O Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, oferece, atualmente, 18 vacinas para crianças e adolescentes, incluindo a cobertura de diversas doenças como sarampo, febre amarela, rubéola, caxumba, hepatites A e B
A campanha Nacional de Multivacinação segue até o dia 30 de outubro para atualizar as vacinas. A meta é imunizar 11 milhões de crianças de um ano a menor de cinco anos de idade contra a poliomielite, além de atualizar a caderneta dos menores de 15 anos em todo o país, até o fim da campanha.
Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, o Movimento Vacina Brasil procura ampliar as coberturas vacinais, resgatar o sentimento de segurança dos pais e responsáveis em relação aos filhos e acabar com as fake news em relação a vacinação.
O Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, oferece, atualmente, 18 vacinas para crianças e adolescentes, incluindo a cobertura de diversas doenças como sarampo, febre amarela, rubéola, caxumba, hepatites A e B.
A comprovação de vida deverá ser emitida pelas representações consulares ou diplomáticas brasileiras no exterior
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) publicou no Diário Oficial de hoje (19) portaria com instruções para comprovação de vida pelos beneficiários que residem no exterior.
Segundo a portaria, os beneficiários do INSS que moram no exterior deverão realizar, anualmente, a comprovação de vida, independentemente da forma de recebimento do benefício. Se a comprovação não for feita a cada 12 meses, haverá bloqueio do crédito, suspensão ou cessação do benefício. A comprovação de vida deverá ser emitida pelas representações consulares ou diplomáticas brasileiras no exterior.
Para residentes em países signatários da Convenção sobre a Eliminação da Exigência de Legalização de Documentos Públicos Estrangeiros, a comprovação de vida pode ser feita com a utilização do formulário de Atestado de Vida para comprovação perante o INSS, constante da página no INSS na internet, assinado na presença de um notário público local e apostilado pelos órgãos designados em cada país.
Além da doença, o remédio é indicado para outras enfermidades autoimunes
A Associação das Pessoas Acometidas com lúpus (Apales) entrou com ação judicial contra o Estado do Rio Grande do Norte para que os pacientes diagnosticados com a doença possam receber o medicamento de hidroxicloroquina.
Além da doença, o remédio é indicado para outras enfermidades autoimunes e, na falta dele, a vida dos pacientes correm riscos de piorar o quadro e até ir a óbito. Segundo a presidente da entidade, Jakeline Dionísio, três pessoas morreram e uma ficou cega no estado nesse período em que o medicamento está em falta.
O remédio deveria ser fornecido pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) por meio da Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat), mas segundo o advogado da Apales, Renato Dumaresq, isso não vem acontecendo. “Mesmo com a concessão da ordem judicial para que forneça o medicamento, o estado não fornece. Foram mais sete despachos ordenando, além da ordem judicial, para que o secretário de saúde fornecesse a medicação e até hoje a gente está aguardando”, disse ele.
Maria, paciente com lúpus, disse em reportagem da TV Tropical, que ficou sem medicação por dois meses, as plaquetas foram a 9 mil e ela teve que ser internada. “A gente não está reivindicando o que é deles, a gente tá reivindicando o que é nosso por direito”, desabafou.
Em caso de descumprimento da ordem judicial o advogado disse que irá recorrer em segunda instância. “A gente vai ter que apelar ao Tribunal, para que, em um segundo grau, em segunda instância, a gente tenha uma ordem de um desembargador.”
As dificuldades aumentaram com a pandemia, segundo Jakeline, “depois da pandemia o remédio triplicou o valor e a gente não encontrava em farmácia alguma. Muitos pacientes sofreram, assim, prejuízos imensuráveis em sua saúde, teve até uma das meninas que ficou cega devido a falta de medicação”.
Em nota, a Unicat respondeu à produção da TV Tropical e disse que está “Tramitando o processo de aquisição do medicamento de hidroxicloroquina para o tratamento do lúpus e outras doenças autoimunes e não para pessoas com suspeita ou confirmadas com a covid-19”.
Neste momento, devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o Sine-RN está com atendimento presencial realizado mediante agendamento
O Sine tem 116 vagas de empregos, nesta segunda-feira (19), para Natal e Região Metropolitana. Para concorrer as vagas, o(a) candidato(a) deve se cadastrar via internet no Portal Emprega Brasil do Ministério do Trabalho e Emprego, através do endereço empregabrasil.mte.gov.br ou nos aplicativos Sine Fácil e Carteira de Trabalho Digital, disponíveis para Android e IOS.
Neste momento, devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o Sine-RN está com atendimento presencial realizado mediante agendamento. Em Natal, os telefones para agendamento da unidade matriz, em Candelária, são: (84) 3190-0783, 3190-0788, 98106-6367 e 98107-4226. Os agendamentos e atendimentos acontecem de segunda a sexta-feira, das 8h às 13h.
A Clínica CEOM atende as regiões do Seridó e Trairi
Um dia de luz na luta contra o câncer de mama. Foi dessa forma que a Clínica CEOM celebrou duplamente, ao comemorar os seus dez anos de atividades e o aniversário de 130 anos de emancipação política de Currais Novos. Com a iluminação especial, abraçou a campanha Outubro Rosa, de conscientização sobre o câncer de mama.
Durante três dias – quinta-feira, sexta-feira e sábado passados – a Clínica CEOM iluminou os prédios públicos de Currais Novos, além das suas duas unidades, chamando a atenção para o mês onde se reforça a prevenção ao câncer de mama. A sua segunda unidade, o Centro de Especialidades Odonto Médica, já em funcionamento e foi inaugurada há uma semana, na Avenida Teotônio Freire.
A Clínica CEOM atende as regiões do Seridó e Trairi e foi um sonho da família Azevedo Batista, concretizado com a união dos profissionais Dra. Roseanne Christine (Ginecologista/Obstetra), Dr. Rinaldo Régis Batista (Ultrassografista/Clínica Médica) e da Dra. Maria de Fátima Azevedo Batista (Cirurgiã-dentista/Endodontia).
A CEOM unidade II oferece citologia oncótica de colo uterino, colposcopia, ultrassonografia l, eletrocardiograma, teste ergométrico (teste da esteira), saúde mental com psicólogos, psicanalista, psiquiatra, além de endocrinologia. Em breve também disponibilizará serviços de ortopedia com sala para gesso, radiografia e densitometria óssea.
Sua primeira unidade, localizada na Rua Cipriano Pinheiro Galvão, está equipada com um Centro Cirúrgico para cirurgias de médio e pequeno porte, funcionando como hospital-dia.
Confira mais locais de Currais Novos que receberam a iluminação da campanha:
A concentração foi no Sítio Maribondo. Desde as 8h, cavaleiros chegaram ao local
Uma das maiores movimentações do período eleitoral em Carnaúba dos Dantas aconteceu neste domingo (18). A “Cavalgada 15”, do prefeito Gilson Dantas (MDB) e seu vice Luis Eduardo (MDB) levou uma grande parte da população às ruas.
A concentração foi no Sítio Maribondo. Desde as 8h, cavaleiros chegaram ao local. Mas em pouco tempo a cavalgada teve a adesão de carros, motos e de pessoas acompanhando a pé, demonstrando seu apoio a Gilson e Luis Eduardo e tomando as ruas da cidade.
Em relação ao homem do campo, uma das principais metas para os próximos quatro anos, de acordo com o prefeito Gilson, “é estreitar, ainda mais, a relação da Secretaria de Agricultura, Meio Ambiente e Pesca junto a Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Carnaúba dos Dantas e o Conselho do Desenvolvimento Rural do município visando o fortalecimento da nossa agricultura”, afirmou. Ressaltando que o foco mais específico é “lutar cada vez mais pelo incentivo ao produtor rural e principalmente a agricultura familiar, além de outros programas que favorecem o homem de campo”.
Ao lado do deputado Tomba Farias, responsável pela construção da santa mais alta do Brasil, e da ex-prefeita Fernanda Costa, Henrique desfilou em carro aberto
O ex-deputado Henrique Alves, que quanto deputado e ministro do Turismo, trabalhou para o santuário de Santa Rita de Cássia ter um teleférico, foi cedo, neste domingo (18), ao município de Santa Cruz para ‘fazer a entrega’.
Ao lado do deputado Tomba Farias, responsável pela construção da santa mais alta do Brasil, e da ex-prefeita Fernanda Costa, Henrique desfilou em carro aberto, numa carreata que contou com as carretas que transportaram os equipamentos (bondinhos, trilhos, maquinário) que pesam um total de 78 toneladas.
Todo o maquinário foi embarcado da Suíça, onde foi adquirido, para o Brasil, e desembarcado em Salvador. O carregamento foi colocado em carretas que levaram 48 horas para chegarem a Santa Cruz. A aquisição do teleférico envolveu uma licitação internacional e um investimento no valor de cerca de R$ 14 milhões de reais. Após iniciado o processo de montagem, a previsão é de que os bondinhos entrem em operação até final de 2021.
expectatica é que a cidade se destaque como destino turístico do Brasil
A cidade de Santa Cruz aguarda a chegada dos bondinhos e demais equipamentos do Teleférico que chegam neste domingo (18), após um longo processo, que envolveu uma complexa licitação internacional.
Uma recepção será feita liderada pelo idealizador do projeto, o deputado Tomba Farias, contando com a presença do ex-deputado Henrique Alves e do ex-senador José Agripino, lideranças essenciais para liberação de recursos que viabilizaram a obra, além de Dra. Fernanda, que abraçou o projeto em sua gestão.
A programação será desenvolvida pela manhã, com participação das autoridades na missa às 7h, com as carretas com os equipamentos em frente a Matriz de Santa Rita de Cássia.
Em seguida, Pe. Vicente Fernandes, pároco de Santa Rita de Cássia dará a benção nos equipamentos, que sairão em carreata pelas ruas da cidade, aberta a participação popular.
A chegada dos bondinhos e demais equipamentos do Teleférico é o passo decisivo para conclusão da obra. A expectatica é que a cidade se destaque como destino turístico do Brasil.
A pesquisa fornece evidências adicionais de que o tipo sanguíneo (também conhecido como grupo sanguíneo) pode desempenhar um papel na suscetibilidade de uma pessoa à infecção e na chance de ter um surto grave da doença
Pessoas com tipo sanguíneo O podem ser menos vulneráveis à infecção pela Covid-19 e têm uma probabilidade reduzida de adoecer gravemente, de acordo com dois estudos publicados nesta quarta-feira (14). Especialistas dizem que mais pesquisas são necessárias.
A pesquisa fornece evidências adicionais de que o tipo sanguíneo (também conhecido como grupo sanguíneo) pode desempenhar um papel na suscetibilidade de uma pessoa à infecção e na chance de ter um surto grave da doença. As razões para esta ligação não são claras e mais pesquisas são necessárias para dizer quais implicações, se houver, tem para os pacientes.
Estudos adicionam evidências crescentes
Um estudo dinamarquês descobriu que entre 473.654 pessoas que foram testadas para Covid-19, apenas 38,4% com sangue tipo O tiveram resultado positivo — embora, entre um grupo de 2,2 milhões de pessoas que não foram testadas, esse tipo de sangue representasse 41,7% de a população.
Em outro estudo, pesquisadores no Canadá descobriram que entre 95 pacientes gravemente infectados pela Covid-19, uma proporção maior com sangue tipo A ou AB — 84% – necessitou de ventilação mecânica em comparação com pacientes com grupo sanguíneo O ou B, que era 61%.
O estudo canadense também descobriu que aqueles com sangue do tipo A ou AB tiveram uma permanência mais longa na unidade de terapia intensiva, uma média de 13,5 dias, em comparação com aqueles do grupo sanguíneo O ou B, que tiveram uma média de nove dias.
“Como clínico… está no fundo da minha mente quando olho para os pacientes e os estratifico. Mas, em termos de um marcador definitivo, precisamos de descobertas repetidas em muitas jurisdições que mostrem a mesma coisa”, disse o Dr. Mypinder Sekhon, médico intensivista do Vancouver General Hospital e autor do estudo canadense.
“Não acho que isso substitua outros fatores de risco de gravidade, como idade e comorbidades e assim por diante”, acrescentou Sekhon, que também é professor assistente clínico na Divisão de Medicina Intensiva e Departamento de Medicina da Universidade Britânica Columbia.
“Se você for do grupo sanguíneo A, não precisa entrar em pânico. E se for do grupo sanguíneo O, você não está livre para ir a pubs e bares.”
Não precisa se preocupar
Os humanos se enquandram em um dos quatro grupos sanguíneos: A, B, AB ou O. Nos Estados Unidos, os grupos sanguíneos mais comuns são O e A.
Faz pouca diferença para a vida diária da maioria das pessoas, a menos que você precise de uma transfusão de sangue. Nem as pessoas devem se preocupar indevidamente com a ligação entre o tipo de sangue e a Covid-19, disse o Dr. Torben Barington, o autor sênior do artigo dinamarquês e professor clínico no Odense University Hospital e na University of Southern Denmark.
“Não sabemos se isso é algum tipo de proteção do grupo O, ou se é algum tipo de vulnerabilidade nos outros grupos sanguíneos”, disse ele.
“Acho que isso tem interesse científico e, quando descobrirmos qual é o mecanismo, talvez possamos usá-lo de forma proativa de alguma forma em relação ao tratamento.”
No estudo dinamarquês, os pesquisadores analisaram dados de indivíduos dinamarqueses que foram testados entre 27 de fevereiro e 30 de julho, e a distribuição dos tipos sanguíneos entre essas pessoas foi comparada com dados de pessoas que não haviam feito o teste. Eles descobriram que o grupo sanguíneo não era um fator de risco para hospitalização ou morte por Covid-19.
Ambos os estudos foram publicados na revista Blood Advances.
Embora existam várias teorias, os pesquisadores ainda não sabem que mecanismo poderia explicar a ligação entre os diferentes grupos sanguíneos e a Covid-19.
Sekhon disse que isso pode ser explicado pelo fato de pessoas com sangue tipo O terem menos fator de coagulação, tornando-as menos propensas a problemas de coagulação no sangue. A coagulação tem sido o principal fator para a gravidade da Covid-19.
Outras explicações possíveis envolvem os antígenos do grupo sanguíneo e como eles afetam a produção de anticorpos que combatem a infecção. Ou pode estar ligado a genes associados a tipos de sangue e seus efeitos nos receptores do sistema imunológico.
“É uma observação científica interessante e repetida que realmente justifica um trabalho mecanicista posterior”, disse ele.
‘Importante questão de pesquisa’
As descobertas dos dois novos estudos fornecem “evidências mais convergentes de que o tipo de sangue pode desempenhar um papel na suscetibilidade de uma pessoa à infecção por Covid e na chance de ter um ataque grave de Covid-19”, disse o Dr. Amesh Adalja, pesquisador sênior do Centro de Segurança Sanitária da Universidade Johns Hopkins em Baltimore, que não esteve envolvido em nenhum dos estudos.
Um estudo separado, publicado no The New England Journal of Medicine em junho, encontrou dados genéticos em alguns pacientes com Covid-19 e pessoas saudáveis, sugerindo que aqueles com sangue do Tipo A tinham um risco maior de se infectar, e aqueles com sangue do tipo O estavam um risco menor.
Esse estudo genético anterior, emparelhado com os dois novos estudos no Blood Advances, são “sugestivos de que este é um fenômeno real que estamos vendo”, disse Adalja, cujo trabalho é focado em doenças infecciosas emergentes.
“Embora ainda não tenhamos resultados robustos, é claramente sugestivo, e não vimos nada inconsistente com isso. O mesmo padrão tem emergido com o tipo de sangue O tendendo a ser o que está se destacando”, Adalja disse.
Adalja acrescentou que os tipos de sangue e sua suscetibilidade a várias infecções já foram estudados na medicina antes. Por exemplo, a pesquisa sugere que as pessoas com sangue tipo O parecem ser mais suscetíveis à infecção por norovírus.
Quanto ao novo coronavírus que causa a Covid-19, “Precisamos descobrir o mecanismo e entendê-lo em nível molecular para poder dizer com certeza como isso está ocorrendo – que este é realmente o tipo de sangue O e não algo esse tipo de rastreamento com o tipo de sangue O “, disse Adalja.
“Estamos começando a ver o suficiente agora que acho que é uma questão de pesquisa importante a ser respondida”, disse ele. “Há mais ciência a ser feita aqui, mas me parece que há mais evidências se acumulando para essa hipótese.”
A maior cobertura atingida no calendário infantil até outubro de 2020 foi na vacina Pneumocócica, com 71,98%
Em queda há cinco anos, as coberturas vacinais não atingem nenhuma meta no calendário infantil desde 2018, apresentou hoje (16) a coordenadora-geral do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, Francieli Fontana, que informou dados do início de outubro na Jornada Nacional de Imunizações.
As últimas metas de imunização para o público infantil atingidas no país, em 2018, foram de 99,72% do público-alvo para a BCG, e de 91,33% para o da vacina contra o rotavírus humano. Para ambas, a meta é superar os 90%, patamar que não foi atingido em 2019, apesar de terem continuado acima dos 80%. Já até 2 de outubro de 2020, a taxa de imunização do público-alvo da BCG chegou a 63,88%, e a vacina contra o rotavírus, a 68,46%.
A maior cobertura atingida no calendário infantil até outubro de 2020 foi na vacina Pneumocócica, com 71,98%. No ano passado, essa mesma vacina chegou a 88,59% do público-alvo. Entre as 15 vacinas do calendário infantil, o que inclui a segunda dose da Tríplice Viral, metade não bate as metas desde 2015, o que inclui a vacina contra poliomielite.
“Esse é um dado bastante importante, que preocupa muito o Ministério da Saúde e deve preocupar todos os profissionais de saúde para que a gente una esforços e trabalhe para ampliar essas coberturas vacinais”, disse Francieli Fontana, que avalia que a pandemia da covid-19 deve ter influenciado as coberturas vacinais. “A gente ainda não tem uma avaliação real do impacto da pandemia nas coberturas vacinais, mas acredita-se que, sim, vamos ter prejuízos em relação à cobertura vacinal devido a esse momento”.
Francieli Fontana explicou que a queda nas coberturas vacinais durante a pandemia foi um fenômeno sentido globalmente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 125 campanhas de vacinação que estavam marcadas para o primeiro semestre de 2020 foram adiadas. O problema da interrupção dos serviços de vacinação levou a OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) a alertarem que 117 milhões de crianças em 37 países poderiam deixar de receber a vacina contra o sarampo, que também provocou surtos em diversas partes do mundo nos últimos anos, incluindo o Brasil.
A queda nas coberturas desafia o Programa Nacional de Imunizações do Sistema Único de Saúde, considerado um dos mais amplos e bem sucedidos do mundo. O programa teve um aumento expressivo nas taxas de vacinação entre 1980 e 1995, ano a partir do qual as taxas ficaram estáveis em patamares elevados, e, em alguns casos, superiores a 100%. O recuo teve início em 2015, e, antes da pandemia, já pesavam fatores como horários de funcionamento das unidades de saúde, a circulação de informações falsas sobre a segurança das vacinas e até mesmo a impressão de que as doenças imunopreveníveis já deixaram de existir.
“Se tivemos sucesso, é porque tínhamos coberturas vacinais altas. A partir do momento que passamos a ter uma cobertura vacinal baixa, pode haver uma reintrodução de doenças que já foram eliminadas”, alerta Francieli Fontana, que cita o exemplo do sarampo, que chegou a ser considerado erradicado do Brasil e hoje apresenta transmissão ativa em quatro estados e casos em 21.
A coordenadora do PNI também destaca a necessidade de engajamento e capacitação do profissionais de saúde, para transmitirem informações corretas à população. “A gente verifica muitas fake news, muitas notícias falsas, e, muitas vezes, o profissional de saúde, em vez de buscar uma fonte segura e se empoderar em relação ao conhecimento, ele multiplica essa notícia. É importante que a gente busque informação fidedigna, para que a gente possa ter segurança em orientar a população”.
Entre as ações do Ministério da Saúde para combater a queda das coberturas vacinais está o Movimento Vacina Brasil, que inclui iniciativas como a ampliação do horário de funcionamento dos postos de vacinação e um canal de telefone e Whatsapp para desmentir notícias falsas, no número 61 99289-4640. Também estão em andamento três campanhas de vacinação: uma contra o sarampo, desde março, e as campanhas contra a poliomielite e de multivacinação, desde 5 de outubro. Amanhã (17), para o Dia D, postos de vacinação em todo o Brasil estarão abertos para aplicar as doses, tirar dúvidas e atualizar as carteirinhas.
Diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, o infectologista Guido Levi lembra que cumprir o calendário de vacinação é uma obrigação dos cidadãos prevista em lei desde a criação do Programa Nacional de Imunizações, na década de 70. “Estamos vendo a responsabilidade social, não mais a responsabilidade individual. É o indivíduo como membro da sociedade. É uma situação diferente da sua autonomia para tratar um glaucoma ou uma doença não contagiosa”, afirma ele, que cita estudos que atribuem às vacinas um aumento de cerca de 30 anos na expectativa de vida global ao longo do Século 20.
Apesar de instrumentos legais como o Estatuto de Criança e do Adolescente preverem a possibilidade de acionar o Conselho Tutelar em caso de recusa à vacinação por parte dos responsáveis por uma criança, Levi afirma que o diálogo com informações claras deve ser o principal instrumento de profissionais da saúde e da educação que se depararem com cadernetas de vacinação incompletas.
“o conselho tutelar é uma última instância. A primeira instância é informação, informação e informação. Quando uma criança vem à escola com a carteirinha incompleta, deve-se chamar os pais e responsáveis, conversar com eles. É muito importante a conversa olho no olho, porque sabemos que os profissionais de saúde tem um alto nível de confiabilidade no nosso país”, afirmou. “Se fizermos tudo isso, tenho certeza que a maioria dos pais e responsáveis vai pôr em dia a vacinação das crianças”.