busca de alianças para o pleito do próximo ano. A pauta da reunião foi o fortalecimento do AVANTE nos municípios do Estado; além da formação de uma nominata para a Eleição de Prefeito e Vereador em 2024.

De acordo com Jorge do Rosário, foi “uma conversa inicial sobre a sucessão municipal de 2024 com a presença de alguns nomes que farão parte de uma nominata”. Dentre os participantes da reunião na capital estava um grupo de pré-candidatos e lideranças, liderado pelo ex-vereador e presidente do diretório municipal do AVANTE Natal, Júlio Protásio, a vice-prefeita de Natal, Aíla Cortez Pereira, Franklin Robson, Diogo Alves, Décio Santiago, Hudson Carvalho, Dr. Joanilson de Paula Rego, Araken Farias, entre outros.



Carlos Eduardo se reúne com presidente do Avante no Rio Grande do Norte

O ex-prefeito e atual pré-candidato às Eleições 2024, em Natal, Carlos Eduardo (PDT), se reuniu nesta sexta-feira, dia 28 de abril, com o presidente do AVANTE no Rio Grande do Norte, o empresário Jorge do Rosário, em busca de alianças para o pleito do próximo ano. A pauta da reunião foi o fortalecimento do AVANTE nos municípios do Estado; além da formação de uma nominata para a Eleição de Prefeito e Vereador em 2024.

De acordo com Jorge do Rosário, foi “uma conversa inicial sobre a sucessão municipal de 2024 com a presença de alguns nomes que farão parte de uma nominata”. Dentre os participantes da reunião na capital estava um grupo de pré-candidatos e lideranças, liderado pelo ex-vereador e presidente do diretório municipal do AVANTE Natal, Júlio Protásio, a vice-prefeita de Natal, Aíla Cortez Pereira, Franklin Robson, Diogo Alves, Décio Santiago, Hudson Carvalho, Dr. Joanilson de Paula Rego, Araken Farias, entre outros.



Vereador Marcos Xavier será julgado no próximo dia 9 no TSE

O julgamento do vereador Marcos Xavier no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) será no próximo dia 9 de maio. Será julgado o recurso do Diretoria Municipal do PT, interessado no caso, após vitória de Xavier em 2ª instância.

A informação foi dada inicialmente pelo blogueiro Vlaudey Liberato e confirmada pelo Blog de Ismael Medeiros em consulta pública.

O que está sendo apreciado é uma denúncia de que Marcos Xavier teria fraudado a cota de gênero do seu partido (e se beneficiado disso). Ele tinha sido condenado em primeira instância e absolvido em segunda instância.

Interessado no caso, o PT pode se beneficiar caso ele seja condenado no TSE. Com isso, assumiria a cadeira Rayssa Aline, suplente da casa legislativa.



Ezequiel reúne prefeitos e Caern para debater ações nos municípios

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), reuniu nesta quinta-feira (27) um grupo de prefeitos do Estado para tratar diretamente com o presidente da Caern, Roberto Linhares, de investimentos em seus respectivos municípios. Os gestores apresentaram uma série de demandas em relação a abastecimento, saneamento básico e melhorias diversas na infraestrutura hídrica.

“O nosso objetivo com esse encontro foi permitir que os gestores pudessem apresentar as necessidades de cada cidade, que são ações pontuais e possíveis de serem atendidas pela Caern. São problemas, por exemplo, de municípios que estão em franca expansão e a preocupação com a possível falta de água tem sido muito grande. Então essas questões foram apresentadas e nós agradecemos a sensibilidade da diretoria da Caern que deixou muito claro o que pode ser feito em cada situação”, disse Ezequiel. O parlamentar enviou requerimentos endereçados à Caern com todas as solicitações apresentadas.

Segundo Roberto Linhares, da Caern, “a iniciativa da presidência da Assembleia Legislativa foi muito importante ao permitir que a Companhia pudesse tomar conhecimento de determinados problemas”. Ainda de acordo com o diretor presidente do órgão, “água é vida e esgoto é saúde, e a população precisa desses serviços”. 

Entre os prefeitos presentes, esteve o presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), Luciano Santos – que também é chefe do Executivo de Lagoa Nova. Ele revelou que é comum a população pressionar seus representantes locais por mais investimentos na distribuição de água. “Importante agradecer a este momento que foi dado aos prefeitos pelo presidente Ezequiel Ferreira e pela ALRN, uma oportunidade para que os gestores pudessem apresentar as suas demandas e que, com certeza, terá desdobramentos a favor da população”, disse.

Pela Assembleia Legislativa, também participaram o diretor de relações institucionais da Casa, Rodrigo Rafael, e o diretor geral da Presidência, Fernando Rezende.



Violência nas escolas, turismo e problemas ocasionados pela chuva são debatidos na ALRN

Durante sessão ordinária desta quarta-feira (26), na Assembleia Legislativa, os líderes partidários debateram temas como a violência nas escolas, a interiorização do turismo e os problemas ocasionados pela chuva, principalmente no interior do Estado. Em sua fala Ubaldo Fernandes (PSDB) convocou os deputados e toda sociedade civil organizada para uma audiência pública que irá debater a violência nas escolas do Brasil.

O deputado Francisco do PT que convidou a população para sessão solene, que será realizada nesta quarta-feira (26), em comemoração ao dia Estadual do Georparque Seridó, que celebra um ano do reconhecimento pela Unesco. “Vamos homenagear pessoas que contribuíram para que esse geoparque se tornasse o que ele é hoje, fortalecendo, principalmente a interiorização do turismo. Tenho a alegria de ter participado de todo o processo e de ter sido o deputado que apresentou proposição transformando o dia 13 de abril no dia internacional do Geoparque Seridó”, disse.

Já o deputado Neilton Diógenes (PL) comentou sobre as visitas que fez aos municípios do interior no final de semana. Falou da prosperidade que a chuva traz, das sangrias dos açudes, mas lembrou da precarização das estradas e das dificuldades vividas pelas comunidades ribeirinhas. “São problemas que precisam ser discutidos. Acompanhado do prefeito Salomão, estamos buscando a instalação de pontes metálicas que traz mais eficiência, custo benefício”, disse.

Em contraponto para o deputado Luiz Eduardo (SDD) o grande problema são as promessas que não estão sendo cumpridas. “O que temos é um Governo que retem consignados dos servidores públicos. Falta informação oficial dos órgãos públicos. Anunciaram R$ 62 milhões para recuperação das estradas, mas na verdade é uma operação tapa buracos. Mais uma mentira tentando ludibriar a sociedade”, lamentou. 

O parlamentar defendeu mais uma vez o setor do turismo. “Temos que falar do turismo com seriedade, respeitando a importância do setor que representa 8% do PIB do RN, a geração de mais de 100 mil empregos. É preciso falar de turismo com a mesma seriedade que se fala de segurança, de educação e de saúde, com seriedade e não com politicagem”, finalizou.



Joe Biden confirma que vai concorrer à reeleição nos EUA em 2024

Foto: Reprodução

Há três anos, enquanto concorria à eleição presidencial contra Donald Trump, o democrata Joe Biden disse em comício na Califórnia que seria uma “ponte” para uma nova geração de líderes. Essa ponte é mais longa do que se esperava.

Após meses de especulação, Biden lançou de maneira discreta nesta terça-feira (25) sua campanha pela reeleição à Casa Branca em 2024 com um vídeo em redes sociais. Supersticiosa, a data marca três anos do início de sua última campanha, vitoriosa, à Presidência.

Aos 80 anos, o presidente mais velho da história dos EUA, caso reeleito para o cargo, deixaria o posto com 86 anos. A depender dos arranjos do Partido Republicano, Biden pode repetir o cenário da eleição de 2020 com o ex-presidente Donald Trump como seu adversário.

Se o adversário for mesmo Trump, será uma boa notícia para Biden, que busca, mais do que o voto democrata, o eleitor anti-Trump, como deixou claro no vídeo em que lançou a candidatura, que mostra a invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021 por apoiadores do ex-presidente contra o resultado da eleição.

“Ao redor do país, extremistas do Maga [“Make America Great Again”, lema de Trump que virou nome de seu movimento político] estão se aliando para tomar suas liberdades fundamentais cortando a seguridade social pela qual você pagou por toda a sua vida, enquanto cortam impostos para os muito ricos, ditando as decisões de saúde que as mulheres podem tomar, proibindo livros e dizendo às pessoas quem eles podem amar. Tudo enquanto tornam mais difícil que você vote.” Ele repetiu ainda que é “uma batalha pela alma da América”.

Sua vice, Kamala Harris, também comporá a chapa de reeleição.

Será preciso convencer bem os eleitores. Pesquisa do canal NBC divulgada no domingo (24) apontou que 70% dos eleitores não querem que Biden concorra —para 48% deles, a idade avançada é o principal problema. Por outro lado, 60% dos eleitores também não querem Trump.

Politicamente, Biden tem o que mostrar. Conseguiu aprovar, ainda que com alguns percalços, projeto ambicioso com bilhões de dólares para infraestrutura, o Build Back Better, anunciado como uma espécie de novo “New Deal”, pacote de reconstrução pós Crise de 1929.

No ano passado, aprovou outro pacote bilionário para incentivo a energia limpa e combate a mudanças climáticas. Também tem na sua conta uma das melhores performances nas eleições de meio de mandato de democratas em décadas, após conseguir manter o Senado e evitar uma perda maior na Câmara no pleito legislativo do ano passado.

Por outro lado, vai ser bombardeado pelo estado da economia do país, após a inflação atingir recorde de 9,1% no ano passado e em meio a temores de recessão. E a aposta que fez na Guerra da Ucrânia, com mais de US$ 113 bilhões aprovados pelo Congresso em ajuda a Kiev no ano passado enquanto cai o apoio da população à participação americana no conflito, pode cobrar seu preço.

Biden tem hoje 40% de aprovação, segundo o instituto de pesquisas de opinião Gallup. Na mesma altura de seu mandato, a aprovação de Donald Trump também estava na casa dos 40%.

Para Thomas Whalen, professor da Universidade de Boston, o principal ativo de Biden para convencer os eleitores é ter trazido a Casa Branca “à uma normalidade e racionalidade que não se viu no governo Trump, especialmente nos últimos dias, com a convocação de manifestantes para tentar reverter o resultado da eleição”. “Acho que isso já é um ótimo argumento para a população.”

Para ele, a idade não é um problema. Ronald Reagan foi criticado ao concorrer com quase 70 anos, e Dwight Eisenhower sofreu ataques do coração e um derrame enquanto estava no cargo e ainda foi reeleito.

Apesar disso, e ainda que a Casa Branca defenda que ele tem plenas condições de saúde, é natural que Biden não tenha mais a agilidade de outrora e, às vezes, precisa de ajuda para se locomover e se perde na leitura de discursos.

Whalen afirma que existem outros nomes jovens entre democratas que poderiam ser competitivos para a Casa Branca, como a governadora de Michigan, Gretchen Whitmer, mas que seria ruim para o partido uma competição fratricida nas primárias, que só enfraqueceria Biden.

“Biden é moderado, fala com a classe trabalhadora, pode atrair eleitores independentes. Se algo não está quebrado, não é preciso consertar”, diz o especialista.

O argumento da idade também perde força se o adversário de Biden nas urnas for Donald Trump, que em junho completa 77 anos.

Não deixará de ter um componente irônico, porém. Biden, que está há quase quatro décadas no Senado, usou a juventude a seu favor na primeira vez que foi eleito, em 1972, aos 29 anos, para se contrapor à idade do adversário, então franco favorito na disputa, que tinha 63 anos. “Ele perdeu o brilho nos olhos que costumava ter”, disse o jovem candidato na ocasião.

Até aqui, Biden só tem dois adversários declarados na própria legenda, nenhum deles perto de ser competitivo.

Na última semana, Robert F. Kennedy Jr, sobrinho do ex-presidente John Kennedy e mais conhecido por espalhar teorias conspiratórias questionando a eficácia da vacina contra a Covid-19, afirmou que iria concorrer —ele não tem apoio da família Kennedy, que tem um membro no governo Biden, Joe Kennedy 3º.

A outra é a escritora de auto-ajuda Marianne Williamson, que chegou a participar de algumas primárias na eleição de 2020.

Nomes outrora competitivos já não figuram nas bolsas de apostas de agora, como o do senador Bernie Sanders, 81, ainda mais velho que Biden. O atual secretário de Transportes, Pete Buttigieg, que também disputou as primárias em 2020, tem sido criticado por sua atuação no cargo, especialmente após o acidente de trem em Ohio que carregava carga química no começo de fevereiro.

Kamala Harris, antes vista como possível sucessora de Biden, não deslanchou no cargo de vice-presidente e tem hoje cerca de 40% de aprovação, contra 55% no começo do mandato, segundo agregador de pesquisas do site FiveThirtyEight.

Todos esses pontos, porém, poderiam ser superados com a máquina do Partido Democrata por trás, mas é improvável que eles concorram à Presidência com Biden no páreo.

As primárias que decidirão o candidato democrata começam em fevereiro de 2024, na Carolina do Sul. A convenção democrata que confirmará a escolha do partido deve ocorrer em agosto do ano que vem.

Do lado republicano, além de Trump, o nome mais competitivo é o do popular governador da Flórida, Ron DeSantis, que ainda não anunciou formalmente que vai concorrer, embora esteja em pré-campanha pelo país e pelo mundo, com direito a visita ao Japão, Israel, Coreia do Sul e Reino Unido, alguns dos principais aliados dos EUA.

DeSantis é visto como uma espécie de Trump jovem, com a mesma disposição para empenhar as pautas conservadoras de comportamento, mas sem os problemas do ex-presidente na Justiça.
Trump é réu em caso criminal e pode disputar as eleições do ano que vem enquanto se defende nos tribunais do caso da compra de silêncio de uma atriz pornô com recursos supostamente de campanha.

Ele também pode se tornar réu pela tentativa de reverter o resultado da eleição de 2020 na Geórgia, pela mobilização de apoiadores para invadir o Congresso em 6 de janeiro de 2021 e por manter irregularmente documentos secretos em sua casa na Flórida após deixar a Presidência.

THIAGO AMÂNCIO – FOLHAPRESS